Gonçalo Pereira Lobato e Sousa


Gonçalo Pereira Lobato e Sousa (Monção (Portugal)  ?—1761) foi um militar e administrador colonial português.[1]

Gonçalo Pereira Lobato e Sousa
Cidadania Portugal
Prêmios
  • Cavaleiro da Ordem de Cristo

Biografia editar

Filho mais novo de João Pereira Caldas e de Mariana Catarina Lançós e Azevedo. Comandante de um regimento de infantaria em Lisboa, acumulava vasta e reconhecida experiência militar, atuando em várias partes do Império Português, como no Reino, na Índia e na América.[2]

Casou-se com Joana Maria Pereira de Castro.[2]

Foi encarregado de secundar os trabalhos da comissão demarcatória de limites do Tratado de Madri no Norte.[2]

Tinha grande proximidade a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador e capitão-general do Estado do Grão-Pará e Maranhão, do qual a Capitania do Maranhão fazia parte.[2]

Foi nomeado governador da Capitania do Maranhão em 3 de agosto de 1753 e ficou no cargo até 1761.[3][4]

Gonçalo Pereira Lobato e Sousa foi responsável pela implementação das políticas pombalinas no Maranhão. Entre elas, estava o Diretório dos Índios, instituído em 1757 e que estabelecia critérios educacionais, administração da força de trabalho e relações entre indígenas e colonos.[2][5]

Foi agraciado Cavaleiro da Ordem de Cristo.[1]

Seu filho João Pereira Caldas foi governador geral do Piauí, de 1761 a 1769, e do Pará, de 1772 a 1780.[1]

Fundação de vilas editar

Entre julho de 1757 e agosto de 1758, a política pombalina posta em prática pelo governador converteu onze antigos aldeamentos ou missões indígenas e uma fazenda particular em vilas e lugares. Dessa forma, as aldeias de missões eram retiradas do domínio dos religiosos da Companhia de Jesus e o controle das vilas e lugares ficava com os diretores e "principais" (lideranças indígenas).[2][6]

Entre os preceitos do Diretório, estava a transformação semântica dos nomes das aldeias de missões em nomes lugares e vilas do Reino. Boa parte dos topônimos são originados da região do Minho, onde nasceu. Monção, por exemplo, era o nome da cidade natal de Gonçalo Pereira.[2]

As aldeias elevadas a vila foramː[2]

As aldeias elevadas a Lugares foramˑ[2]

Em Viana, os jesuítas, vendo cessar sua jurisdição sobre as aldeias, trataram de arrasar tudo que nelas havia. No entanto, o governador Gonçalo Pereira Lobato e Sousa ordenou que reedificassem todas as casas que haviam destruído e a restituir todo o gado que haviam desencaminhado.[7]

Referências

  1. a b c «O governo das conquistas do norteː trajetórias administrativas do Grão-Pará e Maranhão (1751-1780)» (PDF) 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u Dornelles, Soraia Sales (29 de julho de 2021). «Registros de Fundações, Ereções e Posses de Vilas: um olhar sobre as vilas de índios do Maranhão». Sæculum – Revista de História (44): 308–327. ISSN 2317-6725. doi:10.22478/ufpb.2317-6725.2021v26n44.58882. Consultado em 31 de maio de 2022 
  3. Lima, Carlos de (2006). História do Maranhão. São Luís: Instituto Geia. p. 459 
  4. Santos, Nivaldo Germano dos (2014). «Discórdias da Monarquia: os poderes régio e episcopal no Estado do Maranhão» (PDF). Universidade Federal Fluminense: 111. Consultado em 9 de maio de 2021 
  5. «Diretório dos Índios». InfoEscola. Consultado em 31 de maio de 2022 
  6. Machado, André Roberto de Arruda; Machado, André Roberto de Arruda (janeiro de 2017). «O eclipse do Principal: apontamentos sobre as mudanças de hierarquias entre os indígenas do Grão-Pará e os impactos no controle da sua mão de obra (décadas de 1820 e 1830)». Topoi (Rio de Janeiro) (34): 166–195. ISSN 2237-101X. doi:10.1590/2237-101x0183408. Consultado em 31 de maio de 2022 
  7. cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/viana/historico. Consultado em 31 de maio de 2022  Em falta ou vazio |título= (ajuda)

Ligações externas editar

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