Inaro ou Inaros foi um líbio que liderou uma rebelião do Egito contra os Persas, teve o apoio de Atenas, mas acabou sendo derrotado pelos generais de Artaxerxes I.

Revolta

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Em 460 a.C., Inaro, um líbio, filho de Psamético, iniciou uma rebelião no Egito contra os persas, cujo rei era Artaxerxes I. Ele foi proclamado rei, e buscou o apoio de Atenas, que enviou 200 navios, seus e de seus aliados.[1]

Artaxerxes reagiu, sem poupar recursos, e organizou um exército de 300.000 (segundo Diodoro Sículo) ou 400.000 (segundo Ctésias) soldados, e oitenta navios, liderados por Aquêmenes. Aquêmenes seria, segundo Ctésias, irmão de Artaxerxes, e, segundo Diodoro Sículo, tio-avô de Artaxerxes, por ser filho de Dario I e Atossa. Segundo James Ussher, Diodoro Sículo confundiu Aquêmenes, este general, com outro Aquêmenes, o irmão de Xerxes I, que foi nomeado sátrapa do Egito por Xerxes, após este ter (re-)conquistado o Egito.[1]

Invasão persa

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Em 459 a.C., após haver refrescado suas tropas no Rio Nilo, Aquêmenes se preparou para a batalha. Os egípcios e os líbios esperaram a chegada dos atenienses, que entraram pelo Nilo e rapidamente o dominaram. Inaro e o almirante ateniense Caramites derrotaram os persas em batalha naval, na qual lutaram 40 (Ctésias) ou 200 (Diodoro) navios atenienses contra 50 persas.[1]

Na batalha terrestre, pela vantagem numérica, os persas estavam vencendo, mas quando os atenienses forçaram um ataque, os persas debandaram, e foram massacrados. 100.000 persas foram mortos, inclusive Aquêmenes, pelas mãos do próprio Inaro, cujo corpo foi levado a Artaxerxes.[1]

Os atenienses tomaram dois terços de Mênfis, e atacaram os persas e medos que se refugiram atrás da "muralha branca".[1]

Preparação da segunda invasão

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Em 458 a.C., Artaxerxes enviou Megabizo a Esparta, para suborná-los para que eles entrassem em guerra contra Atenas, mas eles se recusaram. Megabizo, casado com Amitis, filha de Xerxes, foi nomeado o novo comandante da guerra.[1]

Em 457 a.C., Artabazo e Megabizo, com uma tropa de 300.000 (Diodoro) ou 200.000 (Ctésias) homens, vieram da Cilícia, pela Fenícia, para invadir o Egito. Eles comandaram os cilícios, fenícios e cipiotas a fornecerem navios, conseguindo 300 navios, comandados por Orisco.[1]

Eles passaram um ano treinando as forças, enquanto isto, os atenienses ainda cercavam os persas e medos atrás da "muralha branca".[1]

Segunda invasão persa

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Em 456 a.C., os persas invadiram o Egito por mar e por terra. Megabizo feriu Inaro na coxa, e o almirante ateniense Charamites foi morto. O Egito, com exceção de Biblos, se rendeu a Megabizo. Os rebeldes egípcios e os atenienses foram cercados na ilha de Prosoptis, por dezoito meses.[1]

Fim da resistência

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Em 454 a.C., o comandante dos persas desviou o curso do rio em torno da ilha de Prosoptis, inutilizando os navios atenienses. Os egípcios se renderam aos persas, e os atenienses, após queimar seus navios, foram atacados pelos persas. Por causa do valor dos atenienses, 6000 deles foram autorizados a retornar para casa com suas possessões.[1]

Megabizo deixou Sartama como governador do Egito e retornou, com Inaro e alguns gregos como prisioneiros, para Artaxerxes. Ele havia dado sua palavra que eles não seriam feridos, e Artaxerxes, apesar de pesaroso pela perda do irmão, honrou este acordo, apesar de sua mãe, Amástris, querer se vingar de Inaro.[1]

Em 448 a.C., após aguentar por cinco anos reclamações de sua mãe, Artaxerxes acabou por entregar Inaro e os atenienses à vingança de Amástris. Inaro foi esquartejado ou crucificado, e 50 atenienses, todos que Amástris conseguiu capturar, foram decapitados. Tâmiras, filho de Inaro, foi feito governador do Egito.[1]

Megabizo, inconformado pela morte de Inaro e dos gregos, retirou-se para a sua satrapia na Síria, com os gregos sobreviventes, e se revoltou contra Artaxerxes.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m James Ussher, The Annals of the World [em linha]