Ipupiara (criptozoologia)

O Ipupiara, também chamado de homem-marinho, é uma espécie de monstro marinho que fazia parte da mitologia dos povos tupis que habitavam o litoral do Brasil no século XVI. Segundo a crença popular, ele atacava as pessoas e comia partes de seus corpos. Segundo relatos do Brasil Colônia, um Ipupiara teria sido encontrado e morto na capitania de São Vicente, no ano de 1564.[1] O historiador e cronista português Pero de Magalhães Gandavo teria descrito a criatura como tendo "quinze palmos de comprido e semeado de cabelos pelo corpo, e no focinho tinha umas sedas muito grandes como bigodes. Os índios da terra lhe chamam em sua língua Hipupiara, que quer dizer demônio d'água".[2]

O monstro Ipupiara numa ilustração do livro de Gândavo História da Província de Santa Cruz, lançado em 1576.

Etimologia editar

"Ipupiara" deriva do tupi antigo Ypupîara, que significa "o que está dentro d'água" (y, água, pupé, dentro e ygûara, morador).[1]

Ipupiaras na cultura popular editar

 
O Ipupiara segundo Valentin Stansel

A lenda amazônica dos homens peixe é explorada no cinema americano, animes e jogos de videogames, sem citar o nome indígena ipupiara, mas se referindo à lenda amazônica e sua origem no Brasil. No filme O Monstro da Lagoa Negra (1954), o monstro: “Habitava uma remota e desconhecida lagoa localizada numa parte inexplorada da Floresta Amazônica. A criatura aparentemente era conhecida dos nativos pois o capitão do barco Rita, usado pelos pesquisadores, menciona uma lenda local sobre os "homens-peixe".[carece de fontes?] No jogo de videogame Darkstalkers da Capcom, Rikuo é descrito como um “merman”, o masculino de sereia (mermaid), que mora no Rio Amazonas no Brasil, provavelmente uma representação do ipupiara clássico indígena.[carece de fontes?] No filme A forma da Água (2017), uma criatura semelhante ao ipupiara é capturado na Amazônia e levado a um laboratório secreto nos EUA. No filme, é mencionado como um deus pelos indígenas brasileiros.[3] No episódio do anime Don Drácula (1979), ipupiaras se disfarçam de mulheres humanas e viajam do Brasil ao Japão.

Ver também editar

Referências

Ligações externas editar

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