Rodrigo da Câmara: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
HyperBroad (discussão | contribs)
Linha 32:
Perante a recusa de receber a confissão, o embarque do conde foi aprazado para a noite de [[26 de Maio]], tendo como destino a [[França]]. Contudo, depois de toda a demora, a [[25 de Maio]] foi preso em sua casa e conduzido aos cárceres do Santo Ofício. O rei ainda tentou interferir, pedindo a sua transferência para uma das torres reais, mas a [[Inquisição]] recusou, alegando que tal violava os seus breves e leis.
 
À acusação feita a [[5 de Maio]] juntaram-se mais cinco, que haviam permanecido secretas nos arquivos do Santo Ofício. O processo foi sendo meticulosamente organizado, e as testemunhas foram sendo ouvidas, confirmando as práticas homossexuais do conde. Entre os inquiridos estão vários pajens, que admitem ter mantido relacionamento sexual com o conde, descrevendo minuciosamente as práticas, e o próprio filho que admite uma relação [[incesto|incestuosa]]. O conde confessou, confirmando todos os casos e incluindo muitos outros. Pelos autos, com cópia conservada na *<span class="plainlinks">[http://www.bparpd.pt Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada]</span>, vê-se que o conde tinha mantido relacionamento sexual com freiras de vários conventos de [[Ponta Delgada]], [[Vila Franca do Campo]] e [[Ribeira Grande]], para além de um grande número de jovens, incluindo o filho e uma filha.
 
Face às provas e à confissão, o conde é condenado por sodomia, sendo a sentença lida a [[20 de Dezembro]] de [[1652]]. A pena foi o cárcere perpétuo e a perda para a coroa dos bens, incluindo a capitania das ilhas.