Igreja visível é um termo da teologia e eclesiologia cristãs que se refere à comunidade visível dos crentes cristãos na Terra, em oposição à Igreja invisível ou Igreja triunfante, constituída pela comunhão dos santos e pela companhia dos eleitos.[2]

"[...] sempre haverá e permanecerá uma única santa igreja cristã, que é a congregação de todos os crentes, entre os quais o evangelho é pregado puramente e os santos sacramentos são administrados de acordo com o evangelho".– Confissão de Augsburgo[1]

Na eclesiologia, a Igreja visível tem muitos nomes, como Reino de Deus, Discípulos de Cristo e Povo de Deus. Santo Inácio de Antioquia foi um dos primeiros autores cristãos a escrever sobre o assunto, insistindo que a Igreja visível estava centrada no bispo e na Eucaristia ou Última Ceia.[3]

No cristianismo primitivo, escritores antignósticos como Irineu, ou escritores antinovacianos como Cipriano de Cartago, muitas vezes se concentravam na Igreja visível, a fim de se oporem a várias opiniões consideradas heréticas.[4] Foi neste contexto que surgiu a expressão Extra Ecclesiam nulla salus, que insistia fortemente na não distinção entre a Igreja visível e a Igreja invisível.[5]

Referências editar

  1. Ver A Confissão de Augsburgo, Artigo 7, Da Igreja
  2. McGrath, Alister. 1998. Historical Theology, An Introduction to the History of Christian Thought. Oxford: Blackwell Publishers. p.206.
  3. «Carta aos esmirnenses». Consultado em 5 de abril de 2024 
  4. De Lyon, Ireneu (2014). Contra as Heresias. 4. São Paulo: Pia Sociedade de São Paulo - Editora Paulus. ISBN 9788534938785 
  5. De Cartago, Cipriano. «Sobre a Unidade da Igreja». ecclesia.com.br. Consultado em 5 de abril de 2024 

Ligações externas editar

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