Teoria dos seis graus de separação

 Nota: Se procura a série de televisão baseada nessa teoria, veja Six Degrees.
 Nota: Se procura o filme baseado nessa teoria, veja Seis Graus de Separação.

A teoria dos seis graus de separação originou-se a partir de um estudo científico desenvolvido pelo psicólogo Stanley Milgram[1], que criou a teoria de que, no mundo, são necessários no máximo seis laços de amizade para que duas pessoas quaisquer estejam ligadas. No estudo, feito nos Estados Unidos, buscou-se, através do envio de cartas, identificar o números de laços de conhecimento pessoal existente entre duas pessoas quaisquer. Cada pessoa recebia uma carta identificando a pessoa alvo e deveria enviar uma nova carta para a pessoa identificada, caso a conhecesse, ou para uma pessoa qualquer de suas relações que tivesse maior chance de conhecer a pessoa alvo. A pessoa alvo, ao receber a carta, deveria enviar uma carta para os responsáveis pelo estudo.

Exemplo de uma rede social. Note as ligações em destaque: mesmo com uma distância relativamente longa, o caminho tem poucos passos.

A popularidade da crença no fato de que o número máximo de passos entre duas pessoas é 6 (seis) gerou, em 1990, uma peça de nome Six Degrees of Separation, de John Guare.

Os estudos sobre grau de separação incluem-se entre os modernos estudos de análise de redes sociais. Várias pesquisas vem sendo feitas, como por exemplo, na identificação da estrutura das redes de colaboração de cientistas[2], redes de cooperação e de transmissão de doenças,[3] e redes de páginas e sítios na web. Uma iniciativa de pesquisa recente no Brasil inclui a análise de redes de co-autoria dos pesquisadores de Ciência da Informação, denominada Rede CI.

Essa teoria também é provada pelo uso das redes de relacionamento, como o Orkut. A base de funcionamento do Orkut é a própria teoria, pois graças a ela o engenheiro de software responsável pela rede de relacionamentos, Orkut Buyukkokten pôde estabelecer uma relação intermediária entre todos os usuários.

Embora o conceito de Milgram seja inovador, ideia semelhante ocorreu entre matemáticos no final da década de 50[1] para homenagear o prolífico matemático húngaro Paul Erdős. Em um artigo da década de 60, Goffman formalizou o conceito de Número de Erdős, uma função particular que define a distância entre um qualquer matemático e Paul Erdős, utilizando como relação entre eles a produção de um artigo científico: quem assinou um artigo com Erdös possui o Número de Erdös = 2, enquanto quem assinou com quem assinou com Erdös possuirá Número de Erdös = 3.

A partir de tal ideia, foi criado em 1996 o jogo "O Oráculo de Bacon (The Oracle of Bacon)" que quantifica o Número de Banco, no caso. Criado por Brett Tjaden, um cientista da computação da Universidade de Virgínia, e mantido atualmente por Patrick Reynolds, nesse caso o ator Kevin Bacon é tido como partida a partir de autuações com ele. Para exemplificar, a atriz Fernanda Montenegro tem um número Bacon de 2, obtido da seguinte forma: ela atuou em O Amor nos Tempos do Cólera (2007) com Benjamin Bratt que atuou com Kevin Bacon em O Lenhador (2004). Pode-se, também, calcular a distância geodésica entre quaisquer pares de atores. Assim entre Fernanda Montenegro e Carmem Miranda, a distância é de 2 porque Fernanda Montenegro atuou em Mãos Sangrentas (1955) com Heloisa Helena, que por sua vez atuou em Alo Alo Carnaval (1936) com Carmem Miranda.

Ver também editar

Referências editar

Ligações externas editar

  1. «grossman - The Erdös Number Project». sites.google.com. Consultado em 27 de outubro de 2023