Mosteiro de Korzok

mosteiro budista tibetano no Ladaque, Índia
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O Mosteiro de Korzok, Gompa de Korzok ou Mosteiro de Karzok é um mosteiro budista tibetano (gompa) do Ladaque, noroeste da Índia. Pertencente à seita Drukpa Kagyu, foi fundado no século XVII junto à margem noroeste do lago Moriri, no planalto de Rupshu.

Mosteiro de Korzok
Mosteiro de Korzok
Nomes alternativos Gompa de Korzok • Mosteiro de Karzok
Tipo gompa
Construção século XVII
Aberto ao público Sim
Religião budismo tibetano, seita Drukpa Kagyu
Geografia
País Índia
Território da União Ladaque
Distrito
Coordenadas 32° 57' 57" N 78° 15' 44" E
Mosteiro de Korzok está localizado em: Ladaque
Mosteiro de Korzok
Localização do Mosteiro de Korzok no Ladaque

Situado junto à extremidade sudeste do Ladaque, a 4 560 metros de altitude, o mosteiro fica a um quilómetro da margem do lago, 53 km a sudoeste do cruzamento da estrada que sobre o vale do rio Indo desde e 210 km a sudeste desta cidade.[1] Korzok é o único povoado permanente do planalto de Rupshu, habitado por nómadas e semi-nómadas Changpa. A região é frequentemente apontada como o local mais alto do mundo onde se pratica agricultura, embora em muitos anos não seja possível fazer colheitas, sendo as searas cortadas ainda verdes para alimentação do gado.[2]

Segundo a tradição local, o mosteiro foi fundado por um lama de um mosteiro do monte Kailash, que aceitou o convite enviado pelo rei de Korzok para instalar um mosteiro no seu reino. Desde então a população local abandonou os seus cultos animistas e adotou o budismo.[3] Segundo outros autores, o mosteiro foi fundado na década de 1630 sob o patrocínio do rei do Ladaque Sengge Namgyal.[4]

O festival do mosteiro, realizado anualmente no final de julho ou início de agosto, atrai numerosos Changpa, que acorrem ao mosteiro envergando as suas melhores roupas. O festival dura dois dias e é encerrado com a cerimónia do Argham ("matança").[4] Esta envolve danças com máscaras (chams) e a destruição de um bolo sacrificial (storma) pelo líder dos dançarinos do "Chapéu Negro". A cerimónia simboliza a destruição de todas as formas maléficas e representa o assassinato do imperador tibetano apóstata Langdarma por um monge budista em meados do século IX. As máscara dos dançarinos representam as divindades guardiãs (Dharmapalas) do panteão budista e as divindades padroeiras da seita Drugpa.[5]

Referências

  1. «33.2690128, 78.468934». www.google.com/maps. Consultado em 29 de novembro de 2016 
  2. Rizvi, Janet (1996), Ladakh: Crossroads of High Asia, ISBN 9780195645460 (em inglês) 2.ª ed. , Deli: Oxford University Press India, p. 34, 38–39 
  3. Kohli, Harish (2000), Across the Frozen Himalaya: The Epic Winter Ski Traverse from Karakoram to Lipu Lekh, ISBN 9788173871061 (em inglês), Indus Publishing, p. 109, consultado em 18 de dezembro de 2016 
  4. a b Eakins, Nicholas (2011), Exploring Ldakh — The Complete Guide, ISBN 9788179270066 (em inglês), Deli: Hanish & Co., p. 99 
  5. «Ladakh festivals» (em inglês). footlooseindia.com. Consultado em 19 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 11 de agosto de 2014 
 
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