Ilim-Ilima I
Ilim-Ilima I ou Ilim-Ilimma I (r. ca. meados do século XVI a.C. - ca. 1 525 a.C. - cronologia média)[1] foi o rei de Halabe (antes Iamade) em sucessão de seu pai Abael II.[2][3]
Ilim-Ilima I | |
---|---|
Rei de Halabe | |
Reinado | ca. meados do século XVI a.C. - 1 525 a.C. |
Antecessor(a) | Abael II |
Sucessor(a) | Reino abolido Próximo titular: Telepinu |
Nascimento | século XVI a.C. |
Morte | ca. 1 525 a.C. |
Descendência | Idrimi |
Pai | Abael II |
Religião | mitologia amorita |
Reinado editar
Ilim-Ilima é conhecido através de inscrições encontradas na estátua de seu filho Idrimi.[4] Segundo estes textos, Ilim-Ilima tinha como rainha uma dama da realeza de Emar[5] e teve muitos filhos dos quais Idrimi era o mais jovem.[6] Enquanto governou, Ilim-Ilimma foi ameaçado pelo rei Parsatatar de Mitani,[7] que provavelmente atuou como instigador da revolta que causou em ca. 1 525 a.C. sua morte e a fuga da família real halabita para Emar.[8]
Destino da dinastia editar
Halabe permaneceu sob autoridade de Mitani,[9] e Idrimi permaneceu em exílio por sete anos,[10] depois dos quais conquistou Alalaque e continuou sua dinastia como rei de Muquixe (Mukish)[11] desde ca. 1 518 a.C..[12][1][a] Ilim-Ilima I foi o último rei da dinastia de Iamade a governar como rei de Halabe;[13] seu neto Niquemepa pode ter retido Halabe, mas como rei de Alalaque.[14]
Notas editar
- [a] ^ Michael C. Astour considerou que o reinado de Ilim-Ilima I iniciou ca. 1 524 a.C. e teria terminado em ca. 1 517 a.C.. Nesta data, seu herdeiro Idrimi fugiu para Amia, onde viveria entre os habiru por sete anos conforme sua própria inscrição. Em ca. 1 510 a.C., Idrimi reuniu um exército e retomou Alalaque e após sete anos de conflito com o rei de Mitani Paratarna, ele reconheceu a suserania dos hurritas em ca. 1 503 a.C..[15]
Referências
- ↑ a b Nelson 2008, p. 393.
- ↑ Astour 1989, p. 19.
- ↑ Astour 1969, p. 382.
- ↑ Klengel 1992, p. 87.
- ↑ Yamada 1996, p. 304.
- ↑ Smith 1949, p. 60.
- ↑ Bryce 1999, p. 126.
- ↑ Bryce 2014, p. 34.
- ↑ Klengel 1992, p. 88.
- ↑ Bryce 2014, p. 35.
- ↑ Bryce 2014, p. 36.
- ↑ Collon 1995, p. 109.
- ↑ Zimmerer 2003, p. 57.
- ↑ Astour 1969, p. 384.
- ↑ Astour 1989, p. 92.
Bibliografia editar
- Astour, M. C. (1969). Orientalia. 38. [S.l.]: Pontificium Institutum Biblicum
- Astour, Michael C. (1989). Hittite history and absolute chronology of the Bronze Age. [S.l.]: P. Åström. ISBN 978-91-86098-86-5
- Bryce, Trevor (1999). The Kingdom of the Hittites. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-924010-4
- Bryce, Trevor (2014). Ancient Syria: A Three Thousand Year History. Oxford: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-964667-8
- Collon, Dominique (1995). Ancient Near Eastern Art. Berkeley e Los Angeles: University of California Press. ISBN 978-0-520-20307-5
- Klengel, Horst (1992). Syria, 3000 to 300 B.C.: a handbook of political history. Berlim: Editora da Academia de Ciências de Berlim. ISBN 3050018208
- Nelson, Thomas (2008). The Chronological Study Bible. [S.l.]: Thomas Nelson Inc. ISBN 978-0-7180-2068-2
- Smith, Sidney (1949). The Statue of Idri-Mi. Ancara, Turquia: Instituto Britânico de Arqueologia em Ancara
- Yamada, Masamichi (1996). «The Eponymous Years and Ninurta's Seal: Thoughts about the Urban Authority of Emar». In: Takahito, Mikasa no Miya. Essays on Ancient Anatolia and Syria in the Second and Third Millennium B.C. Wiesbaden, Alemanha: Otto Harrassowitz Verlag. ISBN 3447037598
- Zimmerer, Neil (2003). The Chronology of Genesis: A Complete History of the Nefilim. [S.l.]: Adventures Unlimited Press. ISBN 1931882223