Leque aluvial, cone aluvial ou cone de dejeção é um depósito de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado, que se forma no sopé das montanhas onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente com uma planície aluvionar ou uma área lacustre.[1]

Conjunto de leques aluviais em via de se anastomosarem. Os leques estão se formando no encontro dos talveques desta região com a planície aluvionar do rio Mendoza, Argentina.
Cone aluvial formado entre as montanhas de Kunlun e Altun na China.

Estes depósitos recebem esse nome devido à forma que assumem, com os sedimentos se espraiando a partir da desembocadura do talvegue.

Leque aluvial em Mattertal, um vale nos Alpes, Suíça.

Refletem o fato de que as correntes aluviais, formadas durante as chuvas e que descem pelas vertentes das montanhas, perdem rapidamente sua energia ao desembocar numa área plana, permitindo que sedimentos de diversas granulometrias se depositem simultaneamente.

Com o passar do tempo diversos leques aluviais podem se unir lateralmente, elevando o nível do sopé das montanhas na área e produzindo um depósito de leques aluviais anastomosados encobertos por depósitos mais recentes.

Quando estes depósitos são pouco ou nada estratificados, recebem o nome de talus.

Referências

  1. «Leque aluvial». Encyclopædia Britannica Online (em inglês). Consultado em 3 de maio de 2021