Corpo de Polícia Armada e de Tráfego

O Corpo de Polícia Armada e de Tráfego (em castelhano: Cuerpo de Policía Armada y de Tráfico, também conhecida como Polícia Armada, foi um corpo de polícia espanhol criado pela ditadura franquista a seguir à Guerra Civil Espanhola (1936-1939), mediante as leis de 3 de agosto de 1939 e de 8 de março de 1941. Tinha como missão a vigilância, total e permanente em rodovias e estradas, assim como a repressão de distúrbios civis, quando isso fosse necessário.

Corpo de Polícia Armada e de Tráfego
Corpo de Polícia Armada e de Tráfego
Visão geral
Nome comum Polícia Armada
Fundação 3 de agosto de 1939 (84 anos)
Subordinação Forças Armadas, Ministério do Interior
Estrutura operacional
Sede Espanha

Os seus membros eram conhecidos popularmente como los grises (os cinzentos), por causa da cor do uniforme. A instituição foi reorganizada durante a "Transição Espanhola" (para a democracia) e em 1978 foi substituída pelo Corpo Nacional de Polícia.

Organização editar

A Policía Armada estava integrada nas Forças Armadas, mas era dependente do Ministério do Interior. As suas chefias e oficiais provinham na sua maioria do Exército de Terra e mais tarde também de promoções internas.

O seu emblema era a águia nimbada de São João, que segurava nas suas garras o jugo e as cinco flechas, o símbolo franquista, que simbolizava o mandato da proteção dos valores e ideais franquistas.

Durante os seus primeiros tempos, juntamente com a Guarda Civil, serviu para reprimir os maquis e os movimentos de oposição ao regime, tanto nos espaços rurais como nas cidades. À medida que a contestação social ao regime se acentuou, com as greves operárias e estudantis de meados dos anos 1960, a Polícia Armada foi orientada para a sua repressão, tendo sido pioneira na criação de unidades anti-motim especializadas, como as Companhias de Reserva Geral (C.R.G.), fundadas em 1969 e sediadas na base da 1ª Companhia, em Logroño. Posteriormente, foram sendo criadas companhias por todo o território espanhol, nas localidades, que pela sua localização permitiam uma rápida mobilização e deslocação do contingente onde fosse necessária a sua intervenção.

As C.R.G.s da Polícia Armada desempenharam o papel anteriormente atribuído às antigas "Bandeiras Móveis" (Banderas Móviles). Estiveram ativas durante todo o período final do franquismo e transição, reconvertendo-se depois nas "Unidades de Intervenção Policial".

Em 30 de julho de 1959, as funções de polícia de trânsito rodoviário passaram para a Guarda Civil.

Notas e fontes editar

Bibliografia editar

  • Revista La Aventura de la Historia, nº 130