Sebeos (em armênio/arménio: Սեբեոս) foi um religioso armênio do século VII, bispo dos Bagratúnios, que participou do Quarto Concílio de Dúbio em 645. Teria escrito uma "História de Heráclio", mas a autoria é questionada.

Sebeos
Etnia Armênio
Ocupação Bispo e historiador
Religião Catolicismo

Biografia

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Muito pouco se sabe da vida de Sebeos. Suas datas de nascimento e morte são desconhecidas, mas os historiadores concordam que viveu no século VII.[1] Frequentou a corte do xá sassânida Cosroes I (r. 590–628) e depois participou do Quarto Concílio de Dúbio em 645 como "Bispo dos Bagratúnios"[2] de acordo com a oitava assinatura dos textos das resoluções do concílio.[1]

Segundo a tradição armênia, Sebeos é autor de um importante trabalho histórico conhecido como "História de Heráclio", dividido em duas partes: a primeira abrange o período do combate mítico de Haico contra Bel até a revolta liderada por Vardanes III Mamicônio contra os persas nos anos 570; a segunda continua até 661 e descreve as ações realizadas na Armênia pelo imperador bizantino Heráclio (r. 610–641) e o início das incursões árabes,[2] constituindo uma continuação da história de Lázaro de Farpe.[1][3] Sebeos dá informações detalhadas sobre o reinado dos "Grande Reis" sassânidas de Perozes I (r. 459–484) até Isdigerdes III (r. 632–651). A crônica termina com a guerra civil árabe e a ascensão política de Moáuia I (r. 661–680).[4]

A primeira edição deste livro, produzida em Constantinopla em 1851, se baseia em um manuscrito descoberto em Valarsapate em 1842; o manuscrito não tinha nenhum título ou divisão, e o título "História de Heráclio" e a atribuição à Sebeos deram-se no momento da descoberta, quando supôs-se tratar da História de Sebeos que várias fontes medievais evocavam.[5] Este manuscrito também se perdeu, e a autoria é muito incerta (ou rejeitada[6]) e o autor é muitas vezes chamado de "Pseudo-Sebeos"[7] ou mesmo "Pseudo-Agatângelo".[8]

A primeira parte da obra contém o início da "História primitiva" do enigmático sírio chamado Mar Abas Catina (que também é referido por Moisés de Corene em sua "História da Armênia", mesmo estando longe em vários pontos da versão de "Pseudo-Sebeos"[9]).[8]

Referências

  1. a b c Hacikyan 2002, p. 81.
  2. a b Hacikyan 2002, p. 82.
  3. Ducellier 1996, p. 33-34.
  4. Prémare 2002.
  5. «Sebeos' History» (em inglês). Consultado em 2 de agosto de 2013 
  6. Durand 2007, p. 72.
  7. Dédéyan 2007, p. 184.
  8. a b Moisés de Corene 1993, p. 41.
  9. Moisés de Corene 1993, p. 42.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Sébéos», especificamente desta versão.

Bibliografia

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  • Ducellier, Alain (1996). Chrétiens d'Orient et islam au Moyen Âge. Paris: Armand Colin 
  • Durand, Jannic; Ioanna Rapti; Dorota Giovannoni (2007). Armenia sacra — Mémoire chrétienne des Arméniens (ive ‑ xviiie siècle). Paris: Somogy / Musée du Louvre. ISBN 978-2-7572-0066-7 
  • Prémare, Alfred-Louis de (2002). Les Fondations de l’islam. Entre écriture et histoire. Paris: Le Seuil