Forte da Ponta das Canas

O Forte da ponta das Canas localizava-se na ponta das Canas, no lado noroeste da ilha de São Sebastião (Ilhabela), no litoral norte do estado brasileiro de São Paulo.

Forte da Ponta das Canas

História

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SOUZA (1885) refere que este forte foi iniciado em 1800, com o seu projeto original prevendo dezoito canhoneiras. De acordo com o autor, o isolamento e vulnerabilidade de sua localização levaram ao abandono do projeto, do qual acreditava não houvesse mais vestígios, à época (1885).[1]

Dele existe planta sob o título "Planta da Fortaleza da Ponta das Canas de Alvenaria", de autoria do tenente-coronel José António Teixeira, sem data, no Arquivo Histório do Exército (Rio de Janeiro). A sua legenda reza: "Principiado ha annos, de alvenaria, (...): a sua conclusão seria útil, por defender a entrada dos navios. Acha-se coberto de matto, e não tem huma só pessoa [peça] de artilharia."

Terá sido, na realidade, o último dos fortes na ilha a ser construído, sendo o único que foi preservado, os seus muros podendo ser observados ao lado do farol da Ponta das Canas. A sua conservação deveu-se ao esforço e conscientização da proprietária do imóvel.[2]

Características

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Constitui-se numa simples cortina em alvenaria de pedra argamassada, com o formato poligonal, em seis lances (quatro principais), aberta, sem muro pelo lado de terra.

Referências

  1. Op. cit., p. 119.
  2. "Fortificações" in Projeto Arqueológico de Ilhabela. Consultado em 14 ago 2012.

Bibliografia

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  • BARRETO, Aníbal (Cel.). Fortificações no Brasil (Resumo Histórico). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército Editora, 1958. 368 p.
  • GARRIDO, Carlos Miguez. Fortificações do Brasil. Separata do Vol. III dos Subsídios para a História Marítima do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Naval, 1940.
  • MORI, Victor Hugo; LEMOS, Carlos A. C.; ADLER, Homero F. de. Arquitetura Militar: um panorama histórico a partir do Porto de Santos. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 2003. 231p.
  • SOUSA, Augusto Fausto de. Fortificações no Brazil. RIHGB. Rio de Janeiro: Tomo XLVIII, Parte II, 1885. p. 5-140.

Ver também

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Ligações externas

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