José da Guerra Maio

jornalista português

José da Guerra Maio OC (Freixeda do Torrão, 21 de dezembro de 1885Lisboa, 10 de Junho de 1967) foi um jornalista e escritor português.[1]

José da Guerra Maio
Outros nomes Guerra Maio
Nascimento 21 de Dezembro de 1885
Freixeda do Torrão
Morte 10 de Junho de 1967
Lisboa
Nacionalidade Portugal Portugal
Filho(a)(s) Josette de Guerra Maio
José de Guerra Maio
Helena Guerra Maio
Ocupação Jornalista e escritor
Prémios Ordem Militar de Cristo
Vivenda Guerra Maio, em Freixeda do Torrão.
Comprovativo da atribuição do grau de Cavaleiro na Ordem Militar de Cristo a José da Guerra Maio.

Biografia editar

Guerra Maio nasceu na localidade de Freixeda do Torrão,[2] filho de José Bonifácio Guerra Maio e Teresa de Jesus Soares.[carece de fontes?]

Residiu em Paris desde 1919, tendo colaborado em diversos jornais portugueses e brasileiros. Como jornalista, colaborou no Comércio do Porto e no Diário de Lisboa,[2] e foi redactor na Gazeta dos Caminhos de Ferro, posição que abandonou para ir dirigir a Agência de Turismo em Paris da Sociedade de Propaganda de Portugal.[3] Foi redator principal da Revista de Turismo entre os anos de 1916 e 1924.[carece de fontes?] Em 1922, foi nomeado como segundo delegado da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses da Beira Alta numa das conferências anuais sobre o tráfego entre França, Espanha e Portugal, realizada em Valência[4][5] O seu objectivo principal, que lhe tinha sido atribuído pelo administrador-delegado da Companhia, Luís Ferreira da Silva Viana, era propor várias alterações no Sud Expresso, como a introdução de uma carruagem de primeira e segunda classes, e modificações nos preços.[4][5]

Em 1949, publicou o livro Por Terras Afastadas, Crónicas de Viagem.[6] Em 1950, era secretário na delegação de Paris da Câmara Portuguesa do Comércio.[7] Defendeu a construção de um ramal ferroviário para Fátima, tendo as suas propostas sido apoiadas pela imprensa nacional e no ultramar.[8] Foi igualmente responsável pela construção de uma estrada municipal entre Freixeda do Torrão e Almendra.[2]

Teve quatro filhos: Felisberto Augusto da Guerra Maio; Helena Guerra Maio, que faleceu em 1950 na cidade de Paris, com apenas 18 anos de idade; Josette da Guerra Maio, falecida em Rouen em 2005; e José da Guerra Maio, vivendo em Lisboa.[carece de fontes?] Faleceu em 10 de Junho de 1967.[2]

Em 7 de outubro de 1934 foi galardoado com o grau de oficial na Ordem Militar de Cristo.[9] O seu nome é lembrado na toponímia de Freixeda do Torrão, concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.

Obras publicadas editar

  • Relações ferroviárias internacionais (1922)
  • Rosas bravas (1927)
  • O problema ferroviário em 1934 (1934)
  • Paris-Tóquio via Moçambique (1936)
  • Portugal desconhecido (1945)
  • Por Terras Afastadas, Crónicas de Viagem (1949)
  • Viajando (1961)

Referências editar

  1. Câmara Municipal de Figuera de Castelo Rodrigo: José da Guerra Maio.
  2. a b c d «José da Guerra Maio» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 80 (1908). 16 de Junho de 1967. p. 104. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  3. MAIO, Guerra (1 de Junho de 1965). «Mendonça e Costa» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 78 (1859). p. 139. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  4. a b MAIO, Guerra (16 de Julho de 1964). «O novo serviço do "Sud-Express"» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 77 (1838). p. 197. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  5. a b MAIO, Guerra (1 de Junho de 1953). «O "Sud-Express" e a sua acção transatlântica» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 66 (1571). p. 119. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  6. «Publicações recebidas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1480). 16 de Agosto de 1949. p. 520. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  7. «Os nossos mortos: Helena Guerra Maio» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1510). 16 de Novembro de 1950. p. 422. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  8. «Caminho de Ferro de Acesso a Fátima» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1540). 16 de Fevereiro de 1952. p. 496. Consultado em 1 de Março de 2015 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa 
  9. «Cidadãos nacionais agraciados com ordens portuguesas». Presidência da República Portuguesa. Consultado em 31 de Janeiro de 2018