Laura Brandão, nascida Laura da Fonseca e Silva ( Rio de Janeiro, 1891 - 28 de janeiro de 1942, em Ufá, União Soviética),[1] foi poetiza e declamadora renomada nos salões literários do Rio de Janeiro na primeira década do século XX. Foi esposa do dirigente comunista Octávio Brandão.[2]

Laura Brandão
Nascimento 1891
Engenho do Hortelã, Alagoas
Morte 28 de janeiro de 1942
Limeira

Vida editar

Filha do professor Domingos Leopoldino da Fonseca e Silva com Jacinta Cavalcanti, nasceu Laura da Fonseca e Silva em 28 de agosto de 1891.[3] Foi casada com o anarquista e então futuro dirigente do Partido Comunista Brasileiro, Octávio Brandão. No início da década de 1920 tornou-se uma das primeiras agitadoras comunistas brasileiras, ajudando a editar o jornal A Classe Operária.[4] Presa e agredida várias vezes pela polícia, acabou sendo expulsa do país juntamente com sua família após a Revolução de 1930. Exilou-se na União Soviética onde trabalhou como locutora na rádio de Moscou[5] e contribuiu no movimento de resistência às tropas nazistas que ocuparam aquele país em junho de 1941.[6] Gravemente doente, morreu no interior do território soviético, na cidade de Ufá, sozinha e isolada da família, em 28 de janeiro do ano seguinte.[7] Em 1965, os restos mortais de Laura Brandão foram trasladados de Ufá para Moscou, sendo então sepultada no cemitério de Novodevitchi, onde heróis, intelectuais e figuras renomadas da Rússia lá estão. [8]

Referências

  1. Bernardes 2005, p. 111; 124.
  2. Bernardes 2005, p. 111-114.
  3. Bernardes 2005, p. 111.
  4. Bernardes 2005, p. 114-115.
  5. Bernardes 2005, p. 115.
  6. Bernardes 2005, p. 118.
  7. Bernardes 2005, p. 124.
  8. OLIVEIRA, José Roberto G. (22 de março de 2020). «Poesias de Laura Brandão - Antologia». gagueira.org.br. Consultado em 15 de dezembro de 2021 

Bibliografia editar

  • Bernardes, Maria Elena (2005). «Histórias reconstruídas: Laura Brandão na memória de seus descendentes». História Oral. 8 (2): 111-126