Jovens Turcos

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 Nota: Para o movimento aparentado anterior, veja Jovens Otomanos. Para outros significados, veja Jovens Turcos (desambiguação).

Jovens Turcos (em turco: Jön Türkler, do francês Jeunes Turcs) era uma coalizão de diferentes grupos que tinham em comum o desejo de reformar o governo e a administração do Império Otomano. Através da revolução que ficou conhecida posteriormente como a "Revolução dos Jovens Turcos", o seu movimento acabou iniciando a chamada Segunda Era Constitucional da história da Turquia. A Primeira Era Constitucional, da década de 1870, fora caracterizada por iniciativas modernizantes do próprio regime, executadas sob pressão de um movimento mais antigo conhecido como Jovens Otomanos.[1]

Cartão-postal comemorando o dia 24 de julho e a Revolução dos Jovens Turcos; no texto lê-se: "Viva a pátria, viva a nação, viva a liberdade" em turco otomano e em grego, ao lado de um retrato de Enver Paşa.

O movimento dos Jovens Turcos se iniciou em 1889, iniciando-se primeiro entre estudantes militares, e espalhando-se gradualmente para outros setores da população que se opunham à monarquia do sultão Abdulamide II. De certa forma foram os sucessores do movimento dos Jovens Otomanos. Com a fundação oficial do Comitê para a União e o Progresso, em 1906, partido político que atraiu a maioria dos Jovens Turcos, o movimento conseguiu construir uma rica tradição de contestação, que marcou a vida artística, intelectual e política do final do período otomano (incluindo seu declínio e dissolução).[2]

A chegada ao poder, em 1908, deve ser entendida no contexto da Revolução Russa de 1905.

Os Três Paxás, pertencentes aos Jovens Turcos, governaram o império desde o Golpe de 1913 até ao fim da Primeira Guerra Mundial. Nesse período, os conteúdos otomanistas foram reforçados. O Holocausto dos armênios, em 1915, foi um resultado dessa política de homogeneização cultural.[3]

Ver também editar

Referências

  1. Hanioğlu, M. Şükrü, The Political Ideas of the Young Turks.
  2. (1995), The Young Turks in Opposition, Oxford University Press, ISBN 0-19-509115-9.
  3. Akçam, Taner (2006), A Shameful Act: The Armenian Genocide and the Question of Turkish Responsibility
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