Persistência da visão: diferenças entre revisões

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A '''persistência da [[visão]]''' tradicionalmente se refere à [[Ilusão de óptica|ilusão de ótica]] que ocorre quando a [[percepção visual]] de um [[objeto]] não cessa por algum tempo depois que os [[Raio luminoso|raios de luz]] provenientes dele deixaram de entrar no [[olho]].<ref name=Cyclopædia>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=MCtbAAAAcAAJ&q=persistence+of+impressions&pg=PA571|título=A Cyclopædia of the Physical Sciences|ano=1857|primeiro=John Pringle|último=Nichol|publicado=Richard Griffin and Company|acessodata=29 de outubro de 2017|via=Google Books}}</ref> A ilusão também foi descrita como "persistência [[Retina|retiniana]]",<ref>{{citar web|url=https://books.google.com/books?id=bPsdAQAAIAAJ&q=retinal+persistence&pg=PA335|título=The Fortnightly|data=29 de outubro de 1871|publicado=Chapman and Hall|acessodata=29 de outubro de 2017|via=Google Books}}</ref> "persistência de impressões",<ref>{{citar livro| url=https://archive.org/details/notesacoursenin00tyndgoog |página=[https://archive.org/details/notesacoursenin00tyndgoog/page/n42 26] |citação=persistence of impressions. |título=Notes of a Course of Nine Lectures on Light: Delivered at the Royal Institution of Great Britain, April 8-June 3, 1869|publicado=Longmans, Green |último1=Tyndall|primeiro1=John|ano=1870}}</ref> simplesmente "persistência" e outras variações. Um exemplo muito comum do fenômeno é o aparente rastro de [[fogo]] de um [[Carvão mineral|carvão]] incandescente ou uma vara em [[chama]]s enquanto gira no [[Escuridão|escuro]].<ref name=Cyclopædia/>
{{Sem fontes|data=maio de 2019}}
[[Ficheiro:Animhorse.gif|thumb|200px|Um cavalo galopando em uma animação de 12 quadros por segundo]]
'''Persistência da visão''', '''persistência retiniana''' ou '''retenção retiniana''' designa o [[fenómeno|fenômeno]] ou a [[ilusão]] provocada quando um objecto visto pelo [[olho humano]] ''persiste'' na [[retina]] por uma fracção de segundo após a sua [[percepção]]. Assim, imagens projetadas a um ritmo superior a 16 por segundo, associam-se na retina sem interrupção.
 
Muitas explicações da ilusão realmente parecem descrever pós-[[Imagem|imagens]] positivas<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=mcLtCwAAQBAJ&q=%22We%20can%20only%20guess%20that%20film%20writers%20are%20referring%20to%20what%20psychologists%20call%22%20'positive%20after%20images'&pg=PA96|título=Flicker and motion in film |autor1=Bill Nichols |autor2=Susan J. Ledermann|ano=1980|isbn=9781349164011 }}</ref> ou [[desfoque de movimento]].
Segundo essa teoria, ao captar uma imagem, o olho humano levaria uma fracção de tempo para "esquecê-la". Assim, quando os [[fotograma]]s de um filme de cinema são projectados na tela, o olho misturaria os [[fotograma]]s anteriores com os seguintes, provocando a ilusão de movimento: um objecto colocado à esquerda num fotograma, aparecendo à direita no fotograma seguinte, cria a ilusão de que o objecto se desloca da esquerda para a direita.
 
"Persistência da visão" também pode ser entendido como sinônimo de "[[Limite de fusão de cintilação|fusão de cintilação]]",<ref>{{citar livro| url=https://books.google.com/books?id=ZeiAAAAAQBAJ&q=pervasive%20animation&pg=PT77 |título=Pervasive Animation| isbn=9781136519550|último1=Buchan|primeiro1=Suzanne|data=2013-08-22}}</ref> o efeito de que a visão parece persistir continuamente quando a luz que entra nos olhos é interrompida com intervalos curtos e regulares. Quando a frequência é muito alta para o [[sistema visual]] discernir as diferenças entre os momentos, as impressões claras e escuras se fundem em uma impressão contínua da cena com brilho intermediário.
Estudos mais recentes comprovam que a visão é mais complexa e que essa explicação não é inteiramente correcta. Sabe-se hoje que a ilusão de óptica provocada pela exibição de imagens em sequência se divide entre o [[movimento beta]] e o [[movimento phi]]. Avanços nas áreas da fisiologia e neurologia procuraram demonstrar já nos [[década de 1970|anos 70]] que a persistência da visão seria um mito. Hoje ainda o conceito é usado, especialmente por teóricos do cinema.
 
Desde a sua introdução, acredita-se que o termo "persistência da visão" seja a explicação para a [[percepção do movimento]] em [[brinquedos ópticos]] como o [[fenaquistoscópio]] e o [[Zootropo|zootrópio]], e mais tarde no [[cinema]]. No entanto, esta teoria foi contestada mesmo antes do avanço da cinematografia em 1895. Se a "persistência da visão" é explicada como "fusão de cintilação", pode ser considerada a razão pela qual os intervalos escuros não interrompem a impressão contínua de uma cena representada. A ilusão de movimento como resultado de apresentações rápidas e intermitentes de imagens sequenciais é um [[efeito estroboscópico]], conforme detalhado pelo inventor [[Simon Stampfer]].<ref name=Stampfer1833>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=xUk0AQAAMAAJ&pg=PA2 |título=Die stroboscopischen Scheiben; oder, Optischen Zauberscheiben: Deren Theorie und wissenschaftliche anwendung, erklärt von dem Erfinder|títulotrad=The stroboscopic discs; or optical magic discs: Its theory and scientific application, explained by the inventor |primeiro=Simon |último=Stampfer |língua=de |publicado=Trentsensky and Vieweg |local=Vienna and Leipzig |página=2 |ano=1833}}</ref>
Pode defender-se que de facto o [[fenómeno]] existe, visto que a percepção é todo um processo que envolve não só o órgão perceptor como também o cérebro, que interpreta essa percepção e subjectivamente a retém: a [[retina]] é um elemento indissociável do [[cérebro]].
 
As primeiras descrições da ilusão frequentemente atribuíam o efeito puramente à [[fisiologia]] do olho, particularmente da retina. [[Nervo]]s e partes do [[cérebro]] mais tarde foram aceitos como fatores importantes.
Os filmes ou sequências de imagens em [[vídeo]] mostram o movimento mais suave e menos saltitante. Um filme de [[celulóide]] é rodado a 24 fotogramas por segundo. Hoje o [[vídeo digital]] (ou DV, ''digital video'') é gravado a 25 (Europa) ou 29.97 q/s (cerca de 30 quadros por segundo - EUA).
 
A [[memória sensorial]] foi citada como uma causa.<ref>Goldstein, B. (2011). ''Cognitive Psychology: Connecting Mind, Research, and Everyday Experience--with coglab manual. (3rd ed.).'' Belmont, CA: Wadsworth: 120.</ref>
O fenómeno da persistência retiniana foi pela primeira vez contrariado pela teoria da [[Gestalt]], que o interpreta como um trabalho do cérebro, que associa imagens distintas, podendo criar assim a ilusão do movimento (Ver [[Movimento beta]]).
 
== Ver também ==
 
*[[Cinematógrafo]]
 
{{Referências}}
{{esboço-fisiologia}}
{{Portal3|Arte}}
 
[[Categoria:Fisiologia]]