Flora Hiperspectral

satélite de observação da Terra

O Flora Hiperspectral é um satélite de observação da Terra em desenvolvimento para ser lançado em 2016 como um projeto conjunto entre o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sua sigla em inglês: Jet Propulsion Laboratory) da NASA.[1][2]

Flora Hiperspectral
Missão
Operação Brasil INPE/Estados UnidosJPL
Contratantes principais Brasil INPE/Estados UnidosJPL
Tipo de missão Observação da Terra
Planeta orbitado Terra
Lançamento Planejado para 2016
Massa 500 kg

Objetivo

editar

Essa missão irá produzir pela primeira vez em órbita, imagens hiperespectrais com resolução espacial e cobertura global comparável à dos satélite dos programas Landsat e CBERS. Os dados permitirão estudar as propriedades bioquímicas e biofísicas da cobertura do solo e sobre a ação do homem (por exemplo, desmatamento e queimadas) no funcionamento dos ecossistemas. Proposta em cooperação com o JPL para concorrer no anúncio de oportunidade da NASA sobre missões inovadoras.[1]

Dados hiperespectrais são obtidos em bandas estreitas, contíguas e em número suficiente para construir espectros semelhantes aos de laboratório. Indicam características bioquímicas (por exemplo, teores de nutrientes, umidade) e biofísicas de plantas. Detectam estresse hídrico, doenças, ou dificuldades de adaptação da cultura ao solo. Fazem medida da absorção mineral em superfícies expostas de rochas. Em águas costeiras e interiores, medem clorofila e sedimentos em suspensão.[1]

O monitoramento por satélite atualmente apenas permite observar se existe floresta ou não. O Flora será capaz de verificar as características químicas e físicas da vegetação, o que hoje nenhum satélite consegue fazer. Segundo informações, ele será 10 vezes mais avançado do que qualquer satélite do mesmo tipo.[2]

Características

editar

A NASA fornecerá um instrumento, que custa 150 milhões de dólares e o Brasil entrará com o fornecimento de cerca de 110 milhões de dólares, referentes a uma parte do satélite e parte do lançamento.[2][1]

Este satélite de alta resolução espectral possuirá um imageador de alta resolução espectral (200 bandas entre 400 e 2500 nm com 10 nm de largura) com faixa de cobertura ampla (150 km). A resolução espacial será de 30 metros e a temporal será de 19 dias, com quantização em 14 bits (instrumento fornecido pela NASA).[1]

Ver também

editar

Referências

  1. a b c d e «Plano Diretor 2011 - 2015» (PDF). Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Consultado em 18 de maio de 2015 
  2. a b c «Inpe fecha acordo com Nasa e se aproxima de lançar supersatélite». Último Segundo. Consultado em 18 de maio de 2015