Sistema automático de tratamento de bagagens

Objetivo editar

Esse artigo tem como objetivo dar uma informação geral sobre um sistema de tratamento de bagagens como se emprega atualmente nos grandes aeroportos (Sistema, [2009?]).

Um sistema de tratamento de bagagens (STB) é um processo de automação industrial, fruto da engenharia de controle e automação. Como qualquer sistema de automação, ele é constituído de elementos sensores, elementos atuadores e sistemas de controle e supervisão.

Nos complexos aeroportuários de hoje, visto de um lado, o imenso número de passageiros que circulam diariamente, e de outro lado, a necessidade de se minimizar ao máximo o tempo de conexão entre voos, se adota, para o transporte de bagagens no interior dos terminais (passageiro à avião, avião à passageiro, avião à avião), um sistema de automação que garanta uma rápida transferência com um mínimo de perda (extravio) dos volumes transportados.

Processo industrial STB editar

O processo industrial que envolve um STB é próximo daquele que se encontra nos centros de triagem dos correios ou ainda nos centros de expedição de mercadorias dos grandes distribuidores. É um processo industrial baseado em uma transferência de fluxo de um ponto A a um ponto B.

Esse processo industrial se executa sem transformação interna de produtos ou associação de um produto manufaturado (bagagem tratada) com outros produtos, limitando-se apenas à sua identificação, ao controle de segurança do conteúdo e ao transporte de cada item de bagagem tratado. As limitações que se impõe a cada item de bagagem tratado, diz respeito tão somente às suas dimensões externas, ao seu pêso e ao seu conteúdo.

Composição de um STB editar

Em geral pode-se subdividir um STB em 6 zonas distintas:

  • registro de bagagens (check-in): as bagagens são introduzidas no sistema pelo passageiro;
  • controle de segurança (security): as bagagens passam por um controle de segurança em máquinas de raios-X do tipo EDS (explosive detection systems);
  • triagem (sorting): as bagagens são despachadas em direção à zona de preparação referente ao voo para qual elas são destinadas;
  • transferência de voos (transfer): as bagagens são introduzidas no sistema vindas de um outro voo;
  • recepção de bagagens (claim): o passageiro recupera sua bagagem na sua chegada.
  • preparação de containers (make-up): as bagagens são organizadas em conteiners do voo a que são destinadas.

É função do STB de articular as diferentes zonas acima, garantindo-se o fluxo de bagagens.

Trajeto no interior do STB editar

Registro de bagagens editar

Ao chegar ao terminal do aeroporto de partida, o passageiro apresenta-se ao balcão de embarque registrando-se no voo e obtendo o seu cartão de embarque.

Na mesma ocasião, para cada bagagem embarcada, uma etiqueta é emitida e presa à cada valise. Esta etiqueta possui um código de barras e um número de identificação que é único no sistema. A bagagem está portanto pronta para iniciar o seu trajeto no interior do STB, começando-se pela leitura da etiqueta por um scanner laser, do gênero encontrado em caixas de supermercado. Um dos primeiros sensores colocados logo após essa área de registro de bagagens é o équipamento dedicado à leitura da etiqueta possibilitando uma introdução lógica da bagagem no sistema de tratamento.

No caso em que a leitura da etiqueta presa na bagagem não tenha sido feita pelo scanner (etiqueta amassada ou mal posicionada, por exemplo), o volume é declarado não-lido e é assim transportado pelo sistema, até uma estação de identificação manual, onde um operador possa conciliar essa bagagem ao STB, reintroduzindo-a no circuito. Essa operação é em geral feita “em linha”, mantendo-se a cadência do fluxo do transporte.

A utilização do Sistema RFID vem substituir o sistema de código de barras. Este novo sistema apresenta grande eficiência na localização da bagagem.

A etiqueda RFID é colocada na bagagem à chegada ao aeroporto, caso esta se destine a ser transferida para outro voo. A utilização desta etiqueta em vez da etiqueta de código de barras, permite de forma mais eficiente assegurar que a bagagem é transferida para o voo correcto.

A etiqueta RFID só pode ser utilizada uma única vez, tal como no sistema de código de barras. É recomendado que a etiqueta seja retirada da bagagem após o voo, apesar de não haver qualquer problema no caso de não ser retirada.

O primeiro aeroporto no mundo a utilizar apenas o sistema RFID, sem o sistema de código de Barras para o processamento de bagagem, foi o Aeroporto de Lisboa. (Para, [2009?]).

Controle de segurança de bagagens editar

Uma vez identificada pelo sistema, e nos aeroportos onde a legislação local obriga o controle de segurança de todas as bagagens embarcadas, a bagagem é dirigida a um controle EDS (explosive detection system) que a visualiza por meio de raios X, e que, por programação computacional, marca os itens suspeitos, se for o caso, no interior do volume. A bagagem a qual, nem máquina, nem o operador humano observam qualquer item suspeito, entra no circuito de triagem.

No que tange o controle de segurança de bagagens, as legislações de certos países (europeus em particular) adotam um princípio de contrôle em 5 níveis.

Triagem editar

Composição dos containers editar

Casos especiais de tratamento editar

Bagagens fora de formato (out-of-gauge baggage) editar

Bagagens de última hora (last minute baggage) editar

Bagagens de chegada (claim baggage) editar

Referências

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