Florencio Mayé Elá

Florencio Mayé Elá Mangue (Mongomo, 1944) é um militar, político e diplomata equato-guineense.

Florencio Mayé Elá
Florencio Mayé Elá
Nascimento 1944 (80 anos)
Mongomo
Cidadania Guiné Equatorial
Ocupação diplomata, político

Biografia

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Durante a década de 1960 completou a sua formação militar na Academia Militar de Saragoça,[1] juntamente com Teodoro Obiang, Eulogio Oyó e outros futuros militares guinéu-equatorianos.

Sob a ditadura de Francisco Macías foi chefe da Marinha Nacional. Participou do golpe de Estado de 3 de agosto de 1979 e do governo subsequente do Conselho Militar Supremo[2][3][4] como vice-presidente e ministro das Relações Exteriores[5]​ participando da assinatura do Tratado de Amizade e Cooperação entre Espanha e Guiné Equatorial de 1980.[6] Foi condecorado na Espanha com a Ordem de Isabel a Católica, juntamente com Salvador Elá Nseng e Juan Manuel Tray.[7]

Sob o regime de Teodoro Obiang serviu como embaixador na ONU entre dezembro de 1982 e dezembro de 1987,[8] e nos Camarões a partir de dezembro de 2006.[9][10] Em setembro de 2008 esteve envolvido no sequestro do refugiado político Cipriano Nguema Mba nos Camarões,[11] motivo pelo qual o país declarou Mayé Elá persona non grata, por isso, teve que abandonar o cargo.[9]​ Foi sucedido por Pedro Elá Nguema Buna.[10]

Nas eleições legislativas em 2013, foi eleito senador em representação do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE).[12][13]​ Fez parte da Comissão Permanente de Política Externa, Cooperação Internacional e Integração e da Comissão Permanente de Defesa e Segurança do Estado.[14] Ele deixou o cargo em 2018.

É sogro do Ministro de Minas e Hidrocarbonetos e filho do Presidente Obiang, Gabriel Mbega Obiang.[15]

Referências

  1. Mengue, Clarence; Universidad de Alcalá (2014). «EL CONTEXTO COLONIAL Y POSCOLONIAL EN LA NARRATIVA HISPANO-GUINEANA» (PDF): 276. Cópia arquivada (PDF) em 23 de Fevereiro de 2017 
  2. Diario Rombe, ed. (8 de outubro de 2013). «Florencio Maye está siendo investigado por el Gobierno». Arquivado do original em 27 de abril de 2014 
  3. ABC, ed. (25 de Outubro de 1980). «El Gobierno español considera superada la "etapa de emergencia" en Guinea» 
  4. El País, ed. (23 de Setembro de 1979). «Sorpresa en Guinea Ecuatorial por la presencia de un contingente militar marroquí» 
  5. ASODEGUE. «EL TIGRE, CAZADO». Arquivado do original em 27 de outubro de 2019 
  6. «Tratado de 23 de octubre de 1980 de Amistad y Cooperación entre el Reino de España y la República de Guinea Ecuatorial, hecha en Madrid, y dos Cartas Anejas.» 
  7. Boletín Oficial del Estado. «REAL DECRETO 2853/1979. de 12 de diciembre. por el que se concede la Gran Cruz de la Orden de Isabel la Católica a los señores que se indican.» (PDF) 
  8. «Formers Ambassadors». Cópia arquivada em 12 de novembro de 2014 
  9. a b «Florencio Maye Ela Mangue persona non grata au Cameroun». 9 de Setembro de 2009 
  10. a b «CAMEROUN: DE NOUVEAUX AMBASSADEURS AU PALAIS DE L'UNITE». 14 de Dezembro de 2009. Cópia arquivada em 27 de abril de 2014 
  11. ASODEGUE, ed. (17 de Setembro de 2009). «Camerún: Casi un año después de que Florencio Maye Elá Mangue fuese declarado persona non grata en Camerún, el gobierno de Guinea nombra nuevo embajador en Yaundé. El gobierno camerunés prohíbe los vuelos a su país de compañías aéreas ecuatoguineanas». Arquivado do original em 6 de março de 2016 
  12. «RELACIÓN COMPLETA DE SENADORES Y DIPUTADOS». 23 de julho de 2013. Arquivado do original em 9 de agosto de 2017 
  13. Ministerio del Interior y Corporaciones Locales de Guinea Ecuatorial (27 de junho de 2013). «RELACION DE LOS SENADORES ELECTOS, DESIGNADOS Y NATOS RESPECTIVAMENTE, POR ORDEN ALFABÉTICO» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 9 de agosto de 2017 
  14. «Florencio Mayé Ela-Senado» 
  15. «Florencio Maye está siendo investigado por el gobierno». Diario Rombe. 8 de Outubro de 2013. Arquivado do original em 19 de Dezembro de 2017