Haíquidas
Haíquidas ou Haicazunis (em armênio/arménio: Հայկազունիներ) foram uma lendária dinastia real armênia. Foram nomeados em homenagem ao seu fundador, o progenitor do armênios, Haico. Governaram como reis na antiga Armênia de 2 492 a.C. a 331 a.C.[1]
Haíquida | |
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Estado | Grande Armênia, Pequena Armênia |
Título |
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Origem | |
Fundador | Haico |
Fundação | 2 492 a.C. |
Etnia | Armênios |
Atual soberano | |
Último soberano | Vaé |
Dissolução | 331 a.C. |
Linhagem secundária | |
Orôntidas |
História
editarSegundo a lenda apresentada na História da Armênia de Moisés de Corene (século V), o naapetes (em armênio/arménio: Նահապետ, "patriarca") Haico uniu os armênios, derrotou as tropas do titã babilônico Bel na batalha do vale do Hals e lançou as bases para o Estado armênio.[2][3] De acordo com o antigo calendário armênio, isso aconteceu no primeiro dia do mês Navasarde (11 de agosto). O armenólogo Ghevond Alishan datou a batalha em 2 492 a.C. e., enquanto Mikael Chamchian, em sua Tabela Cronológica, observou 2 107 a.C..
O segundo nome pelo qual os armênios são conhecidos por outros povos - armen - tornou-se o principal nome do país pelos antigos persas, gregos, sírios e outros povos vizinhos. Moisés de Corene o associou ao nome do rei Arã Haicazuni: “Arã realizou muitos feitos valentes nas batalhas... ele expandiu as fronteiras da Armênia em todas as direções. Todos os povos chamam nosso país pelo seu nome, por exemplo, os gregos - Armen, os persas e sírios - Armenique." O autor armênio do século VII, Sebeos, associou este etnônimo ao nome de outro representante dos haíquidas - Aramaniaque, ou Armenaque.
O último representante da dinastia haíquida, o rei Vaé morreu em Gaugamela, enquanto defendia a Armênia da invasão de Alexandre, o Grande.
Referências
- ↑ Enciclopédia Armênia Soviética, vol. 6, p. 169.
- ↑ Moisés de Corene, História Armênia.
- ↑ «MOBCEC XОPEHAЦИ, "История Армении". О г л а в л е н и е.». www.vehi.net. Consultado em 12 de junho de 2024