Haetera piera
Haetera piera é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Satyrinae, encontrada na Venezuela, Guianas, Equador, Peru, Bolívia e Brasil, em habitat de floresta tropical e altitudes entre o nível do mar e 1.500 metros. São borboletas com asas arredondadas e extremamente translúcidas, com pequenos ocelos nas asas posteriores e mancha de cor âmbar.[5] É, junto com Haetera macleannania, a única espécie do gênero Haetera e a mais difundida das duas.[3]
Haetera piera | |||||||||||||||||||||
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Nesta ilustração do ano de 1779, Haetera piera são a terceira, quarta e quinta borboleta, em ordem de leitura. As duas borboletas acima são Pierella hyalinus (pertencentes à mesma tribo - Haeterini).[1] | |||||||||||||||||||||
H. piera
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Classificação científica | |||||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||||
Haetera piera (Linnaeus, 1758)[4] | |||||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||||
Papilio piera Linnaeus, 1758 Haetera hymenaea C. & R. Felder, 1867[4] |
Hábitos editar
São borboletas solitárias, ou em duplas, que vivem nos recessos úmidos e sombrios das florestas, de voo quase sempre crepuscular[5] e de baixa altura.[6]
Ciclo de vida editar
De acordo com Luis M. Constantino, a fêmea de H. piera deposita apenas um ovo, esférico e branco, na face inferior de uma folha de Spathiphyllum (Araceae), repetindo o comportamento de ovoposição em outras folhas da mesma planta, ao redor. As lagartas, em seu quarto e último estágio, são de coloração verde escura, ornamentadas por um padrão de zig-zag de coloração creme que diminui na medida em que se direciona à cabeça; que é granulada, com dois chifres grossos que levam um acessório lateral, e com um espinho curvo de cada lado.[6]
Subespécies editar
Haetera piera possui seis subespécies:[4]
- Haetera piera piera - Descrita por Linnaeus em 1758, de exemplar proveniente das Guianas ou Brasil (citado como "Indiis" na descrição).
- Haetera piera diaphana - Descrita por Lucas em 1857, de exemplar proveniente do Brasil (Bahia - citado como "Cuba" na descrição).
- Haetera piera negra - Descrita por C. & R. Felder em 1862, de exemplar proveniente do Peru (também ocorrendo no Equador e Brasil - Amazonas).
- Haetera piera unocellata - Descrita por Weymer em 1910, de exemplar proveniente da Bolívia (caracterizada por indivíduos com o ocelo superior da asa traseira pouco desenvolvido).
- Haetera piera pakitza - Descrita por Lamas em 1998, de exemplar proveniente do Peru.
- Haetera piera sanguinolenta - Descrita por Constantino & Salazar em 2007, de exemplar proveniente da Colômbia (caracterizada por indivíduos com asa traseira avermelhada).[7]
Referências
- ↑ Pieter Cramer; Caspar Stoll (1779). «De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique. Volume 4.» (em inglês). Biodiversity Heritage Library. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ «Satyrinae» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ a b «Haetera» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ a b c «Haetera piera» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ a b Adrian Hoskins. «Amber Phantom - Haetera piera (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ a b Luis M. Constantino (1993). «Notes on Haetera from Colombia, with description of the immature stages of Haetera piera» (PDF) (em inglês). Tropical Lepidoptera. Vol. 4 No. 3. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015
- ↑ «Haetera piera sanguinolenta (Constantino & Salazar, 2007)» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 15 de fevereiro de 2015