Festival do Peixe em Beja

evento cultural-econômico que ocorre no município de Abaetetuba, Pará

O Festival do Peixe em Beja é um evento cultural-econômico que ocorre no município de Abaetetuba, pertencente à Microrregião de Cametá, durante a última semana de abril. É um dos mais tradicionais festivais realizados no Estado do Pará que aborda religiosidade, folclore e contos da região.[1] As principais entidades promotoras são a Fundação Cultural Abaetetubense, a Prefeitura Municipal de Abaetetuba e a Associação dos Barraqueiros da Vila de Beja.[1]

Festival do Peixe em Beja
Características
Classificação evento
Localização
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Cultura e meio ambiente editar

Com a participação de membros da comunidade local, o festival promove a preservação de suas manifestações culturais como forma de integração da região com sua população.[2]

A temática do festival é caracterizada por apresentações que tratam da preservação da natureza, com destaque para as espécies de fauna e flora da região amazônica e o seu convívio na vida do município, principalmente através da pesca.[1]

Economia editar

Venda de produtos editar

Além de contar com a venda de produtos alimentícios, o festival já ofereceu produtos têxteis da coleção de produtos exclusivos para comercialização, como camisetas masculinas e blusas femininas. Tais produtos são comercializados em feiras livres, montadas a partir de estandes e barracas que ofereçam tais produtos.[3]

Rede hoteleira editar

O festival estimula a rede hoteleira local por atrair turistas que precisam de alojamento durante o evento.[4]

Importância econômica e cultural editar

O Festival do Peixe em Beja é extremamente importante para a região por ser um dos principais atrativos que incentiva a economia e produção aos barraqueiros da praia de Beja. Por conta disso, toda a cadeia produtiva, desde a pesca, até a comercialização ou para o próprio sustento, ganha força na região, estimulando a prática entre os ribeirinhos.[1]

Venda para o mercado regional editar

Característico da região, o Mercado Municipal de Abaetetuba também conta com a oferta de peixes de ribeirinhos locais. Além de produzirem para datas festivas, como para o Festival em questão, grande parte da população cultiva e vende ao mercado, como fonte de renda principal.[2]

Desafios de gestão e da organização editar

Acúmulo de lixo editar

Por conta de ter ocorrido com uma urbanização rápida em um espaço territorial pequeno e desprevenido, a região não oferece uma infraestrutura adequada para suportar grandes eventos e muitos turistas de outras regiões.[4] Por conta de problemas de segurança pública, devido à construção de habitações sem planejamento e o descarte de resíduos, o festival conta com desafios dessa imagem para atrair outros frequentadores, a não ser aqueles mais ligados à pesca da região.[1]

Moradias precárias dos ribeirinhos editar

Devido às condições precárias das moradias, diversos ribeirinhos encontram dificuldades para manter a pesca, como pela falta de energia no local, para armazenar os peixes refrigerados e oferecer à mercados maiores.[1]

Referências

  1. a b c d e f AIRES, Gedeão de Souza et al. Da beira do rio a beira da estrada: projetos econômicos, deslocamentos e impactos socioambientais na comunidade ramal velho de Beja, Abaetetuba-Pará. 2021.
  2. a b RIBEIRO, José Cadima et al. Importância da celebração de eventos culturais para o turismo do Minho-Lima: um estudo de caso. Revista portuguesa de estudos regionais, n. 11, p. 61-76, 2006.
  3. Secretaria de Turismo do Governo do Estado do Pará.
  4. a b DA SILVA, Kariny de Cássia Ramos; DO SOCORRO RODRIGUES, Doriedson; DO CARMO SILVA, João Batista. ENSINO MÉDIO E PROCESSOS FORMATIVOS NA CONSTRUÇÃO DE SABERES SOCIAIS EM UM CONTEXTO AMAZÔNICO. Nova Revista Amazônica, v. 7, n. 1, p. 33-49, 2019.