José de Azeredo Santos


José de Azeredo Santos (Nova Lima, MG, 9 de maio de 1907 – São Paulo, SP, 10 de julho de 1973) foi jornalista e escritor católico, polemista, professor universitário, engenheiro. Foi um dos sócios-fundadores da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade, quando Plinio Corrêa de Oliveira a constituiu em 1960 [1].

Jornalista e polemista editar

Participou ativamente do núcleo de intelectuais que, liderados por Plinio Corrêa de Oliveira, combateu com energia o nazismo e o fascismo e, no plano religioso, polemizou com o liturgicismo e o progressismo da esquerda católica nascente, que mais tarde daria origem à Teologia da libertação.
Colaborou nas Vozes de Petrópolis [2], no O Legionário [3] – órgão oficioso da Arquidiocese de São Paulo - e no jornal Catolicismo entre outros.
Além de seu próprio nome, usava os pseudônimos Cunha Alvarenga e C.A.de Araújo Viana, em seus quase 300 artigos, comentários e notas nos 23 anos de atuação no movimento católico.
Alcançou extraordinária repercussão seu artigo intitulado “O rolo compressor totalitário e a responsabilidade dos católicos” publicado em 1950 nas Vozes de Petrópolis e transcrito depois na Revista Eclesiástica Brasileira [4].
Frequentou o Centro Dom Vital, do qual foi secretário [5], e onde conheceu na intimidade Alceu Amoroso Lima, mais conhecido pelo seu pseudônimo Tristão de Athayde, cujos desvios doutrinários posteriormente combateria [6]. A este se soma a denúncia corajosa dos erros do maritainismo (de Jacques Maritain), no plano teológico, filosófico e político-social [7].
Sob D. José Gaspar de Affonseca e Silva integrou a direção do setor de engenheiros e médicos da Ação Católica Brasileira, tendo polemizado contra os erros aí infiltrados [8].
Abordou temas como: a arte moderna, a gnose, o satanismo e o ocultismo, o estatismo, o dirigismo e o tecnicismo, socialismo e comunismo entre outros.

Catedrático editar

Lecionou na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo as cátedras de Ética Profissional, Noções de Sociologia aplicadas à Economia, História das Doutrinas Econômicas e Estudos Comparados dos Sistemas Econômicos. Formado em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ocupou cargos de confiança na The Rio de Janeiro Tramway, Light & Power e posteriormente na mesma companhia em São Paulo.

Posteridade editar

Uma rua do bairro Vila Carbone, na zona norte da cidade de São Paulo, leva o nome “Engenheiro José de Azeredo Santos” [9].

Referências editar

  1. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0189/P06-07.html
  2. Rodrigo Coppe Caldeira, O influxo ultramontano no Brasil e o pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira, https://livros01.livrosgratis.com.br/cp000970.pdf
  3. Luiz Henrique Lodi Zaghi, A constituição do Ethos discursivo no periódico “Legionário”, https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/21502/2/Luis Henrique Lodi Zaghi.pdf e Edvaldo Soares, Pensamento católico brasileiro – Influências e tendências, https://www.marilia.unesp.br/Home/Publicacoes/pensamento-catolico_ebook.pdf
  4. Marcelo Timotheo da Costa, Um itinerário no século – mudança, disciplina e ação em Alceu Amoroso Lima</>, http://www.editora.puc-rio.br/media/ebook_um_itinerario_no_seculo.pdf
  5. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0272/P06-07.html
  6. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0043/P02-03.html
  7. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0075/P04-05.html
  8. https://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0272/P06-07.html
  9. Decreto de 31 de maio de 1974 do prefeito Miguel Colasuonno, http://documentacao.camara.sp.gov.br/iah/fulltext/decretos/D11049.pdf