Hans Stammreich (Remscheid, 16 de julho de 1902São Paulo, 6 de março de 1969) foi um químico brasileiro nascido na Alemanha. Foi um dos pioneiros da espectroscopia Raman.[1]

Hans Stammreich
Nascimento 16 de julho de 1902
Remscheid
Morte 6 de março de 1969 (66 anos)
São Paulo
Campo(s) Química

Biografia editar

Nasceu em Remscheid, na Renania, Alemanha, em 1902.

Após ter completado os cursos de Química, Física e principalmente os de Química-Física, nas Universidades de Heidelberg e de Berlim, recebeu, nesta última, o título de “doutor” em Ciências, em 1924, com a menção “magna cum laude”.

Escolhendo a carreira acadêmica, ingressou, em 1924, no Instituto de Fotoquímica da Escola Politécnica de Berlim, como assistente adjunto.

Em 1927, foi nomeado assistente-chefe permanente daquele Instituto. Em 1930, foi encarregado da organização e da direção da seção de Espectroscopia e de análise Espectral da Escola Politécnica, acima referida, cargo que exerceu até 1933, quando se refugiou na França, logo após a subida de Hitler ao poder.

Apresentado pelo Prof. Albert Einstein, pode continuar, na Universidade de Paris, os seus trabalhos, devido, em grande parte, à gentileza de que foi alvo por parte do Prof. Charles Fabry, lente catedrático de Física da Sorbonne e Diretor do Instituto de Pesquisas Óticas dessa Universidade.

Interrompeu seus trabalhos científicos na Sorbonne, em 1936, em virtude de convites que lhe foram feitos pelo Governo da Pérsia (Iran), no sentido de instalar e organizar um laboratório de pesquisas físico-químicas na Universidade de Teerã, e pela Academia de Ciência da URSS, para dar um curso de Espectro-Fotometria, no instituto Ótico de Leningrado.

De volta à Paris, continuou os seus trabalhos científicos, contratado pelo Centre National de la Recherche Scientifique Apliqué, uma organização administrada em comum pelo Ministérios da Educação Nacional e pelo Ministério da

Guerra, como o fim de coordenar as pesquisas científicas, cuja aplicação prática era o interesse nacional.

Em 1939, foi encarregado, pela referida entidade, do estudo de um método para tratamento preventivo, por ionopherresis, de queimaduras oriundas de gás “ypérite” pela degradação eletrolítica do gás penetrado na pele.

Em 1940, quando da invasão da França, conseguiu sair desse país e vir para o Brasil, graças a uma intervenção do Prof. Aloysio de Castro.

Em 1944, ingressou no Departamento de Física da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, onde participou dos trabalhos efetuados para o Ministério da Marinha.

Desenvolveu a construção de válvulas de vapor de mercúrio utilizadas nos eco-batimetros, um papel de registro de impulsos elétricos para a o mesmo instrumento, etc..

Construiu um novo tipo de cathodos de emissão termoiônicos, utilizados em lâmpadas fluorescentes.

(Biografia elaborada pelo titular)[2]

Referências

  1. «Hans Stammreich» (em inglês) 
  2. «Hans Stammreich | História "Sérgio Buarque de Holanda"». caph.fflch.usp.br. Consultado em 3 de abril de 2024 

Ligações externas editar

  • Bernhard Schrader e Andreas Otto, Hans Stammreich, Bunsen-Magazin, 2. Jahrgang, 5/2000, S. 120–122:
  • Hans Stammreich: in André Trombetta, since 2011: „Neglected Science – Scientific Research in developing countries“ [1]
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