Jardins Lolianos (em latim: Horti Lolliani) eram antigos jardins de Roma localizados na encosta do Esquilino, na área hoje compreendida entre a moderna Via Principe Amedeo e o terreno mais tarde ocupado pelas Termas de Diocleciano.

Jardins Lolianos
Jardins Lolianos
Tipo Jardim
Construção Século I a.C.
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização V Região - Esquilino
Coordenadas 41° 54' 2.5" N 12° 29' 52.3" E
Jardins Lolianos está localizado em: Roma
Jardins Lolianos
Jardins Lolianos

Jardins da Roma Antiga editar

Em Roma, era costume chamar de horti (singular: hortus) as residências dotadas de um grande jardim (hortus significa "jardim") localizadas dentro da cidade, mas nos subúrbios. Os jardins eram lugares de lazer, onde era possível aproveitar o isolamento e a tranquilidade sem a necessidade de grandes viagens[1].

A parte mais importante dos horti era, sem dúvida, a vegetação, geralmente composta por folhagens espessas podadas em formas geométricas ou animais segundo os ditames da ars topiaria. Entre a vegetação ficavam pavilhões, pórticos de passeio com proteção contra o sol, fontes, termas, pequenos templos e estátuas, geralmente cópias romanas de originais gregos. O primeiro jardim foi o suntuoso Jardim de Lúculo, no monte Píncio[1], seguido logo depois pelo Jardim de Salústio.

História editar

Os jardins, cujos proprietários eram membros da rica e influente gente Lólia[a], foram mencionados em dois marcos de fronteira (em latim: cippus)[4] descobertos em 1993 perto do Palazzo Massimo alle Terme[5].

Os marcos provam que, no reinado de Cláudio, os jardins já estavam, sem dúvida, sob domínio imperial, apesar de ser difícil reconstruir quando isto ocorreu: se depois do suicídio de Marco Lólio, o cônsul em 21 a.C., ocorrido em 2 a.C., ou depois do confisco dos bens e do banimento de Lolia Paulina em 49, neta de Lólio, na sequência de uma tentativa fracassada de casamento com imperador Cláudio[6].

Notas editar

  1. Entre os principais estavam Marco Lólio, cônsul em 21 a.C.[2], seu filho Marco Lólio[3] e suas netas Lolia Saturnina e Lolia Paulina. Esta última foi, por um breve período, esposa de Calígula entre 38 e 39.

Referências

  1. a b «Vivere a Roma 2000 anni fa» (em italiano) 
  2. PIR L 311
  3. PIR L 312
  4. CIL VI, 31284 e CIL VI, 31285
  5. Rodolfo Lanciani (1883). Supplementi al volume VI del CIL. Bullettino della Commissione archeologica comunale di Roma 11: p. 220 nn° 624-625[ligação inativa]; Notizie degli Scavi di Antichità (1883): p. 339[ligação inativa].
  6. Tácito, Anais XII, 22.

Bibliografia editar