Lodin Lepp

diplomata norueguês

Loðinn leppur (em norueguês: Loden Lepp m. 1288) foi um membro do hird real e diplomata da coroa da Noruega.[1] Em 1280 acompanhou a Jón Einarsson a Islândia para apresentar o novo códice de leis Jónsbók que Magnus VI da Noruega tinha solicitado, mas como o monarca tinha morrido nesse mesmo ano esteve representando os interesses de seu filho Eirík.[2][3] Os islandeses tiveram a oportunidade de estudar as novas leis mas expressaram muitos reparos pela dureza dos castigos e sobretudo o absolutismo que mostrava a figura real. Naquele tempo a autoridade da igreja e do bispo Árni Þorláksson era muito débil e os líderes islandeses decidiram não aprovar o códice no Althing em 1281 até que fosse modificado. Loden Lepp reagiu com virulência, expressando uma postura afim aos desejos da coroa, manifestando que o Althing não tinha jurisdição sobre a vontade do rei e exigindo a aprovação da Jónsbók em sua totalidade mas lhes concedia, não obstante, a oportunidade de contribuir com suas opiniões e solicitando mudanças previamente. O bispo Árni e os nobres islandeses negaram-se e manifestaram que não podiam aceitar esse tipo de trato «sem perder a liberdade do país [Islândia]».[4]

Lodin Lepp
Nascimento século XIII
Cidadania Noruega
Ocupação diplomata

Posteriormente Loden Lepp mudou a tática tentando romper a solidariedade da comunidade islandesa, criticando entre outras coisas o dízimo com que contribuíam os bóndi e acusando à igreja de usura, com o consequente protesto do bispado. Ao final chegou-se a um compromisso a exceção de alguns capítulos que se requeria a intervenção do rei e do arcebispo de Nidaros para sua modificação.[5] Não se sabe na verdade quantas tentativas de mudança teve, mas se conhecem compensações outorgadas aos islandeses em décadas posteriores.

Loden Lepp foi um importante diplomata e viajou por toda Europa representando à corte de Haakon IV e seu filho Magnus VI. Acompanhou Cristina da Noruega à Castela depois de marcar com seu pai Haakon o casamento com o infante Felipe de Castela em 1258 para, posteriormente, ser enviado real na Tunísia e Egito, sendo um embaixador muito popular.[6]

Na Islândia já estava doente e morreu poucos anos depois, em 1288. Atualmente, com frequência recorre-se a sua figura quando se fala de estrangeiros que interferem nos problemas locais de Islândia de forma prepotente ou quando se tenta lhes obrigar a aceitar algo desfavorável.

Referências

  1. Randi Bj W. Rdahl (2011), The Incorporation and Integration of the King's Tributary Lands Into the Norwegian Realm C. 1195-1397, BRILL, ISBN 9004206132 p. 126-27, 131, 134, 178, 181, 184-87, 195-96, 215-16.
  2. Örnólfur Thorsson (1988), Sturlunga saga. Árna saga biskups. Hrafns saga Sveinbjarnarsonar hin sérstaka, ed. Svart á Hvitu, Vol. 2, p. 808, 871-2.
  3. Helle, Knut (1964), Norge blir en stat – 1130-1319, Universitetsforlaget, pp. 158-59.
  4. Barði Guðmundsson, Skúli Þórðarson, Stefán Pjetursson (1958), Höfundur Njálu, ed. Bókaútgáfa Menningarsjóðs, pp. 271-3.
  5. Maryna Ivchenko (2011), Alþingi og stjórnkerfi þjóðveldisaldar, p. 27. (en islandés)
  6. Helle, Knut (1964), Norge blir en stat – 1130-1319, Universitetsforlaget, p. 105.

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