O lobo-andino (Dasycyon hagenbecki) é um suposto canino sul-americano sugerido habitar a localidade da Cordilheira dos Andes, tendo como base e evidência única uma pele melanística de um espécime canino de classificação incerta obtido.[3] Vários testes genéticos se seguiram, os quais não foram capazes de concluir a espécie pertencente. E portanto, atualmente não é considerado um animal válido.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaLobo-andino
Representação artística de lobo-andino
Representação artística de lobo-andino
Estado de conservação
Espécie deficiente de dados
Dados deficientes (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animal
Filo: Cordados
Classe: Mamíferos
Ordem: Carnívoros
Família: Canídeos
Subfamília: Caninae
Subtribo: Cerdocyonina
Género: Dasycyon
Ingo Krumbiegel, 1949
Espécie: D. hagenbecki
Nome binomial
Dasycyon hagenbecki[1]
(Ingo Krumbiegel, 1949)

História editar

m 1927, Lorenz Hagenbeck comprou uma das três peles de um negociante em Buenos Aires que alegou que elas tinham vindo de um canídeo selvagem que habitava os Andes[4]. A pele acabou em Munique, onde o mamologista alemão Ingo Krumbiegel a examinou em 1940. Krumbiegel publicou dois artigos descrevendo o animal e dando-lhe o nome científico de ''Dasycyon hagenbecki''. O zoólogo americano Howard J. Stains apoiou o novo gênero Dasycyon de Krumbeigel[5].[6][7][8]Outros especialistas na área suporam tratar-se de um cão doméstico.

Em 1954, Fritz Dieterlen publicou resultados comparando amostras de pêlos retirados da pele de Munique com pêlos de vários canídeos. Ele descobriu que havia semelhanças significativas entre o pêlo de Munique e o pêlo do pastor-alemão[9].

Crânio editar

No ano de 1935, Krumbiegel teria estudado um crânio supostamente semelhante ao de um lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), mas maior e supostamente obtido fora da área de distribuição do lobo-guará. Isso lhe deu toda a confiança em sua descrição da pele de Munique como um novo gênero.[10] O paradeiro do crânio, no entanto, é desconhecido.

Status atual editar

[10]Em 2000, foi tentada pela primeira vez a análise do DNA da pele, mas descobriu-se que as amostras estavam contaminadas com DNA humano, de cão, porco e lobo. De tal forma, o lobo-andino segue uma controvérsia científica.

Ver também editar

  • Raposa-colorada (Lycalopex culpaeus), é um canídeo sul-americano que também é vulgarmente referido como "lobo-andino".
  • Lobo-guará, potencial parente mais próximo.

Referências

  1. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome Wozencraft
  2. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome iucn
  3. Busch, Robert (August 1, 2007). Wolf Almanac, New and Revised: A Celebration Of Wolves And Their World. [S.l.]: Rowman & Littlefield. p. 13. ISBN 978-1461749714  Verifique data em: |data= (ajuda)
  4. Heuvelmans, Bernard (1995). On the track of unknown animals. London New York: Routledge. p. 31-32. ISBN 978-1-317-84811-0. OCLC 958102058 
  5. Krumbiegel, I. von. 1949. Der Andenwolf-ein neuentdecktes Grosstier. Unschau Wiss. Tech., vol. 19, pp. 590-591.
  6. Stains, Howard J. 1967. Carnivores and pinnipeds. In S. Anderson and J. K. Jones (eds.), Recent mammals of the world, a synopsis of families. New York, The Ronald Press Co., pp. 325-354.
  7. Stains, Howard J. 1975. Distribution and taxonomy of the Canidae. In M. W. Fox (ed.), The wild canids, their systematics, behavioral ecology and evolution. New York, Van Nostrand Reinhold Co., pp. 3-26
  8. Van Gelder, Richard G. (April 21, 1978). «A Review of Canid Classification» (PDF). The American Museum of Natural History. American Museum Novitates (2646): 2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  9. Shuker, Karl (2002). The new zoo : new and rediscovered animals of the twentieth century. Thirsk: House of Stratus. p. 54. ISBN 978-1-84232-561-2. OCLC 59531459 
  10. a b Eberhart, George (2002). Mysterious creatures : a guide to cryptozoology. Santa Barbara, Calif: ABC-CLIO. p. 17-18. ISBN 978-1-57607-283-7. OCLC 50562074