Fortaleza de Nova Navarino

Fortaleza de Nova Navarino (em grego: Νέο Ναυαρίνο; romaniz.:Néo Navaríno; em turco otomano: Anavarin-i cedid) é uma fortificação otomana próximo de Pilos, na Grécia. É um dos dois castelos que guardam a baía estratégica na qual está localizado; Nova Navarino está situado na entrada sul da baía, enquanto a entrada norte é guardada pelo Castelo de Velha Navarino, construído no século XIII por cruzados do Principado da Acaia. Em justaposição com o último, Nova Navarino é frequentemente conhecido simplesmente como Neocastro (em grego: Νεόκαστρο ou Νιόκαστρο; romaniz.:Neókastro ou Niókastro; lit. "novo castelo").[1]

Nova Navarino
Νέο Ναυαρίνο
Fortaleza de Nova Navarino
Desenho da fortaleza produzido por Edward Gennys Fanshawe em 1857
Estilo dominante otomano
Arquiteto Uluç Ali Reis
Inauguração 1572/3
Geografia
País  Grécia
Cidade Pilos
Coordenadas 36° 54' 44" N 21° 41' 24" E

A fortaleza foi construída pelo capitão paxá Uluç Ali Reis em 1572/3, logo após a Batalha de Lepanto. Em 1645, Navarino foi utilizada como base para a invasão de Creta durante os primeiros estágios da Guerra Cretense. Durante da Guerra da Moreia, a República de Veneza sob Francesco Morosini capturou ambas as fortalezas de Navarino em 1685/6, defendidas por Mustafá Paxá e Djafer Paxá respectivamente. Junto com o resto do Peloponeso, as fortalezas permaneceram em mãos venezianas até 1715, quando os otomanos recapturaram-as.[1]

A fortaleza foi capturada pelos russos em 10 de abril de 1770, durante a Guerra Russo-Turca de 1768–1774 e a Revolta Orlov deflagada na Grécia por inspiração dos russos, após um cerco de seis dias, e a guarnição otomana recebeu permissão para evacuar para Creta. O controle russo foi breve: já em 1 de janeiro de 1770, a frota russa abandonou Navarino, que eles destruíram parcialmente, aos otomanos.[1]

Após a eclosão da Guerra de Independência da Grécia em março de 1821, os gregos sitiaram a fortaleza por vários meses. A guarnição rendeu-se na primeira semana de agosto de 1821, após garantia de salvo-conduto, mas foi inteiramente massacrada. A fortaleza permaneceu em mãos gregas até ser ocupada por Ibraim Paxá em 11 de maio de 1825. A guarnição otomano-egípcia permaneceu na fortaleza até ela ser entregue às tropas francesas sob o general Nicolas Joseph Maison na primavera de 1825.[1]

Referências

  1. a b c d Bées 1993, p. 1037-1039.

Bibliografia editar

  • Bées, N.; Savvides, A. (1993). The Encyclopedia of Islam, New Edition, Volume VII: Mif–Naz. Leida e Nova Iorque: BRILL. ISBN 90-04-09419-9