A transformada de Laplace é uma transformação linear, ou seja,
L
{
Ω
f
(
t
)
+
Ξ
g
(
t
)
}
=
Ω
L
{
f
(
t
)
}
+
Ξ
L
{
g
(
t
)
}
{\displaystyle {\mathcal {L}}\{\Omega \ f(t)+\Xi \ g(t)\}=\Omega \ {\mathcal {L}}\{f(t)\}+\Xi \ {\mathcal {L}}\{g(t)}\}
Sempre que cada uma das transformadas existirem. A transformada se comporta dessa forma devido a propriedade de linearidade da integral.
Demonstração:
L
{
Ω
f
(
t
)
+
Ξ
g
(
t
)
}
=
∫
0
∞
(
Ω
f
(
t
)
+
Ξ
g
(
t
)
e
−
s
t
)
d
t
{\displaystyle {\mathcal {L}}\{\Omega \ f(t)+\Xi \ g(t)\}=\int \limits _{0}^{\infty }{(\Omega f(t)+\Xi g(t)e^{-st})dt}}
=
∫
0
∞
(
Ω
f
(
t
)
e
−
s
t
)
d
t
+
∫
0
∞
(
Ξ
g
(
t
)
e
−
s
t
)
d
t
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }{(\Omega f(t)e^{-st})dt}\ \ +\ \int \limits _{0}^{\infty }{(\Xi g(t)e^{-st})dt}}
=
Ω
∫
0
∞
(
f
(
t
)
e
−
s
t
)
d
t
+
Ξ
∫
0
∞
(
g
(
t
)
e
−
s
t
)
d
t
{\displaystyle =\Omega \int \limits _{0}^{\infty }{(f(t)e^{-st})dt}\ \ +\ \ \Xi \int \limits _{0}^{\infty }{(g(t)e^{-st})dt}}
=
Ω
L
{
f
(
t
)
}
+
Ξ
L
{
g
(
t
)
}
{\displaystyle =\Omega {\mathcal {L}}\{f(t)\}+\Xi \ {\mathcal {L}}\{g(t)\}}
Observação: A transformada inversa de Laplace também é uma transformação linear, ou seja,
L
−
1
{
Ω
F
(
s
)
+
Ξ
G
(
s
)
}
=
L
−
1
{
Ω
L
{
f
(
t
)
}
+
Ξ
L
{
g
(
t
)
}
}
{\displaystyle {\mathcal {L^{-1}}}\{\Omega \ F(s)+\Xi \ G(s)\}={\mathcal {L^{-1}}}{\{\Omega {\mathcal {L}}\{f(t)}\}+\Xi {\mathcal {L}}\{g(t)\}\}}
=
L
−
1
{
L
{
Ω
f
(
t
)
+
Ξ
g
(
t
)
}
}
{\displaystyle ={\mathcal {L^{-1}}}{\{{\mathcal {L}}\{\Omega f(t)}+\Xi g(t)\}\}}
=
Ω
f
(
t
)
+
Ξ
g
(
t
)
{\displaystyle =\Omega f(t)+\Xi g(t)}
Estas funções podem representar sinais "liga/desliga" - como a função pulso, onde uma determinada função pode surgir num determinado tempo e, logo após, voltar a ser nula e/ou ser alterada.
Função pulso com a<b
A função pulso é definida por:
f
p
(
t
)
=
{
0
,
t
<
a
1
,
a
<
t
<
b
0
,
t
>
b
{\displaystyle f_{p}(t)={\begin{cases}0,&t<a\\1,&a<t<b\\0,&t>b\end{cases}}}
Função degrau unitário
A função degrau unitário , ou função de Heaviside . é definida assim
u
(
t
−
a
)
=
{
0
,
t
≤
a
1
,
t
>
a
{\displaystyle u(t-a)={\begin{cases}0,\,t\leq a\\1,\,t>a\end{cases}}}
Consequentemente, o produto:
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
{\displaystyle u(t-a)f(t-a)}
é a função f(t) deslocada uma distância a no sentido positivo do eixo do tempo t , sendo nula para t < a . Sendo assim tem-se o seguinte;
Definição:
L
{
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
}
=
e
−
a
s
F
(
s
)
,
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{u(t-a)f(t-a)\right\}=e^{-as}F(s),}
a
∈
R
{\displaystyle a\in \mathbb {R} }
e a inversa:
L
−
1
{
e
−
a
s
F
(
s
)
}
=
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}^{-1}\{e^{-as}F(s)\}=u(t-a)f(t-a)}
Demonstração: Aplica-se diretamente a transformada de Laplace de
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
{\displaystyle u(t-a)f(t-a)}
e usa-se a propriedade aditiva de integrais
L
{
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
}
=
∫
0
∞
f
(
t
−
a
)
u
(
t
−
a
)
e
−
s
t
d
t
=
∫
0
a
f
(
t
−
a
)
u
(
t
−
a
)
e
−
s
t
d
t
+
∫
a
∞
f
(
t
−
a
)
u
(
t
−
a
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{u(t-a)f(t-a)\right\}=\int \limits _{0}^{\infty }f(t-a)u(t-a)e^{-st}dt=\int \limits _{0}^{a}f(t-a)u(t-a)e^{-st}dt+\int \limits _{a}^{\infty }f(t-a)u(t-a)e^{-st}dt}
usando o fato de que
u
(
t
−
a
)
=
{
0
,
0
≤
t
<
a
1
,
t
≥
a
{\displaystyle u(t-a)={\begin{cases}0,&{0\leq t<a}\\1,&{t\geq a}\end{cases}}}
, tem-se:
=
∫
a
∞
f
(
t
−
a
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle =\int \limits _{a}^{\infty }f(t-a)e^{-st}dt}
. Agora faz-se a mudança de variável
v
=
t
−
a
{\displaystyle v=t-a}
na integral e altera-se os limites de integração novamente:
=
∫
0
∞
f
(
v
)
e
−
s
(
v
+
a
)
d
v
=
e
−
a
s
∫
0
∞
f
(
v
)
e
−
s
v
d
v
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }f(v)e^{-s(v+a)}dv=e^{-as}\int \limits _{0}^{\infty }f(v)e^{-sv}dv}
, que é a definição de transformada de Laplace.
e concluímos que:
L
{
u
(
t
−
a
)
f
(
t
−
a
)
}
=
e
−
a
s
L
{
f
(
t
)
}
=
e
−
a
s
F
(
s
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{u(t-a)f(t-a)\right\}=e^{-as}{\mathcal {L}}\{f(t)\}=e^{-as}F(s)}
Isto é, quando a função é deslocada a unidades no sentido positivo do tempo t , a sua
representação no domínio das frequências fica multiplicada por
e
−
a
s
{\displaystyle e^{-as}}
.
Essa propriedade é útil para calcular transformadas de funções com descontinuidades.
Deslocamento na frequência
editar
Conhecida como deslocamento ou translação do eixo s, é possível conhecer a transformada de múltiplos exponenciais de uma função
f
{\displaystyle f}
desde que conheçamos a sua transformada, isto é:
L
{
e
a
t
f
(
t
)
}
=
F
(
s
−
a
)
,
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{e^{at}f(t)\right\}=F(s-a),}
a
∈
R
{\displaystyle a\in \mathbb {R} }
,
ou
L
−
1
{
F
(
s
−
a
)
}
=
e
a
t
f
(
t
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}^{-1}\{F(s-a)\}=e^{at}f(t)}
Demonstração : Faz-se a aplicação direta da definição de transformada de Laplace de
F
(
s
−
a
)
{\displaystyle F(s-a)}
:
F
(
s
−
a
)
=
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
(
s
−
a
)
t
d
t
{\displaystyle F(s-a)=\int \limits _{0}^{\infty }f(t)e^{-(s-a)t}dt}
=
∫
0
∞
f
(
t
)
e
a
t
e
−
s
t
d
t
=
L
{
e
a
t
f
(
t
)
}
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }f(t)e^{at}e^{-st}dt={\mathcal {L}}\{e^{at}f(t)\}}
Exemplo 1: Calculemos a transformada de Laplace de
f
(
t
)
=
e
a
t
t
{\displaystyle f(t)=e^{at}t}
:
Usando a definição de transformada calcula-se
L
{
t
}
=
1
s
2
=
F
(
s
)
.
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{t\right\}={1 \over s^{2}}=F(s).}
Aplicando a propriedade da translação tem-se
L
{
e
a
t
t
}
=
F
(
s
−
a
)
=
1
(
s
−
a
)
2
,
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{e^{at}t\right\}=F(s-a)={1 \over {(s-a)^{2}}},}
s
>
a
{\displaystyle s>a}
Exemplo 2 : Analogamente é possível calcular a transformada de Laplace de
s
e
n
h
(
2
t
)
c
o
s
(
t
)
{\displaystyle senh(2t)cos(t)}
:
Primeiro escreve-se Seno hiperbólico na sua forma exponencial
L
{
e
2
t
−
e
−
2
t
2
c
o
s
(
t
)
}
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{{e^{2t}-e^{-2t} \over {2}}cos(t)\right\}}
Assim, pela propriedade da Linearidade, pode-se colocar
1
2
{\displaystyle {1 \over 2}}
em evidência,tem-se
1
2
L
{
e
2
t
c
o
s
(
t
)
−
e
−
2
t
c
o
s
(
t
)
}
{\displaystyle {1 \over {2}}{\mathcal {L}}\left\{{e^{2t}cos(t)-e^{-2t}}cos(t)\right\}}
Então aplica-se a propriedade da translação do eixo s
1
2
L
{
e
2
t
c
o
s
(
t
)
−
e
−
2
t
c
o
s
(
t
)
}
=
1
2
(
s
−
2
(
s
−
2
)
2
+
1
−
s
+
2
(
s
+
2
)
2
+
1
)
{\displaystyle {1 \over {2}}{\mathcal {L}}\left\{{e^{2t}cos(t)-e^{-2t}}cos(t)\right\}={1 \over 2}{\biggl (}{s-2 \over (s-2)^{2}+1}-{s+2 \over (s+2)^{2}+1}{\biggr )}}
A convolução é uma operação que permite relacionar algumas funções com a transformada inversa do produto das suas transformações.
→
f
(
t
)
∗
g
(
t
)
=
d
e
f
∫
0
t
f
(
τ
)
g
(
t
−
τ
)
d
τ
→
L
{
f
(
t
)
g
(
t
)
}
=
L
{
f
(
t
)
}
∗
L
{
g
(
t
)
}
→
L
{
f
(
t
)
∗
g
(
t
)
}
=
F
(
s
)
G
(
s
)
{\displaystyle {\begin{aligned}&\rightarrow \ \ f(t)*g(t)\ {\overset {\underset {\mathrm {def} }{}}{=}}\int _{0}^{t}f(\tau )g(t-\tau )\operatorname {d} \!\tau \\&\rightarrow \ \ {\mathcal {L}}\{f(t)\ g(t)\}={\mathcal {L}}\{f(t)\}*{\mathcal {L}}\{g(t)\}\\&\rightarrow \ \ {\mathcal {L}}\{f(t)*g(t)\}=F(s)\ G(s)\end{aligned}}}
Demostração: Partimos da definição das transformadas:
F
(
s
)
=
L
{
f
(
t
)
}
=
∫
0
∞
e
−
s
t
f
(
t
)
d
t
{\displaystyle F(s)={\mathcal {L}}\{f(t)\}=\int _{0}^{\infty }e^{-st}f(t)\,dt}
e
G
(
s
)
=
L
{
g
(
τ
)
}
=
∫
0
∞
g
(
τ
)
e
−
s
τ
d
τ
{\displaystyle G(s)={\mathcal {L}}\{g(\tau )\}=\int _{0}^{\infty }g(\tau )e^{-s\tau }\,d\tau }
Logo,
F
(
s
)
G
(
s
)
=
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
∫
0
∞
g
(
τ
)
e
−
s
τ
d
t
{\displaystyle F(s)G(s)=\int \limits _{0}^{\infty }f(t)e^{-st}\int \limits _{0}^{\infty }g(\tau )e^{-s\tau }dt}
=
∫
0
∞
f
(
t
)
∫
0
∞
g
(
τ
)
e
−
s
(
t
+
τ
)
d
τ
d
t
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }f(t)\int \limits _{0}^{\infty }g(\tau )e^{-s(t+\tau )}d\tau dt}
Mantemos
t
{\displaystyle t}
fixo e fazemos a mudança de variável
v
=
t
+
τ
{\displaystyle v=t+\tau }
para obter:
F
(
s
)
G
(
s
)
=
∫
0
∞
f
(
t
)
∫
t
∞
g
(
v
−
t
)
e
−
s
v
d
v
d
t
{\displaystyle F(s)G(s)=\int \limits _{0}^{\infty }f(t)\int \limits _{t}^{\infty }g(v-t)e^{-sv}dvdt}
Mudamos a ordem de integração na região que é a metade inferior do primeiro quadrante: em vez de variar
v
{\displaystyle v}
em
[
t
,
∞
]
{\displaystyle {[t,\infty ]}}
depois
t
{\displaystyle t}
em
[
0
,
∞
]
{\displaystyle {[0,\infty ]}}
primeiro vamos variar
t
{\displaystyle t}
em
[
0
,
v
]
{\displaystyle {[0,v]}}
, depois
v
{\displaystyle v}
em
[
0
,
∞
]
{\displaystyle {[0,\infty ]}}
, ou seja
F
(
s
)
G
(
s
)
=
∫
0
∞
∫
0
v
f
(
t
)
g
(
v
−
t
)
e
−
s
v
d
t
d
v
{\displaystyle F(s)G(s)=\int \limits _{0}^{\infty }\int \limits _{0}^{v}f(t)g(v-t)e^{-sv}dtdv}
=
∫
0
∞
(
∫
0
v
f
(
t
)
g
(
v
−
t
)
d
t
)
e
−
s
v
d
v
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }{\biggl (}\int \limits _{0}^{v}f(t)g(v-t)dt{\biggr )}e^{-sv}dv}
=
∫
0
∞
(
f
∗
g
)
e
−
s
v
d
v
{\displaystyle =\int \limits _{0}^{\infty }(f*g)e^{-sv}dv}
=
L
{
f
∗
g
}
{\displaystyle ={\mathcal {L}}\{f*g\}}
Se f(t) é uma função contínua por partes, de ordem exponencial e periódica de período T. Então a transformada de Laplace existe e é da forma
L
{
f
}
=
1
1
−
e
−
T
s
∫
0
T
e
−
s
t
f
(
t
)
d
t
{\displaystyle {\mathcal {L}}\{f\}={1 \over 1-e^{-Ts}}\int _{0}^{T}e^{-st}f(t)\,dt}
Demonstração: Aplicando a definição e separando a integral nos períodos da função f(t) para obter:
L
{
f
(
t
)
}
=
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {\mathcal {L}}\{f(t)\}=\int _{0}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}
=
∫
0
T
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
∫
T
2
T
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
∫
2
T
3
T
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
.
.
.
{\displaystyle =\int _{0}^{T}f(t)e^{-st}dt+\int _{T}^{2T}f(t)e^{-st}dt+\int _{2T}^{3T}f(t)e^{-st}dt+...}
=
∑
n
=
0
∞
∫
n
T
(
n
+
1
)
T
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
.
{\displaystyle =\sum _{n=0}^{\infty }\int _{nT}^{(n+1)T}f(t)e^{-st}dt.}
Fazendo a mudança de variável
τ
=
t
−
n
T
{\displaystyle \tau =t-nT}
e obtêm-se
L
{
f
(
t
)
}
=
∑
n
=
0
∞
∫
0
T
f
(
τ
+
n
T
)
e
−
s
(
τ
+
n
T
)
d
τ
{\displaystyle {\mathcal {L}}{\{f(t)\}}=\sum _{n=0}^{\infty }\int _{0}^{T}f(\tau +nT)e^{-s(\tau +nT)}d\tau }
=
∑
n
=
0
∞
e
−
s
n
T
∫
0
T
f
(
τ
+
n
T
)
e
−
s
τ
d
τ
{\displaystyle =\sum _{n=0}^{\infty }e^{-snT}\int _{0}^{T}f(\tau +nT)e^{-s\tau }d\tau }
Usando o fato que a função é periódica, ou seja,
f
(
τ
+
n
T
)
≡
f
(
τ
)
{\displaystyle f(\tau +nT)\equiv f(\tau )}
, se tem:
L
{
f
(
t
)
}
=
∑
n
=
0
∞
e
−
s
n
T
∫
0
T
f
(
τ
)
e
−
s
τ
d
τ
{\displaystyle {\mathcal {L}}{\{f(t)\}}=\sum _{n=0}^{\infty }e^{-snT}\int _{0}^{T}f(\tau )e^{-s\tau }d\tau }
=
(
∑
n
=
0
∞
(
e
−
s
T
)
n
)
∫
0
T
f
(
τ
)
e
−
s
T
d
τ
{\displaystyle ={\Bigl (}\sum _{n=0}^{\infty }(e^{-sT})^{n}{\Bigr )}\int _{0}^{T}f(\tau )\ e^{-sT}d\tau }
=
∫
0
T
f
(
τ
)
e
−
s
T
d
τ
[
1
1
−
e
−
s
T
]
{\displaystyle =\int _{0}^{T}f(\tau )e^{-sT}d\tau \left[{\frac {1}{1-e^{-sT}}}\right]}
=
1
1
−
e
−
s
T
∫
0
T
f
(
τ
)
e
−
s
T
d
τ
,
{\displaystyle ={\frac {1}{1-e^{-sT}}}\int _{0}^{T}f(\tau )e^{-sT}d\tau ,}
onde usa-se a soma de uma série geométrica de razão
e
−
s
T
{\displaystyle e^{-sT}}
.
As funções periódicas aparecem com frequência representando forças externas em sistemas mecânicos e elétricos.
L
{
t
f
(
t
)
}
=
−
d
d
s
F
(
s
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{tf(t)\right\}=-{\operatorname {d} \! \over \operatorname {d} \!s}F(s)}
Dada uma função
f
(
t
)
{\displaystyle {f(t)}}
, podemos escrever que
L
{
f
(
t
)
}
=
F
(
s
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{f(t)\right\}=F(s)}
, e temos então:
d
d
s
F
(
s
)
=
d
d
s
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {{\frac {d}{ds}}F(s)={\frac {d}{ds}}\int _{0}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}}
E pelo Teorema Fundamental do Cálculo :
d
d
s
F
(
s
)
=
∫
0
∞
f
(
t
)
d
d
s
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {{\frac {d}{ds}}F(s)=\int _{0}^{\infty }f(t){\frac {d}{ds}}e^{-st}dt}}
d
d
s
F
(
s
)
=
∫
0
∞
f
(
t
)
(
−
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {{\frac {d}{ds}}F(s)=\int _{0}^{\infty }f(t)(-t)e^{-st}dt}}
d
d
s
F
(
s
)
=
−
∫
0
∞
t
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle {{\frac {d}{ds}}F(s)=-\int _{0}^{\infty }tf(t)e^{-st}dt}}
d
d
s
F
(
s
)
=
−
L
{
t
f
(
t
)
}
{\displaystyle {{\frac {d}{ds}}F(s)=-{\mathcal {L}}\left\{tf(t)\right\}}}
[ 4]
Se
F
(
s
)
{\displaystyle F(s)}
é a transformação de Laplace de
f
(
t
)
{\displaystyle f(t)}
e
lim
t
→
0
∫
t
1
f
(
τ
)
τ
d
τ
{\displaystyle \lim _{t\to 0}\int \limits _{t}^{1}{\frac {f(\tau )}{\tau }}d\tau }
existe então :
L
{
f
(
t
)
t
}
=
∫
s
∞
F
(
v
)
d
v
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{{\frac {f(t)}{t}}\right\}=\int _{s}^{\infty }F(v)\operatorname {d} \!v}
Demonstração:
∫
s
∞
F
(
v
)
d
v
=
∫
s
∞
(
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
v
t
d
t
)
d
v
{\displaystyle {\mathcal {\int }}_{s}^{\infty }F(v)\operatorname {d} v=\int _{s}^{\infty }{\bigg (}\int _{0}^{\infty }f(t)e^{-vt}\operatorname {d} t{\bigg )}\ \operatorname {d} v}
=
∫
0
∞
f
(
t
)
(
∫
s
∞
e
−
v
t
d
v
)
d
t
=
∫
0
∞
f
(
t
)
[
e
−
v
t
−
t
]
|
s
∞
d
t
{\displaystyle =\int _{0}^{\infty }f(t){\bigg (}\int _{s}^{\infty }e^{-vt}\operatorname {d} v{\bigg )}\operatorname {d} t=\int _{0}^{\infty }f(t){\bigg [}{\frac {e^{-vt}}{-t}}{\bigg ]}{\Biggr |}_{s}^{\infty }\operatorname {d} t}
=
∫
0
∞
f
(
t
)
[
e
−
∞
t
−
e
−
s
t
−
t
]
d
t
=
∫
0
∞
f
(
t
)
t
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle =\int _{0}^{\infty }f(t){\bigg [}{\frac {e^{-\infty t}-e^{-st}}{-t}}{\bigg ]}\operatorname {d} t=\int _{0}^{\infty }{\frac {f(t)}{t}}e^{-st}\operatorname {d} t}
=
L
{
f
(
t
)
t
}
{\displaystyle ={\mathcal {L}}\left\{{\frac {f(t)}{t}}\right\}}
L
{
f
(
a
t
)
}
=
1
a
F
(
s
a
)
{\displaystyle {\mathcal {L}}\left\{f(at)\right\}={1 \over a}\;F\left({s \over a}\right)}
Se F(s) é a transformada de Laplace de uma função f(t) de ordem exponencial c e
lim
t
→
0
+
f
(
t
)
=
L
{\displaystyle \lim _{t\to 0+}f(t)=L}
,
então
lim
s
→
∞
s
F
(
s
)
=
L
{\displaystyle \lim _{s\to \infty }sF(s)=L}
.
Demonstração : Usando a definição da Transformada podemos escrever
s
F
(
s
)
=
s
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle sF(s)=s\int _{0}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}
=
s
∫
0
a
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
s
∫
a
b
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
s
∫
b
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle =s\int _{0}^{a}f(t)e^{-st}dt+s\int _{a}^{b}f(t)e^{-st}dt+s\int _{b}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}
Dessa forma podemos observar que a segunda integral tende a zero quando
s
⟶
∞
{\displaystyle s\longrightarrow \infty }
independente do valor de a e b, pois o fato da função ser de ordem exponencial e contínua por partes implica f(t) limitada em [a,b], ou seja,
|
f
(
t
)
|
<
M
{\displaystyle |f(t)|<M}
e, portanto,
∣
s
∫
a
b
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
∣≤
s
∫
a
b
∣
f
(
t
)
∣
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle \mid s\int _{a}^{b}f(t)e^{-st}dt\mid \leq s\int _{a}^{b}\mid f(t)\mid e^{-st}dt}
≤
M
s
∫
a
b
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle \leq Ms\int _{a}^{b}e^{-st}dt}
≤
M
s
1
−
s
[
e
−
s
t
]
a
b
{\displaystyle \leq Ms{\frac {1}{-s}}\left[e^{-st}\right]_{a}^{b}}
=
M
(
e
−
s
a
−
e
−
s
b
)
.
{\displaystyle =M(e^{-sa}-e^{-sb}).}
A última integral também tende a zero se b for suficientemente grande, pois existem c e M > 0 tal que
∣
f
(
t
)
<
M
e
c
t
{\displaystyle \mid f(t)<Me^{ct}}
para t>b e, portanto,
∣
s
∫
b
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
∣≤
s
∫
b
∞
∣
f
(
t
)
∣
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle \mid s\int _{b}^{\infty }f(t)e^{-st}dt\mid \leq s\int _{b}^{\infty }\mid f(t)\mid e^{-st}dt}
≤
s
∫
b
∞
∣
f
(
t
)
∣
e
−
(
s
−
c
)
t
d
t
{\displaystyle \leq s\int _{b}^{\infty }\mid f(t)\mid e^{-(s-c)t}dt}
≤
M
s
1
c
−
s
[
e
−
(
s
−
c
)
t
]
b
∞
{\displaystyle \leq Ms{\frac {1}{c-s}}\left[e^{-(s-c)t}\right]_{b}^{\infty }}
=
M
s
s
−
c
(
e
−
(
s
−
c
)
b
)
.
{\displaystyle ={\frac {Ms}{s-c}}(e^{-(s-c)b}).}
E por fim, para a suficientemente pequeno, f(t) se aproxima de L, pois
lim
t
→
0
f
(
t
)
=
L
{\displaystyle \lim _{t\to 0}f(t)=L}
, ou seja,
s
∫
0
a
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
≈
s
∫
b
∞
L
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle s\int _{0}^{a}f(t)e^{-st}dt\approx s\int _{b}^{\infty }Le^{-st}dt}
≈
s
l
s
[
e
−
s
t
]
0
a
{\displaystyle \approx s{\frac {l}{s}}\left[e^{-st}\right]_{0}^{a}}
=
L
(
1
−
e
−
a
s
)
{\displaystyle =L(1-e^{-as})}
Como
e
−
a
s
→
0
{\displaystyle e^{-as}\rightarrow 0}
quando
s
→
∞
{\displaystyle s\rightarrow \infty }
, então
lim
s
→
∞
s
F
(
s
)
=
L
{\displaystyle \lim _{s\to \infty }sF(s)=L}
Se
F
(
s
)
{\displaystyle F(s)}
é a transformada de Laplace de
f
(
t
)
{\displaystyle f(t)}
e
lim
t
→
∞
f
(
t
)
=
L
{\displaystyle \lim _{t\to \infty }f(t)=L}
então,
lim
s
→
0
+
s
F
(
s
)
=
L
{\displaystyle \lim _{s\to 0^{+}}sF(s)=L}
Usamos a Definição de transformada de Laplace para escrever
s
F
(
s
)
=
s
∫
0
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle sF(s)=s\int _{0}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}
=
s
∫
0
a
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
+
s
∫
a
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle =s\int _{0}^{a}f(t)e^{-st}dt+s\int _{a}^{\infty }f(t)e^{-st}dt}
Observe que a primeira parcela do lado direito tende a zero independentemente do valor de
a
{\displaystyle a}
.Porém, para
a
{\displaystyle a}
suficientemente grande,
f
(
t
)
{\displaystyle f(t)}
se aproxima de
L
{\displaystyle L}
, pois
lim
t
→
∞
f
(
t
)
=
L
{\displaystyle \lim _{t\to \infty }f(t)=L}
, ou seja,
s
∫
a
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
≈
s
∫
a
∞
L
e
−
s
t
d
t
{\displaystyle s\int _{a}^{\infty }f(t)e^{-st}dt\thickapprox s\int _{a}^{\infty }Le^{-st}dt}
e,
s
∫
a
∞
f
(
t
)
e
−
s
t
d
t
≈
s
L
−
s
[
e
−
s
t
]
a
∞
=
L
e
−
a
s
{\displaystyle s\int _{a}^{\infty }f(t)e^{-st}dt\thickapprox s{\frac {L}{-s}}\left[e^{-st}\right]_{a}^{\infty }=Le^{-as}}
Como
e
−
a
s
→
1
{\displaystyle e^{-as}\rightarrow 1}
quando
s
→
0
{\displaystyle s\rightarrow 0}
, então
lim
s
→
0
+
s
F
(
s
)
=
L
{\displaystyle \lim _{s\to 0^{+}}sF(s)=L}
Referências