Fronteira China–Tajiquistão

A fronteira entre a República Popular da China e o Tajiquistão é a linha que de 414 km de extensão, sentido norte-sul, que separa o leste do Tajiquistão (província de Gorno-Badaquexão) do território da R.P da China (província de Sinquião) Ao norte há a tríplice fronteira China-Tajiquistão-Quirguistão e no sul o ponto triplo é dos dois países com o estreito corredor da província de Badaquexão - Afeganistão.

Fronteira China–Tajiquistão
Delimita:  China
Tajiquistão
Comprimento: 414 km
Posição: 188
Criação: 1868
Traçado atual: 1991

História editar

 
Mudanças na fronteira entre a China (amarelo) e o Tajiquistão (verde).

O Tajiquistão foi anexado ao Império Russo em 1868. Entre 1917 e 1921 os Tajiques lutaram contra o Exército Vermelho, mas o país foi anexado à URSS em 1929. Essa fronteira era apenas uma parte da longa fronteira entre a China e a União Soviética, que ia do Afeganistão até à Mongólia. O Tajiquistão obteve a independência em 1991 com a dissolução da União Soviética. É dessa data a oficialização da fronteira como individual, de uma nação independente, com a República Popular da China.

Quando o Tajiquistão se tornou independente em 1991, herdou uma seção da fronteira China-URSS. Essa fronteira seguiu a divisão da bacia de drenagem entre o rio Amu Dário e o rio Iarcanda até chegar a Marcansu. [1]

Em 2011, o Tajiquistão ratificou um acordo de 1999 (e um acordo suplementar de 2002) para ceder 200 km2 e 1.122 km2, respectivamente [2] de terras nas Montanhas Pamir para a República Popular da China, terminando uma disputa de 130 anos. No tratado, a China também renunciou às reivindicações de mais de 28.000 km2 do território do Tajiquistão. [3][4][2] As atitudes dos tajiques em relação ao tratado de fronteira variaram significativamente entre os diferentes grupos de interesse, oscilando entre oposição explícita a apoio explícito. [5]

Em julho de 2020, a publicação repetida de um artigo de Cho Yao Lu na mídia doméstica chinesa sugerindo que o Tajiquistão deveria dar mais terras à China foi recebida com forte desaprovação no Tajiquistão e na Rússia. [6][7][8][9]

Referências

  1. International Boundary Study No. 64 – China-USSR Boundary (PDF), 13 de fevereiro de 1978, cópia arquivada (PDF) em 17 de agosto de 2014 
  2. a b Alex Sodiqov (24 de janeiro de 2011). «Tajikistan cedes disputed land to China». Jamestown Foundation. Eurasia Daily Monitor. 8 (16). On January 12, the lower house of the Tajik parliament voted to ratify the 2002 border demarcation agreement, handing over 1,122 square kilometers (433 square miles) of mountainous land in the remote Pamir Mountains. The ceded land represents about 0.8 percent of the country’s total area of 143,100 square kilometers (55,250 square miles).{...}At the time of independence, Tajikistan inherited three disputed border segments, constituting about 28,500 square kilometers (11,000 square miles), which China and the Soviet Union had been unable to resolve. In 1999, Tajikistan and China signed a border demarcation agreement, defining the border in two of the three segments. Under the 1999 deal, Dushanbe ceded about 200 square kilometers (77 square miles) of land to Beijing. 
  3. «Tajikistan cedes land to China». BBC News. 13 de janeiro de 2011 
  4. «China's area increases by 1000 sq km». Times of India. 12 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 16 de janeiro de 2011 
  5. Assel Bitabarova (Janeiro de 2015). «Contested Views of Contested Territories: How Tajik Society Views the Tajik-Chinese Border Settlement» (PDF). Eurasia Border Review 
  6. Paul Goble (30 de Julho de 2020). «Beijing Implies Tajikistan's Pamir Region Should Be Returned to China». Eurasia Daily Monitor. 17 (112) – via Jamestown Foundation 
  7. «Now, China eyes Pamir region in Tajikistan». WION. 4 de agosto de 2020. 'Pamir was outside China [for] 128 years due to the pressure of world powers', these are the words of Cho Yau Lu. 
  8. Yau Tsz Yan (3 de agosto de 2020). «China business briefing: Unclear borders, uneasy neighbors». Eurasianet. Days later, an article appeared in Chinese news outlets claiming that Tajikistan’s Pamir mountains historically belonged to China and should be returned. Though the article was penned by a nationalist historian and does not appear to be a veiled hint from the Party, the message hit Dushanbe in a sensitive spot. Tajik officials are perennially concerned about the Pamirs, a region where they have tenuous authority over the local population. 
  9. «Expansionist China eyes Tajik territory» 
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