Francisco Caamaño
Francisco Alberto Caamaño Deñó (Santo Domingo, 11 de junho de 1932 - Cordilheira Central, 16 de fevereiro de 1973) foi um militar dominicano que ocupou o cargo de presidente provisório da República Dominicana durante a Guerra de Abril de 1965.
Francisco Caamaño | |
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Nascimento | 11 de junho de 1932 San Juan de la Maguana |
Morte | 16 de fevereiro de 1973 (40 anos) Cordilheira Central |
Cidadania | República Dominicana |
Ocupação | político, oficial |
Foi um dos líderes do movimento para restaurar o presidente democraticamente eleito, Dr. Juan Bosch, que havia sido derrubado por um golpe militar patrocinado pela CIA em setembro de 1963. Esta facção de apoiantes passou a ser conhecida como Constitucionalistas, pelo seu desejo de retornar a uma forma legítima e constitucional de governo, em oposição à junta militar que estava no poder.[1]
Como os Constitucionalistas tomaram com sucesso Santo Domingo ao longo dos primeiros dias do levante, o presidente estadunidense Lyndon Johnson ordenou a invasão pelo Exército dos Estados Unidos, apelidada como Operação Power Pack, com o pretexto de que a vida dos cidadãos estadunidenses precisava ser protegida. Um fator, que esteve sem dúvida mais envolvido na decisão, foi o temor de que os Constitucionalistas conduziriam a um regime comunista no país, e esse risco de "outra Cuba" era algo que não seria permitido.[1]
Durante este período, Caamaño foi de facto e, indiscutivelmente, de jure, o presidente da República Dominicana. Depois de alguns meses de combates dos Constucionalistas, que estavam em menor número e desarmados pelas forças estrangeiras, Caamaño e seus homens consentiram em um acordo de reconciliação e assim terminou o governo Consitucionalista.
Enfrentando ameaças e ataques contínuos durante os meses seguintes, Camaaño aceitou um acordo imposto pelo governo dos Estados Unidos. O presidente provisório dominicano, Héctor García Godoy, enviou o coronel Caamaño como adido militar da embaixada dominicana para o Reino Unido. Enquanto esteve lá, foi contatado pelas autoridades cubanas e fugiu para Cuba para iniciar um grupo guerrilheiro. [2]
Durante o inverno de 1973, após vários anos permanecendo low-profile, Caamaño conduziu o desembarque de um pequeno grupo de rebeldes em Playa Caracoles, próximo de Azua e depois para as montanhas da Cordilheira Central, com o objetivo de iniciar uma revolução camponesa para derrubar o presidente dominicano Joaquín Balaguer. O governo de Balaguer era repressivo e altamente centralizador nesse período, lembrando muito o regime de Rafael Trujillo na qual Balaguer havia sido um dos presidentes fantoches do ditador e assessores próximos.[3] Depois de algumas semanas de guerra de guerrilha contra o exército regular de Balaguer e após não ter recebido muito do tão esperado apoio camponês, Caamaño foi ferido e capturado pelas forças do governo dominicano, e depois sumariamente executado.[2]
Referências
- ↑ a b «Saiba mais sobre a invasão brasileira de soldados à República Dominicana». Aventuras na História. Arquivado do original em 8 de outubro de 2013
- ↑ a b «Caamaño Deñó, un hombre que dejó hasta su familia por la patria». EL DÍA
- ↑ "¡Necesitamos una nueva restauración!." Dominicano Libre Agosto / Setembro de 2006.