Estação Cascadura

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Cascadura é uma estação de trem da Zona Norte do Rio de Janeiro. Atualmente, é uma das paradas das linhas Santa Cruz (nos dias úteis) e Japeri (nos domingos e feriados).

Cascadura
Estação Cascadura
Estação de Cascadura, em 2011.
Informações
Cascadura está localizado em: Baixada Fluminense e parte da cidade do Rio de Janeiro
Cascadura
Localização da Estação Cascadura
Coordenadas 22° 52' 59.10" S 43° 19' 39.87" O
Administração SuperVia
Uso Atual Estação de trens metropolitanos
Código RJ-1367
Sigla CDA
Linhas Linha Deodoro
Estrutura Superfície
Outras Informações
Inauguração 29 de março de 1858 (166 anos)
Inauguração da atual edificação 1999 (25 anos)
Próxima Estação
Sentido Centro
Quintino
Cascadura
Madureira
Sentido Baixada/Zona Oeste
Avisos sonoros da estação - CNR 3000

História

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Foi inaugurada em 1858. O nome deriva da dificuldade para a passagem da linha no local devido ao terreno duro (casca dura). Já em 1879, partia desta estação o chamado Ramal do Campinho, que levava "ao estabelecimento militar do Governo nessa localidade" - partia exatamente do então km 15,334 para a esquerda (Francisco Pereira Passos: As estradas de ferro do Brasil, 1879).

Quando o Barão tinha 18 anos de idade, uma das grandes maravilhas do seu século chegava bem perto de Jacarepaguá: o trem. No dia 29 de março de 1858. O Imperador Dom Pedro II inaugurou a estrada de ferro, que recebeu seu nome e foi rebatizada no início da República como Estrada de Ferro Central do Brasil. No ponto de cruzamento com a Estrada Real de Santa Cruz foi também inaugurada neste dia a estação de Cascadura, a mais próxima de Jacarepaguá (a estação de Madureira surgiu já na República no dia 15 de junho de 1890). A população de Jacarepaguá ia a cavalo, deixava os animais nas cocheiras perto da estação e sorridentes embarcava no trem. Alguns, em regiões mais próximas como do Vale do Marangá, quase sempre iam a pé. Não podiam, entretanto, perder o horário, pois apenas circulavam dois trens por dia para cada sentido. Em março de 1875, o acesso de Jacarepaguá para a estação de Cascadura melhorou bastante com a implantação dos bondes de tração animal. A Companhia Ferro-Carril de Jacarepaguá, cujo principal acionista era Eliene Campos, ligou com bondes as localidades de Cascadura e Tanque, passando pelo Vale do Marangá. Logo depois aconteceram os prolongamentos para a Freguesia e Taquara. Durante todo o restante do século XIX e primeira década do século XX, os bondes de Jacarepaguá eram puxados a burros. Em abril de 1911, a Light comprou a companhia e, nesse mesmo ano, iniciou a eletrificação das linhas. Em 1912, já eletrificado, o bonde de Jacarepaguá serviu de cortejo fúnebre do republicano histórico Quintino Bocaiúva (1836-1912). O Senador Quintino possuía uma chácara no subúrbio na então Estação de Cupertino (atualmente Quintino). Antes de morrer, ele pediu para ser sepultado no Cemitério de Jacarepaguá. O féretro veio do centro do Rio pelo trem da Central, em Cascadura, o cortejo seguiu de bonde até o Pechincha. Entre as figuras ilustres que acompanharam o corpo de Quintino pelas ruas de Jacarepaguá, estava o então Presidente da Republica, o Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923). Os bondes de Jacarepaguá foram desativados em 1964. (www.acija.org.br/site/histjpa.htm).

 
Trem da SuperVia na Estação Cascadura.

A partir de 1861, três anos após a abertura da linha, a estação de Cascadura passou a ser o ponto terminal da primeira linha de subúrbios da ferrovia, aberta neste ano com oito estações (Nota: O autor Pereira Passos fala que eram elas: São Cristovão, São Francisco Xavier, Riachuelo, Engenho Novo, Todos os Santos, Engenho de Dentro, Piedade e Cascadura, porém, 4 delas [Riachuelo, Todos os Santos, Engenho de Dentro e Piedade] teriam sido abertas somente em anos posteriores, se conferirmos as datas oficiais. Fica a dúvida) (Francisco Pereira Passos: As estradas de ferro do Brasil, 1879).

Em 1899, foi estendida à estação a iluminação por acetileno (Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 489). Na primeira década do século XX foi construído um novo prédio para a estação (Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 509). É até hoje estação de subúrbios e durante muito tempo foi também uma das estações em que paravam também os trens de longo percurso da Central do Brasil. O prédio da estação hoje é bem diferente e mais moderno do que aparece na fotografia de 1908.

Plataformas

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Plataforma 1A: Sentido Deodoro
Plataforma 1B: Sentido Central do Brasil
Plataforma 2C: Não é utilizada
Plataforma 2D: Não é utilizada

Fontes

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  • José E. Buzelin;Rafael Asquini; Marcio Protzner; Anderson Silva; Maurício Torres; www.acija.org.br; *Francisco Pereira Passos: As estradas de ferro do Brasil, 1879;
  • Manuel Fernandes Figueira: Memória Histórica da EFCB, 1908, p. 509;
  • Max Vasconcellos, Vias Brasileiras de Comunicação, 1928;
  • IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958;
 
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