Estação Ecológica Grão-Pará

Estação Ecológica do Grão Pará de nível Estadual, localizado (a) em Oriximiná (PA), Óbidos (PA), Monte Alegre (PA), Alenquer (PA)
Estação Ecológica do Grão Pará
Geografia
País
Unidade federativa
Área
41 935,25 km2
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
História
Fundação
Mapa

A Estação Ecológica Grão-Pará é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral, da categoria "Estação Ecológica", localizada no Oeste do Estado do Pará e que possui instância estadual como a responsável pela sua organização. Possui importância mundial por ser a maior unidade de conservação (UC) de floresta tropical totalmente protegida do mundo [1].

Criação editar

Criada pelo Decreto - 2.609 - 04/12/2006, a Unidade de Conservação possui como objetivo principal preservar os ecossistemas naturais existentes e contribuir para a manutenção dos serviços ambientais e recargas de aquíferos importantes para a região. Desta forma, a existência da Estação Ecológica possibilita e estimula a efetividade de pesquisas científicas, o desenvolvimento de atividades de educação ambiental, a preservação integral da biota e dos demais atributos naturais existentes em seus limites, e os processos ecológicos naturais, conforme dispuser o plano de manejo da unidade [2].

Informações geográficas editar

Localizada na região de Calha Norte paraense (Região de Integração do Baixo Amazonas), ou ainda “Norte do Pará”, a Estação Ecológica abrange os seguintes municípios (representando tais correspondências de quanto englobam a UC) [3]:

  • Monte Alegre (3,44%),
  • Oriximiná (75,89%),
  • Alenquer (13,31%),
  • Óbidos (7,36%)

A Unidade de Conservação possui uma área de 4.245.819,11 de hectares e sua jurisdição legal corresponde à Amazônia Legal [1].

Características biológicas editar

Fitofisionomia editar

Marcada por espécies características de Floresta Ombrófila Densa, a UC conta como fitofisionimia predominante, correspondendo a 96,77% do total e também, com vegetações típicas de Contato Savana-Formações Pioneiras, representando 3,23% da UC [4].

Bacia hidrográfica editar

A Estação Ecológica incorpora porções das bacias hidrográficas dos rios Paru, Maicuru, Curuá, Cuminapanema, Erepecuru, Trombetas e Mapuera [3].

Bioma editar

A UC possui sua área total inserida no bioma amazônico [4].

Gestão editar

O órgão gestor é o (Ideflor-bio) Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará. A UC conta também com um conselho consultivo, criado em 2013, responsável por acompanhar a elaboração, a implantação e a revisão do Plano de Manejo (Lei 9985/00 art. 18. § 5° e decreto 4340/02 art. 20 inciso II) [2].

Importância biológica editar

Por conta de ser a maior unidade de conservação de proteção integral em florestas tropicais, a Estação Ecológica proporciona uma alta manutenção e fluxo de biodiversidade do Corredor Central da Amazônia ao Corredor do Amapá. Por possuir uma vegetação densa e fechada, o acesso torna-se difícil, podendo ser realizado apenas por meio de pequenos meios locomotivos e aéreos, como por aviões e helicópteros, por exemplo. Tal fato contribui para a integridade da Estação, bem como da conservação de seus recursos naturais [5].

Diante tamanho e proporção de área protegida, a Estação Ecológica abriga mais de 150 espécies de répteis, pelo menos 61 espécies de anfíbios e mais de 700 espécies de aves (como espécies de beija-flores até mutuns e harpias, e, não menos relevante, abriga aves migratórias). Assim, a população de alguns grupos pode ser bem representativa, como entre 14,3% (no caso dos anfíbios) e 54,1% (no caso das aves) de todas as espécies encontradas na Amazônia, ressaltando a grande magnetude e impacto que a presença da Estação exerce sobre a biota local e nacional [1].

Referências

  1. a b c GIL, Ney Laine Pickler; ROSA, Marcelo D.'Aquino. A percepção ambiental acerca do parque estadual serra furada em docentes de uma escola pública de Grão-Pará. Ambiente & Educação, v. 22, n. 1, p. 4-18, 2017.
  2. a b Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. www.mma.gov.br. Última atualização: 28/12/2007.
  3. a b ALLOPHRYNIDAE, AMPHIBIA Anura. APPeNdIX 2. Specimens collected during the expeditions to CNP and deposited in the herpetological collection of MPEG (CN= field numbers). ESEC= Estação Ecológica (Ecological Station).
  4. a b SANJAD, Nelson Rodrigues et al. Nos jardins de são José: uma história do jardim botânico do Grão-Pará, 1796-1873. 2001.
  5. AVILA-PIRES, Teresa Cristina Sauer de; LIMA, Jucivaldo Dias; HOOGMOED, Marinus Steven. Variation in Amapasaurus tetradactylus (Reptilia: Squamata: Gymnophthalmidae), a rare Guiana lizard. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Naturais, 2013.