Janet Radcliffe Richards

filósofa británica

Janet Radcliffe Richards (1944) é uma filósofa britânica com interesses em metafísica, bioética e feminismo. É, atualmente, professora de filosofia prática na Universidade de Oxford e pesquisadora convidada do "Centro para Ética Prática de Oxford Uehiro".[1] Anteriormente, era professora de filosofia na Open University e, em seguida, foi diretora do Centro de Bioética da Faculdade de Medicina do Colégio Universitário de Londres.[1]

Era casada com o também filósofo Derek Parfit, que faleceu em 1 de Janeiro de 2017.[2]

Visão Geral editar

Em 1980, foi publicado seu primeiro e mais controverso livro, "The Sceptical Feminism" (O Feminismo Cético), pela Editora Penguin.

No decorrer de sua carreira, ela escreveu variados artigos, sendo muitos deles publicados pela Universidade de Oxford.[3]

Quando um de seus artigos sobre bioética ganhou fama e se tornou referência entre cirurgiões, ela escreveu o livro "The Ethics of Transplants" (A Ética dos Transplantes) em 2012, estendendo nele o que já havia escrito no artigo.[1] Desde então, ela tem sido bastante convidada para palestrar sobre o que diz respeito às implicações éticas no âmbito das cirurgias de transplantes de órgãos.

Sua filosofia no âmbito feminista acompanha, de certo modo, a filosofia de Mary Wollstonecraft, Camille Paglia, de Christina Hoff Sommers, e, por vezes, a de Wendy McElroy, i.e., feminismo factual ou feminismo céptico, ou seja, uma forma de pensar o movimento feminista, juntando-o com o racionalismo e o ceticismo, abandonando, assim, o suposto dogmatismo ideológico vigente.

Crítica editar

Em junho de 2016, Kat Banyard, feminista que prega o fim da pornografia, escreveu: "Até recentemente, era axiomático que o feminismo estava em oposição à pornografia e prostituição. Quando Janet Radcliffe Richards argumentou em "O Feminismo Cético" (1980), que "feministas não deveriam se opôr a fazer uma vida por meio da utilização e valorização dos atributos sexuais", ela mesma explicitamente se posicionou ao contrário de outras feministas e, desde então, o contexto mudou; há agora, uma "presunção subjacente de que o "comércio do sexo" é compatível com o feminismo; Que não precisamos trabalhar para acabar com ele; Que ele pode ser reformado."[4]

Obras editar

  • The Sceptical Feminist: A Philosophical Inquiry (1980).
  • Formal Logic: A Workbook (1980).
  • Philosophy of Science (1981).
  • Nuclear Weapons: Inquiry, Analysis & Debate (1985).
  • Human Nature after Darwin (1999).
  • Human Nature After Darwin: A Philosophical Introduction (2000).
  • Careless Thought Costs Lives: The Ethics of Transplants (2012).
  • The Sceptical Feminist (RLE Feminist Theory): A Philosophical Enquiry (2012).

Referências

  1. a b c «Janet Radcliffe-Richards» (em inglês). Universidade de Oxford. Consultado em 8 de Dezembro de 2017 
  2. «Derek Parfit (1942-2017)» (em inglês). DailyNous. Consultado em 8 de Dezembro de 2017 
  3. «Janet Radcliffe Richards - Papers» (em inglês). Oxford Academia. Consultado em 8 de Dezembro de 2017 
  4. Kat Banyard. «Pimp State: The Horrors of the Sex Industry» (em inglês). The Guardian. Consultado em 8 de Dezembro de 2017