Flucitosina
Flucitosina é um medicamento antifúngico. Geralmente é usado em conjunto com a anfotericina B no tratamento de casos graves de infeções por Candida e criptococose.[1] Pode ainda ser usado de forma isolada ou com outros antifúngicos no tratamento de cromoblastomicose.[1] A flucitosina pode ser administrada por via oral ou via intravenosa.[1][2]
Entre os efeitos secundários mais comuns estão mielossupressão, perda de apetite, diarreia, vómitos e psicose.[1] Ocasionalmente podem ocorrer anafilaxia e outras reações alérgicas.[1] Não é ainda claro se o seu uso na gravidez é seguro para o bebé.[3] A flucitosina faz parte da família dos medicamentos análogos da piramidina.[1] Atua ao ser convertida em fluorouracil no interior do fungo, impedindo-o de produzir proteínas.[1]
A flucitosina foi produzida pela primeira vez em 1957.[4] Faz parte da Lista de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde, os medicamentos mais eficazes e seguros necessários num sistema de saúde.[5] À data de 2016, o custo do medicamento nos Estados Unidos era de 2000 USD por dia, enquanto no Reino Unido era de 22 USD por dia.[6] O medicamento não está disponível na maior parte dos países em vias de desenvolvimento.[7]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Flucytosine». The American Society of Health-System Pharmacists. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016
- ↑ WHO Model Formulary 2008 (PDF). [S.l.]: World Health Organization. 2009. p. 147. ISBN 9789241547659. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 13 de dezembro de 2016
- ↑ «Flucytosine (Ancobon) Use During Pregnancy». www.drugs.com. Consultado em 11 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016
- ↑ Network, Northern Neonatal (2008). Neonatal Formulary: Drug Use in Pregnancy and the First Year of Life (em inglês) 5 ed. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 108. ISBN 9780470750353. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016
- ↑ «WHO Model List of Essential Medicines (19th List)» (PDF). World Health Organization. Abril de 2015. Consultado em 8 de dezembro de 2016. Cópia arquivada (PDF) em 13 de dezembro de 2016
- ↑ Merry, Matthew; Boulware, David R. (15 de junho de 2016). «Cryptococcal Meningitis Treatment Strategies Affected by the Explosive Cost of Flucytosine in the United States: A Cost-effectiveness Analysis». Clinical Infectious Diseases. 62 (12): 1564–1568. PMID 27009249. doi:10.1093/cid/ciw151
- ↑ Lisak, Robert P.; Truong, Daniel D.; Carroll, William M.; Bhidayasiri, Roongroj (2016). International Neurology (em inglês) 2 ed. [S.l.]: John Wiley & Sons. p. 343. ISBN 9781118777350. Cópia arquivada em 20 de dezembro de 2016