Ex-líbris

etiqueta colada em um livro para indicar seu dono

Ex-líbris ou ex-libris (do latim ex libris meis) é a expressão que significa, literalmente, "dos livros de" ou "faz parte de meus livros", empregada para associar o livro a uma pessoa ou a uma biblioteca. Portanto, ex-líbris é um complemento circunstancial de origem (ex + caso ablativo) que indica que tal livro é "propriedade de" ou obra "da biblioteca de".[1] [2][3]

Ex-líbris do Arquivo Histórico do Exército do Brasil.

A inscrição pode estar inscrita num carimbo ou numa vinheta colada em geral na contracapa ou página de rosto de um livro para indicar quem é seu proprietário. A vinheta em geral contém um logotipo, brasão ou desenho e a expressão "Ex libris" seguida do nome do proprietário. É possível que contenha um lema, ou citação.[4]

Inscrições de propriedade em livros não eram comuns na Europa até ao século XIII, quando outras formas de biblioteconomia se tornaram comuns. No Brasil, o "ex-líbris" da Biblioteca Nacional foi criado em 1903 pelo artista Eliseu Visconti, responsável pela introdução do art-nouveau no país.[5]

Quando a marca de propriedade de um livro é gravada na encadernação, recebe o nome de super libris.

Entidades cultoras editar

Hoje em dia, existem associações de colecionadores de ex-líbris. Em Portugal existe desde 1952 a Academia Portuguesa de Ex-Líbris, e a nível mundial há a Federation International des Societes d'Amateurs d'Ex Libris e a International Federation of Ex-Libris Societies.[6]

Símbolo editar

O termo ex-líbris também é utilizado como representação simbólica de um lugar e, assim, diz-se que "a Torre Eiffel é o ex-líbris de Paris".[7][necessário verificar]

Galeria de imagens editar

Referências

  1. POTTKER, Gisele. Ex Libris Resgatando marcas bibliográficas no Brasil[1]. Monografia ( Graduação em Curso de Design – Habilitação Design Gráfico). Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
  2. CARDOSO, Rafael. Uma introdução à história do design. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
  3. ARAÚJO, Joaquim. Archivo de ex-Libris portuguêses. Génova, 1901 ( em volumes)
  4. ESTEVES, Manuel. O Ex Libris. Rio de janeiro; Laemmert, 1956.
  5. RATO, Fauto Moreira. Manual de Ex-Librística: Imprensa Nacional Casa da Moeda. Lisboa. 1976.
  6. Idem ref 1.
  7. Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea

Ligações internas editar

Ligações externas editar