Paradoxo francês

frase que expressa o paradoxo entre a boa saúde cardíaca e alta quantidade de gorduras saturadas ingerida pelos franceses

Paradoxo francês é uma expressão utilizada pelos anglo-saxões e nutricionistas para referir o paradoxo existente entre a alimentação dos franceses e a sua saúde.

Samuel Black em 1819 reparou que os franceses apesar de consumirem muitas gorduras saturadas sofriam pouco de aterosclerose coronária.

Uma possível explicação pode ser que os franceses começaram a comer pior há relativamente pouco tempo[1], enquanto que nações como os EUA já tinham uma dieta rica em gordura saturada há muito tempo. Além disso, os franceses consomem muitos vegetais[2], que são protetores.

Outra explicação para este fenômeno está, possivelmente, no clima presente no território francês e da influência que as condições meteorológicas têm na saúde humana. Nessa altura e, ainda hoje, a França apresenta um clima de tipo temperado continental, com invernos rigorosos e verões quentes e chuvosos. Normalmente, os naturais de regiões com este tipo de clima tendem a ser mais altos e mais resistentes de massa óssea e muscular, afetando positivamente o metabolismo, absorvendo assim melhor as gorduras.

Outra hipótese levantada seria que, os efeitos benéficos do consumo frequente de vinho que é rico em antocianidinas, metabólitos secundários encontrados no vinho. Esses metabólitos tem como função, atuar como antioxidante, proteger os capilares, servir como protetor gastrointestinal, bem como outras funções. Essa função contrabalancearia a dieta rica em gordura[3].[4]

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  1. Law, Malcolm; Wald, Nicholas (29 de maio de 1999). «Why heart disease mortality is low in France: the time lag explanation». BMJ : British Medical Journal. 318 (7196): 1471–1480. ISSN 0959-8138. PMID 10346778. Consultado em 6 de agosto de 2017 
  2. Artaud-Wild, S. M.; Connor, S. L.; Sexton, G.; Connor, W. E. (Dezembro 1993). «Differences in coronary mortality can be explained by differences in cholesterol and saturated fat intakes in 40 countries but not in France and Finland. A paradox». Circulation. 88 (6): 2771–2779. ISSN 0009-7322. PMID 8252690. Consultado em 6 de agosto de 2017 
  3. Biagi, Marco; Alberto A. E. (15 de junho de 2015). «Wine, alcohol and pills: What future for the French paradox?». Life Sciences. 131: 19–22. doi:10.1016/j.lfs.2015.02.024 
  4. «Paradoxo Francês | O vinho pode ser o melhor amigo do coração?». Ciências e Tecnologia. 5 de junho de 2016. Consultado em 6 de junho de 2016. Arquivado do original em 1 de julho de 2016