Fundação Eng. António de Almeida

 Nota: Não confundir com Fundação Eugénio de Almeida.

A Fundação Eng. António de Almeida MHIH é uma fundação portuguesa é uma instituição particular de utilidade pública geral, em particular nas áreas da arte e da educação, reconhecida oficialmente a 5 de Maio de 1969.

Fundação Eng. António de Almeida
Fundação Eng. António de Almeida
Lema "Um Humanismo aberto à transcendência"
Tipo Instituição particular de utilidade pública geral
Fundação 5 de maio de 1969
Sede Porto
Fundador(a) Eng. António de Almeida
Sítio oficial www.feaa.pt/

História

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Esta Fundação foi criada por disposição testamentária do Eng. António de Almeida, falecido em 9 de Outubro de 1968, na cidade do Porto, onde viveu, desde o ano de 1910. O Eng. António de Almeida nasceu em Vila Real, a 5 de Novembro de 1891. Oriundo de família não abastada, licenciou-se, em 1915, em Engenharia, na então Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, com a alta classificação de 18 valores. Exerceu a sua profissão de engenheiro apenas por um curto período de tempo, porque o seu primo Dr. José Ribeiro Espírito Santo solicitou a sua colaboração na gerência conjunta do Banco Espírito Santo, o que ocorreu em 1921. O Eng. António de Almeida, a partir dessa data, ficou com a especial responsabilidade da gerência da filial do Banco na cidade do Porto, sediada em edifício que ele próprio projectara. Exerceu até ao seu falecimento a actividade de banqueiro e de grande empresário.

Foi primeiro Presidente da Fundação o seu primo Dr. Manuel Ribeiro Espírito Santo que veio a falecer em 1973. Assumiu, então, a presidência, conforme ficou estipulado no testamento do Eng. António de Almeida, o Doutor Fernando Aguiar-Branco que se manteve como Presidente do Conselho de Administração até 28 de janeiro de 2021, data do seu falecimento.

A 14 de Novembro de 1994 foi galardoada com o grau de Membro-Honorário da Ordem do Infante D. Henrique.[1]

Actividades

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A Fundação Eng. António de Almeida possui um Museu onde se reúnem as várias peças coleccionadas pelo instituidor: mobiliário, ourivesaria, têxteis, porcelanas, pinturas, relojoaria e moedas. Estas últimas constituem uma importante colecção numismática, fundamentalmente composta por peças de ouro de origem grega, romana, bizantina, francesa e portuguesa. Nesta Casa-Museu, conforme vontade do instituidor, manteve-se tanto quanto possível, o aspecto de casa de habitação familiar e a decoração existente.

 
Estátua do Eng. António de Almeida por Salvador Barata Feyo.

A Fundação tem desenvolvido uma actividade intensa sobretudo nas áreas da arte e da educação, nomeadamente através de colóquios, conferências, exposições e recitais de música, com a intervenção de intelectuais e artistas nacionais e estrangeiros; possuindo espaços próprios para o efeito, dos quais se destaca um edifício denominado Auditório.

Para divulgar e radicar, no plano internacional, a cultura portuguesa, a Fundação doou: em 1985, à cidade de Durban um busto em bronze de Fernando Pessoa; outro, em 1988, à cidade de São Paulo e ainda, outro, em 1989, à cidade de Bruxelas.

À cidade do Porto, a Fundação doou: em 1989, a estátua em bronze de Guilhermina Suggia; em 1991, a estátua em granito de D. António Ferreira Gomes; em 2009, a estátua em bronze de Abel Salazar; e, em 31 de Janeiro de 2011, uma estátua, em bronze, figurativa da República Portuguesa, comemorativa do seu centenário.

Em todas as suas actividades, respeitando em absoluto o pluralismo de ideias, afirma o humanismo personalista e propõe-se contribuir para a formação do homem-pessoa em ordem a dotá-lo com as virtudes da coragem, do trabalho, da honestidade, da tolerância e do saber inteligente para que surjam, assim, um humanismo fraterno e uma sociedade onde caibam efectivamente todos os seres humanos.

Tem, ainda, a preocupação de revelar e premiar o mérito e, por isso, instituiu o prémio denominado "Eng. António de Almeida" que é atribuído, anualmente, ao licenciado que obtenha a classificação mais elevada e sempre igual ou superior a 16 valores, em algumas instituições de ensino superior.[2] A Fundação tem instituído prémios escolares, sobretudo nas Universidades do Porto, do Minho, Trás-os-Montes e Coimbra. Tem editado teses de mestrado e de doutoramento; e obras de literatura, de arte, de sociologia e de história.

Já doou mais de 250 mil livros e revistas às bibliotecas nacionais e a algumas estrangeiras e também leitores de português espalhados pelo mundo.

«São bem conhecidos os serviços prestados pela Fundação Eng. António de Almeida à sociedade, à cultura e à ciência, em Portugal e no Mundo tendo sempre como princípio orientador a causa de justiça e da verdade no respeito pela liberdade e dignidade dos homens. A promoção e apoio de conferências, colóquios, exposições, simpósios; a edição de revistas e monografias científicas; o impulso dado ao intercâmbio com organizações internacionais como a UNESCO e outros centros de investigação não podem fazer esquecer o estímulo dado à formação cultural e científica da juventude universitária portuguesa através do Prémio Eng. António de Almeida, prémio de excelência que já foi atribuído até hoje a mil e cem licenciados das Universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro, Minho, Porto e Coimbra, de algumas Faculdades da Universidade Clássica, da Universidade Portucalense, de alguns Institutos Politécnicos, da Escola Superior de Belas Artes e de Música bem como do Conservatório de Música do Porto.» Deliberação do Conselho Científico da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, em Sessão de 29 de junho de 2000.

Referências

  1. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Fundação Eng.ª António de Almeida". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de fevereiro de 2015 
  2. «Fundação Eng. António de Almeida». Infopédia. Consultado em 16 de Fevereiro de 2012 

Ligações externas

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