Glycera é O gênero do grupo de poliquetas (vermes com cerdas). Eles são normalmente encontrados no fundo de águas marinhas rasas e ambientes com lama. Algumas espécies (por exemplo, vermes comuns) podem crescer até 35 centímetros de comprimento.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGlycera

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
(sem classif.) Annelida
Classe: Poliqueta
Ordem: Phyllodocida
Família: Glyceridae
Género: Glycera

Savigny, 1818

Anatomia

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Eles possuem uma coloração rosada, que permite qur os fluidos corporais que contenham hemoglobina apareçam. Consequente recebem o nome de "Bloodworm" (em inglês) ou Minhocas-de-Sangue. Na cabeça possuem três antenas pequeninas e  possuem quatro pequenas antenas e pequenas proeminências carnudas chamadas de parapodias, por todo seu corpos. Eles podem crescer até 35 centímetros de comprimento.

Sua alimentação é carnívora. Eles se alimentam projetando sua grande tromba com quatro mandíbulas ocas. As mandíbulas são ligadas a glândulas de veneno que eles usam para matar suas presas. Sua mordida é dolorosa até para um humano. Eles são predados por outros vermes, peixes, crustáceos e por gaivotas.

A reprodução ocorre no meio do verão, quando a água está mais quente. Isso faz com que vermes maduros não se alimentem, chamando esse processo de epitoke. Com a parapodia maior, eles nadam para a superfície da água, onde ambos os sexos liberam gametas e depois morrem.

A primeira fase de muitas formas da Minhoca-de-Sangue é a zooplantônica, seguido pelo bentônicas. As larvas podem se desenvolver protegidas por tubos feitos de seda no fundo lodo. A progressão das larvas vão de pequenas e pálidas, para larvas avermelhadas e maiores, de três a dez centímetros de comprimento ou mais, ao longo de um período curto período de duas a três semanas em condições ideais.[1]

Esses animais possuem o mineral cobre em seus corpos, e não são envenenados por ele.

Suas mandíbulas possuem também o cobre, só que na forma de um biomineral à base de cloreto de cobre denominado atacamita, na forma cristalina.

Teoricamente o cobre ajuda no processo da mordida e a injeção de veneno.

Sistemática

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Glycera é o gênero de tipo da família Glyceridae. Ele contém as seguintes espécies:[2]

  • Glycera abranchiata
  • Glycera alba
  • Glycera amadaiba
  • Glycera amboinensis
  • Glycera americana
  • Glycera asymmetrica
  • Glycera baltica
  • Glycera bassensis
  • Glycera benguellana
  • Glycera benhami
  • Glycera branchiopoda
  • Glycera brevicirris
  • Glycera calbuconensis
  • Glycera capitata
  • Glycera carnea
  • Glycera celtica
  • Glycera chirori
  • Glycera cinnamomea
  • Glycera convoluta
  • Glycera dayi
  • Glycera decipiens
  • Glycera dentribranchia
  • Glycera derbyensis
  • Glycera dibranchiata
  • Glycera dubia
  • Glycera edwardsi
  • Glycera ehlersi
  • Glycera embranchiata
  • Glycera epipolasis
  • Glycera fundicola
  • Glycera fusiformis
  • Glycera gigantea
  • Glycera gilbertae
  • Glycera glaucopsammensis
  • Glycera guatemalensis
  • Glycera guinensis
  • Glycera hasidatensis
  • Glycera heteropoda
  • Glycera incerta
  • Glycera kerguelensis
  • Glycera knoxi
  • Glycera lamelliformis
  • Glycera lamellipodia
  • Glycera lancadivae
  • Glycera lapidum
  • Glycera longipinnis
  • Glycera longissima
  • Glycera macintoshi
  • Glycera madagascariensis
  • Glycera manorae
  • Glycera martensii
  • Glycera mauritiana
  • Glycera micrognatha
  • Glycera mimica
  • Glycera minor
  • Glycera minuta
  • Glycera nana
  • Glycera natalensis
  • Glycera nicobarica
  • Glycera nigripes
  • Glycera onomichiensis
  • Glycera orientalis
  • Glycera oxycephala
  • Glycera pacifica
  • Glycera papillosa
  • Glycera pilicae
  • Glycera polygona
  • Glycera posterobranchia
  • Glycera prashadi
  • Glycera profundi
  • Glycera prosobranchia
  • Glycera pseudorobusta
  • Glycera robusta
  • Glycera rouxi
  • Glycera russa
  • Glycera rutilans
  • Glycera spadix
  • Glycera sphyrabrancha
  • Glycera subaenea
  • Glycera taprobanensis
  • Glycera taurica
  • Glycera tenuis
  • Glycera tesselata
  • Glycera unicornis

Comércio

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As larvas são vendidas comercialmente em lojas de equipamentos como isca para a pesca em água salgada.[3]

Referências

  1. «Bloodworm: Uses and applications as a fishing bait». Cópia arquivada em 15 de março de 2013 
  2. Fauchald, K.; Bellan, G. (2009). Glycera Savigny, 1818. In: Fauchald, K. (Ed) (2009). World Polychaeta database. Accessed through the World Register of Marine Species at http://www.marinespecies.org/aphia.php?p=taxdetails&id=129296 on 2009-03-12.
  3. WHITTLE, PATRICK. «Abating Bait: Decline in Prized Worms Threatens Way of Life». U.S. News. Cópia arquivada em 21 de abril de 2018