Tunísia

país do norte da África

A Tunísia (em árabe: تونس; romaniz.: Tūnis, pronunciado: [ˈtuːnɪs]; em francês: Tunisie, pronunciado: [tynizi]; em berbere: ⵜⵓⵏⴻⵙ; romaniz.: Tunest), oficialmente República Tunisina (em árabe: الجمهورية التونسية; romaniz.: al-Jumhūriyyah at-Tūnisiyyah; em francês: nome; em berbere: ⵜⴰⴳⴷⵓⴷⴰ ⵏ ⵜⵓⵏⴻⵙ), é um país da África do Norte que pertence à região do Magrebe. É limitada ao norte e o leste pelo mar Mediterrâneo, através do qual faz fronteira com a Itália, ficando especialmente próxima da ilha de Pantelária e das ilhas Pelágias. Possui fronteira ocidental com a Argélia (965 km) e a leste e sul com a Líbia (459 km). A sua capital e maior cidade é Túnis, que está situada no nordeste do país.

República Tunisina
الجمهورية التونسية
al-Jumhūriyyah at-Tūnisiyyah
Lema: Ordem, Liberdade, Justiça
Hino: "Humat al-Hima"
"Defensores da Pátria"
Localização de Tunísia
Localização de Tunísia

Localização da Tunísia
Capital Tunes
36°84'N 10°22'E
Cidade mais populosa Tunes
Língua oficial árabe[1]
Religião oficial Islão
Gentílico tunisino; tunisiano
Governo República semipresidencialista unitária
 • Presidente Kaïs Saïed
 • Primeiro-ministro Kamel Madouri
Independência da França
 • Data 20 de março de 1956
Área
 • Total 163 610 km² (90.º)
 • Água (%) 5
 Fronteira Argélia e Líbia
População
 • Estimativa para 2016 11 432 289 [2] hab. (78.º)
 • Censo 2014 10 982 574 [3] hab. 
 • Densidade 63 hab./km² (133.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 115,373 bilhões * [4]
 • Per capita US$ 10 706[4]
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 45,239 bilhões * [4]
 • Per capita US$ 4 197[4]
IDH (2021) 0,731 (97.º) – alto[5]
Moeda dinar tunisiano (TND)
Fuso horário CET (UTC+1)
Cód. ISO TUN
Cód. Internet .tn
Cód. telef. +216
Website governamental www.ministeres.tn

Quase 40% da superfície do território é ocupada pelo deserto do Saara. O restante é constituído de terras férteis, que foram berço da civilização cartaginesa, a qual atingiu o seu apogeu no século III a.C., antes de sucumbir ao Império Romano.

Muito tempo foi chamada Regência de Tunes, um beilhique (estado satélite) do Império Otomano. A Tunísia passou a ser um protetorado francês em 1881 e adquiriu a independência em 20 de Março de 1956. O país toma a denominação oficial de Reino da Tunísia com o final do mandato de Lamine Bei, que, no entanto, jamais usou o título de rei, tendo sido proclamada uma república em 25 de Julho de 1957. Integrada nas principais comunidades internacionais, a Tunísia faz igualmente parte da Liga Árabe, da União Africana e da Comunidade dos Estados do Sahel-Sahara, entre outras.

Juntamente com Seychelles, Mauricia, Argélia, Botsuana, Líbia e Gabão, o país é um dos mais desenvolvidos da África, com um IDH considerado alto e sua renda per capita é uma das maiores do continente, que é relativamente alta comparada a outros países africanos.[6]

Etimologia

editar

A palavra Tunísia é derivada de Túnis, capital da Tunísia moderna. A forma atual do nome, com seu sufixo -ia, evoluiu do francês Tunisie.[7]

Exitem várias possíveis origens do nome Túnis. É geralmente associado com à raiz berbere ⵜⵏⵙ, transcrita como tns, o que significa "deitar-se" ou "acampamento".[8] Por vezes, é também associada à deusa púnica Tanit,[7][9] a antiga cidade de Tynes.[10]

História

editar
 Ver artigo principal: História da Tunísia

Pré-história e antiguidade

editar
 Ver artigo principal: Cultura capsiana

Métodos agrícolas atingiram o Vale do Nilo, na região do Crescente Fértil, cerca de 5 000 a.C. e se espalharam para o Magrebe em cerca de 4 000 a.C.. As primeiras comunidades agrícolas nas planícies costeiras úmidas da Tunísia central são ancestrais das tribos berberes de hoje.[11]

Acreditava-se que nos tempos antigos a África era originalmente povoada por getulos e líbios, ambos povos nômades. De acordo com o historiador romano Salústio, o semideus Hércules morreu na Espanha e seu exército oriental poliglota foi deixado para ocupar a terra a região, com alguma migração para a África. Os persas foram para o Ocidente, misturaram-se com os getulos e se tornaram os númidas. Os númidas e os mouros pertenciam à etnia a partir da qual os berberes são descendentes. O significado traduzido de "númida" é nômade" e, de fato, as pessoas esses povos eram seminômades.[12][13][14][15][16]

No início da história registrada, a Tunísia era habitada por tribos berberes. Sua costa foi colonizada por fenícios começando tão cedo quanto já no século XII a.C. A cidade de Cartago foi fundada no século IX a.C. por colonos fenícios e cipriotas. A lenda diz que Dido de Tiro, no atual Líbano, fundou a cidade em 814 a.C., como recontado pelo escritor grego Timeu de Tauromênio. Os colonos de Cartago inspiraram sua cultura e religião nos fenícios.[17]

Após uma série de guerras com cidades-Estados gregas (pólis) localizadas na Sicília no século V a.C., Cartago subiu ao poder e, eventualmente, tornou-se a civilização dominante no Mediterrâneo Ocidental. A população de Cartago adorava um panteão de deuses do Oriente Médio que incluía Baal e Tanite. O símbolo de Tanite, uma figura feminina simples com os braços estendidos e de vestido longo, é um ícone popular encontrado em locais antigos. Os fundadores de Cartago também estabeleceram um tofete, que foi alterado no tempo dos romanos.

A invasão cartaginesa da península Itálica conduzida por Aníbal durante a Segunda Guerra Púnica, um de uma série de guerras com a Roma Antiga, quase impossibilitou o surgimento do poder romano. Depois da conclusão do conflito, em 202 a.C., Cartago passou a funcionar como um Estado fantoche da República Romana por mais 50 anos. Depois da batalha de Cartago, em 149 a.C., a cidade foi conquistada por Roma. Depois da conquista romana, a região tornou-se um dos principais celeiros dos romanos e foi totalmente latinizado.

Durante o período romano a área da Tunísia atual teve um enorme desenvolvimento. A economia, principalmente durante o Império Romano, prosperou por conta da agricultura. Chamada de "celeiro do Império", a área da Tunísia e da Tripolitânia, de acordo com uma estimativa, produzia um milhão de toneladas de cereais por ano, um quarto do que era exportado pelo Império. Cultivos adicionais incluíam feijão, figos, uvas e outras frutas.

Domínio árabe e otomano

editar

Em algum momento entre a segunda metade do século VII e início do VIII, houve conquista muçulmana do Magrebe por árabes. Eles fundaram a primeira cidade islâmica no norte da África, Cairuão. Foi lá, em 670 que a Mesquita de Uqueba, ou a Grande Mesquita de Cairuão, foi construída;[18] esta mesquita é o santuário mais antigo e prestigiado no Ocidente muçulmano e mantém o mais antigo minarete do mundo;[19] também é considerado uma obra-prima da arte e arquitetura islâmica.[20]

Os governadores árabes de Tunis fundou a dinastia Aglábida, que governou a Tunísia, a Tripolitânia e o leste da Argélia do ano 800 a 909. A Tunísia floresceu sob o domínio árabe quando sistemas extensivos foram construídos para abastecer as cidades com água para uso doméstico e irrigação, o que promoveu a agricultura, principalmente a produção de azeitona.[21][22] Esta prosperidade permitia uma vida de luxo para a corte e foi marcada pela construção de novas cidades-palácio, como al-Abassiya (809) e Raqadda (877).[21]

Depois de conquistar o Cairo, os fatímidas abandonaram a Tunísia e partes do leste da Argélia aos zíridas locais (972–1148).[23] A Tunísia zírida floresceu em muitas áreas como agricultura, comércio e ensino religiosos e secular.[24] No entanto, a gestão dos líderes zíridas posteriores foi negligente, o que levou à instabilidade política.[21][25][26]

A invasão da Tunísia pela Banu Hilal, uma confederação de tribos de guerreiros árabes beduínos que eram encorajados pelos fatímidas do Egito para tomar o Norte de África, fez com que a vida urbana e econômica da região entrasse em um declínio adicional.[23] O historiador árabe ibne Caldune escreveu que as terras devastadas pela invasores da Banu Hilal haviam se tornado completamente áridas.[25][27]

O litoral foi brevemente mantido pelos normandos da Sicília no século XII, mas após a conquista da Tunísia em 1159–1160 pelos almóadas, os últimos cristãos na Tunísia desapareceram, seja através da conversão ou da emigração forçada. Os almóadas governaram inicialmente sobre a Tunísia através de um governador, geralmente um parente próximo do califa. Apesar do prestígio dos novos senhores, o país ainda era indisciplinado, com tumultos e combates contínuos entre os habitantes da cidade e árabes e turcos.

A maior ameaça ao governo almóada na Tunísia era a dinastia Banu Gania, descendente dos almorávidas, que a partir de sua base em Maiorca tentou restaurar o domínio almorávida sobre o Magrebe. Por volta de 1200, eles conseguiram estender seu domínio sobre toda a Tunísia, até serem esmagados pelas tropas almóadas em 1207. Após este sucesso, os almóadas instalaram Ualide Abu Hafes como o governador da Tunísia, que permaneceu como parte do Califado Almóada até 1230, quando o filho de Abu Hafes declarou-se independente. Durante o Reino Haféssida, relações comerciais frutíferas foram estabelecidas com vários países mediterrânicos cristãos.[28] No final do século XVI a costa tunisiana tornou-se um reduto de piratas (veja: Berbéria).

Nos últimos anos dos haféssidas, a Espanha tomou muitas das cidades litorâneas, mas estas foram recuperadas pelo Império Otomano. A primeira conquista otomana de Túnis aconteceu em 1534, sob o comando de Barba Ruiva, o irmão mais novo de Uluje Ali, que foi o capitão paxá da Frota Otomana durante o reinado de Solimão, o Magnífico. No entanto, foi apenas na reconquista otomana final de Túnis da Espanha em 1574, sob o comando de Uluje Ali, que os otomanos anexaram permanentemente a antiga Ifríquia haféssida, mantendo-a até à conquista francesa da região em 1881. Foi sob o domínio otomano que se estabeleceu a Constituição Tunisiana de 1861, primeira constituição escrita do país.

Inicialmente sob domínio turco a partir de Argel, a Sublime Porta nomeou diretamente um paxá para governar Túnis que era apoiado por forças janízaras. Em pouco tempo, no entanto, a Tunísia tornou-se de fato uma província autônoma, sob o comando do bei local, o que deixou a região com uma independência virtual. Os husseinitas, dinastia criada em 1705, durou até 1957.[29]

Domínio francês

editar
 
Bairro Bab Souika em Túnis em 1899

Em 1869, a Tunísia declarou-se falida e uma comissão financeira internacional assumiu o controle de sua economia. Em 1881, usando o pretexto de uma incursão para a Argélia, os franceses invadiram o país com um exército de cerca de 36 000 homens e forçou o bei a concordar com os termos do Tratado de Bardo, em 1881.[30] Com este tratado, a Tunísia tornou-se oficialmente um protetorado francês, apesar das objeções da Itália. Sob colonização francesa, assentamentos europeus no país foram ativamente incentivados; o número de colonos franceses cresceu de 34 000 em 1906 para 144 000 em 1945. Em 1910, havia 105 000 italianos vivendo na Tunísia.[31]

Em 1942–1943, durante a Segunda Guerra Mundial, o país foi o palco da Campanha da Tunísia, uma série de batalhas entre as forças do Eixo e dos Aliados. A batalha começou com o sucesso inicial das forças alemãs e italianas, mas a superioridade numérica dos Aliados levou à rendição do Eixo em 13 de maio de 1943.[32][33]

Independência

editar
 
Habib Bourguiba, o primeiro presidente da Tunísia ao lado da bandeira nacional

A Tunísia conquistou a independência da França em 1956, liderada por Habib Bourguiba, que mais tarde tornou-se o primeiro presidente da Tunísia.[34] A secular Assembleia Constitucional Democrática (RCD), anteriormente conhecida como Neo Destour, controlou o país através de um dos regimes mais repressivos do mundo árabe, de sua independência em 1956 até a revolução da Tunísia em 2011.[35]

Em novembro de 1987, os médicos declararam Bourguiba incapaz de governar e, em um golpe de Estado sem derramamento de sangue, o primeiro-ministro Zine El Abidine Ben Ali assumiu a presidência.[34] O presidente Ben Ali, anteriormente ministro de Bourguiba e uma figura militar, manteve-se no poder de 1987 a 2011, depois que uma equipe de médicos especialistas julgou Bourguiba inapto para exercer as funções do cargo, em conformidade com o artigo 57 da Constituição da Tunísia.[36] O aniversário da sucessão de Ben Ali, 7 de novembro, era celebrado como um feriado nacional. Ele foi sistematicamente reeleito com maiorias significativas a cada eleição, sendo a última em 25 outubro de 2009, até ele fugir do país em meio a agitação popular de janeiro de 2011.[37]

Ben Ali e sua família foram acusados ​​de corrupção política e de saquear o dinheiro do país. Os membros corruptos da família Trabelsi, principalmente nos casos de Imed Trabelsi e Belhassen Trabelsi, controlavam grande parte do setor empresarial do país.[38] A primeira-dama Leila Ben Ali era descrita como uma compradora compulsiva que usava o avião do governo para fazer viagens não oficiais frequentes para capitais da moda da Europa.[39] A Tunísia recusou um pedido da França para a extradição de dois sobrinhos do presidente, do lado de Leila, que foram acusados ​​pelo Ministério Público do Estado Francês de ter roubado dois mega-iates de uma marina francesa.[40]

Grupos independentes de direitos humanos, como a Anistia Internacional e a Freedom House, documentaram que os direitos humanos e políticos básicos não eram respeitados no país.[41][42] O regime obstruía de qualquer maneira possível o trabalho das organizações de direitos humanos locais.[43] Em 2008, em termos de liberdade de imprensa, a Tunísia foi classificada na 143ª posição entre os 173 países avaliados.[44]

Revolução

editar
 Ver artigos principais: Revolução de Jasmim e Primavera Árabe
 
Manifestantes lutam contra a polícia em 14 de janeiro de 2011, durante a Revolução de Jasmim que posteriormente desencadeou a Primavera Árabe

A Revolução de Jasmim foi uma intensa campanha de resistência civil que foi precipitada pela elevada taxa de desemprego, a inflação dos alimentos, a corrupção política,[45] a falta de liberdade de expressão e outras liberdades políticas[46] e as más condições de vida. Os sindicatos foram uma parte integrante dos protestos. Os protestos inspiraram a Primavera Árabe, uma onda de levantes civis semelhantes em todo o mundo árabe.[47]

O catalisador para as manifestações em massa foi a morte de Mohamed Bouazizi, um vendedor ambulante de 26 anos de idade que colocou fogo no próprio corpo em 17 de dezembro de 2010, em protesto contra o confisco de suas mercadorias e a humilhação infligida a ele por um funcionário municipal. A raiva e a violência se intensificaram após a morte de Bouazizi, em 4 de janeiro de 2011, levando o presidente Zine El Abidine Ben Ali a renunciar em 14 de janeiro de 2011, após 23 anos no poder. Os protestos continuaram até a proibição do partido no poder e a expulsão de todos os membros do governo de transição formado por Mohamed Ghannouchi. Eventualmente, o novo governo cedeu às demandas. Um tribunal de Túnis proibiu a atuação do antigo partido governante e confiscou todos os seus recursos. Um decreto do Ministro do Interior proibiu também a "polícia política", que eram forças especiais que eram usadas para intimidar e perseguir ativistas políticos durante o regime de Ben Ali.[48]

Em 3 de março de 2011, o presidente anunciou que as eleições para uma Assembleia Constituinte seria realizada em 23 de outubro de 2011. Observadores internos e internacionais declararam o processo eleitoral livre e justo. O Movimento Ennahda, anteriormente proibido pelo regime de Ben Ali, conquistou 90 assentos do parlamento, de um total de 217.[49] Em 12 de dezembro de 2011, o ex-ativista dos direitos humanos e dissidente veterano Moncef Marzouki foi eleito presidente do país.[50] Em março de 2012, o Ennahda declarou que não iria apoiar que a xaria passasse a ser a principal fonte da legislação nacional na nova constituição, mantendo a natureza secular do Estado tunisiano. A postura de Ennahda sobre a questão foi criticada por islamitas radicais, que queriam que a xaria fosse completamente aplicada.[51]

Geografia

editar
 Ver artigo principal: Geografia da Tunísia
 
Djebel Ressas, Ben Arous

A Tunísia está situada na costa mediterrânea do norte da África, a meio caminho entre o Oceano Atlântico e o Delta do Nilo. Faz fronteira com a Argélia a oeste e com a Líbia, a leste e sul. Situa-se entre as latitudes 30 ° e 38 °N e longitudes 7 ° e 12 °E.

Embora seja relativamente pequeno em tamanho, o país conta com uma grande diversidade ambiental, devido à sua extensão norte-sul. A sua extensão leste-oeste é limitada. As diferenças da Tunísia como o resto do Magrebe são em grande parte diferenças ambientais definidas na direção norte-sul, como a diminuição acentuada das chuvas na região sul.

A Dorsal, a extensão leste das Cordilheira do Atlas, atravessa a Tunísia, em direção nordeste, a partir da fronteira argelina, a oeste da península do Cabo Bon, no leste. A norte da Dorsal está Tell, uma região caracterizada por colinas baixas e planícies, novamente uma extensão de montanhas a oeste da Argélia. No Khroumerie, na região noroeste da Tunísia, as elevações atingem 1 050 m e neve ocorre no inverno.

O clima da Tunísia encontra-se sujeito a influências mediterrânicas e saarianas. O clima mediterrâneo predomina no norte e caracteriza-se por invernos amenos e verões quentes e secos. As temperaturas variam em função da latitude, altitude ou proximidade em relação ao Mar Mediterrâneo. As temperaturas médias são de 12 °C em Dezembro e 30 °C em Julho.

Demografia

editar

A população tunisiana, do ponto de vista sociológico, histórico e genealógico, é composta por árabes e berberes.[52] Em 1870, a distinção entre a massa árabe e a elite turca se desfez[53] e hoje a esmagadora maioria da população, cerca de 98%,[54] simplesmente identifica-se como árabe.[55] Há também uma pequena população puramente berbere (1%, no máximo) localizada nas montanhas Dahar e na ilha de Djerba no sudeste e na região montanhosa de Khroumire no noroeste.[56]

Do final do século XIX até depois da Segunda Guerra Mundial, a Tunísia foi o lar de grandes populações de franceses e italianos (255 000 europeus moravam no país em 1956),[57] embora quase todos eles, juntamente com a população judaica, tenham deixado a Tunísia após a independência do país. A história dos judeus na Tunísia remonta há cerca de 2 000 anos. Em 1948, a população judaica foi estimada em 105 000 pessoas, mas em 2013 apenas cerca de 900 permaneceram no país.[58]

O primeiro povo conhecido na história do que é hoje a Tunísia foram os berberes. Numerosas civilizações e povos invadiram, migraram ou foram assimilados pela população ao longo dos milênios, com influências de populações de fenícios/cartagineses, romanos, vândalos, árabes, espanhóis, turcos otomanos, janízaros e franceses. Houve também um fluxo contínuo de tribos árabes nômades da Arábia.[23]

Além disso, após a Reconquista e a expulsão dos não cristãos e mouriscos da Espanha, muitos muçulmanos e judeus espanhóis também chegaram. O governo tem apoiado um programa de planejamento familiar notavelmente bem-sucedido, que reduziu a taxa de crescimento da população de pouco mais de 1% ao ano, contribuindo para a estabilidade econômica e social da Tunísia.[59]

Religião

editar
 
Grande Mesquita de Cairuão

Noventa e nove por cento dos tunisinos são Muçulmanos.[60] A maior parte deles são sunitas pertencentes à madhhab maliquita, mas continua a existir um pequeno número de ibaditas entre os berberes da ilha de Djerba.

Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena sufi, no entanto não existem estatísticas relativas ao seu tamanho. Informações fidedignas referem que muitos sufis deixaram o país logo após a independência quando os seus terrenos e edifícios religiosos foram revertidos para o governo (o mesmo que as fundações ortodoxas islâmicas). Ainda que a comunidade sufi seja pequena, a sua tradição de misticismo permeia a prática de Islão por todo o país. Existe uma pequena comunidade muçulmana indígena "marabutica" que pertence à irmandade espiritual conhecida como "Turuq".[carece de fontes?][necessário esclarecer]

A comunidade cristã, composta por residentes estrangeiros e um pequeno grupo de nativos-nascidos cidadãos de ascendência árabe ou europeia, números 25 000 e se dispersa ao longo de todo o país.[60] Existem 20 000 católicos.

Línguas

editar

O árabe é a língua oficial e o árabe tunisiano, conhecido como Derja, é a variedade local e usada popularmente.[61] Há também uma pequena minoria de falantes de línguas berberes conhecidas coletivamente como Shelha.[62]

O francês também desempenha um papel importante na sociedade tunisina, apesar de não ter um estatuto oficial. É amplamente utilizado na educação (por exemplo, como a língua de ensino nas ciências no ensino secundário), na imprensa e nos negócios. Em 2010, havia 6 639 000 francófonos na Tunísia, ou cerca de 64% da população.[63] O italiano é compreendido e falado por uma pequena parte da população local.[64] Placas e sinais de trânsito na Tunísia são geralmente escritos em árabe e francês.[65]

Cidades mais populosas

editar

Governo e política

editar
 
Fachada da sede do parlamento da Tunísia, em Túnis

A Tunísia é uma república constitucional com um presidente que serve como chefe de Estado, um primeiro-ministro como chefe de governo, um parlamento unicameral e um judiciário baseado no sistema romano-germânico. A Constituição da Tunísia, aprovada 26 de janeiro de 2014, garante direitos para as mulheres e afirma que a religião do presidente "será o Islã". Em outubro de 2014 o país realizou suas primeiras eleições sob a nova constituição e após a Primavera Árabe.[67]

O número de partidos políticos legalizados na Tunísia tem crescido consideravelmente desde a revolução de 2011. Existem hoje mais de 100 partidos legais, incluindo vários que existiam durante o antigo regime. Durante o governo de Ben Ali, apenas três partidos da oposição funcionavam como independentes: o PDP, FDTL e o Tajdid. Embora alguns partidos sejam mais antigos e bem estabelecidos, visto que podem recorrer a estruturas partidárias anteriores, muitos dos mais de 100 partidos existentes no país em 2012 ainda eram pequenos.[59]

As mulheres detinham mais de 20% dos assentos no parlamento bicameral pré-revolução do país, o que é raro no mundo árabe.[68] Na Assembleia Constituinte de 2011, as mulheres ocuparam entre 24% e 31% de todos os lugares.[69][70] A Tunísia está incluída na Política Europeia de Vizinhança da União Europeia, que visa aproximar a UE de seus vizinhos mais próximos. Em 23 de novembro de 2014 a Tunísia realizou sua primeira eleição presidencial após a Primavera Árabe, em 2011.[71]

Forças armadas

editar
 
Giscon (510), uma embarcação de ataque rápido da Marinha da Tunísia.

Em 2008, a Tunísia tinha um exército composto por 27 000 pessoas, equipado com 84 tanques de batalha principais e 48 tanques leves. A Marinha tinha 4 800 homens, operava 25 barcos de patrulha e 6 outras embarcações. A Força Aérea mantinha 154 aeronaves e quatro UAVs. As forças paramilitares consistiam em uma guarda nacional de 12 000 membros.[72]

Os gastos militares da Tunísia representavam 1,6% do PIB do país em 2006. O exército é responsável pela defesa nacional e também pela segurança interna. A Tunísia tem participado nos forças de manutenção da paz das Nações Unidas no Camboja (UNTAC), Namíbia (UNTAG), Somália, Ruanda, Burundi, Saara Ocidental (MINURSO) e a missão de 1960 no Congo (ONUC).

Os militares têm desempenhado historicamente um papel profissional e apolítico na defesa do país contra ameaças externas. Desde janeiro de 2011 e sob a direção do poder executivo, as forças armadas têm assumido crescente responsabilidade pela segurança interna e pela resposta à crise humanitária.[59]

Direitos humanos

editar

Depois da revolução, uma série de grupos salafistas surgiram e, em algumas ocasiões, reprimiram violentamente expressões artísticas que eles consideram como "hostis" ao islão.[73]

Desde a revolução de 2011, algumas organizações não governamentais têm se reconstituído e centenas de outras novas surgiram. Por exemplo, a Liga Tunisiana dos Direitos Humanos, a primeira organização de direitos humanos da África e do mundo árabe, operou sob restrições e intromissão do Estado por mais da metade de sua existência, mas agora está completamente livre para atuar. Algumas organizações independentes, como a Associação Tunisiana de Mulheres Democráticas, a Associação de Mulheres Tunisinas para a Pesquisa e Desenvolvimento e a Ordem dos Advogados também permanecem ativas.[59]

Em 2017, a Tunísia tornou-se o primeiro país árabe a proibir a violência doméstica contra as mulheres, o que anteriormente não era um crime. Além disso, a lei que permitia que os violadores escapassem da punição casando-se com a vítima foi abolida.[74]

Subdivisões

editar
 Ver artigo principal: Subdivisões da Tunísia

A Tunísia está dividida em 24 províncias (em árabe: muhafazah) que estão subdivididas em 264 delegações ou distritos (mutamadiyat) que, por sua vez, subdividem-se em 2 073 sectores. As delegações são, ainda, subdivididas em municípios (shaykhats). As 24 províncias da Tunísia são:

Mapa das províncias da Tunísia.

Economia

editar
 Ver artigo principal: Economia da Tunísia
 
Principais produtos de exportação da Tunísia em 2019 (em inglês)

Tunísia é um país orientado para a exportação e está em um processo de liberalização e privatização de uma economia que, apesar de uma média de crescimento do PIB de 5% desde o início da década de 1990, tem sofrido com a corrupção política que beneficia elites com conexões políticas.[75] A Tunísia tem uma economia diversificada, que abrange agricultura, mineração, manufatura, produtos petrolíferos e turismo. Em 2008, teve um PIB de 45 bilhões * bilhões de dólares (taxas de câmbio oficiais) ou 115 bilhões de dólares em paridade de poder de compra (PPC).[4]

O setor agrícola representa 11,6% do PIB, a indústria 25,7% e os serviços 62,8%. Na agricultura, o país foi, em 2019, o 7º maior produtor mundial de azeitona, o 10º maior produtor mundial de tâmara, o 7º maior produtor mundial de tomate, além de ter uma boa produção de trigo, cevada e melancia, entre outros. [76] Na pecuária, em 2019, a Tunísia produziu 1,4 bilhão de litros de leite de vaca, entre outra produtos. [77] As maiores exportações de produtos agropecuários processados do país em termos de valor, em 2019, foram: azeite de oliva e tâmaras, e com valor mais baixo: açúcar, comida industrializada, cigarro, macarrão, tomate, massa, margarina, bebidas de modo geral, produtos feitos com chocolate, entre outros.[78] O país foi o 3º maior produtor mundial de azeite de oliva em 2018.[79] Na mineração, em 2019, o país era o 10º maior produtor mundial de fosfato.[80]

O setor industrial é composto principalmente pela fabricação de vestuário e calçados, peças de automóveis e máquinas elétricas. Embora a Tunísia tenha conseguido uma taxa de crescimento econômico relativamente alta desde os anos 1990, o país continua a sofrer de uma elevada taxa de desemprego, especialmente entre os jovens.

Em 2009, a Tunísia foi classificada como a economia mais competitiva da África e o 40º do mundo pelo Fórum Econômico Mundial.[81] O país conseguiu atrair muitas empresas internacionais, como a Airbus[82] e a Hewlett-Packard.[83] O turismo representava 7% do PIB e 370 000 postos de trabalho em 2009.[84]

 
Sede do Banco Central da Tunísia

A União Europeia (UE) continua a ser o primeiro parceiro comercial, atualmente respondendo por 72,5% das importações e 75% das exportações tunisinas. A Tunísia é um dos parceiros comerciais mais consagrados da UE na região do Mediterrâneo e é o 30º maior parceiro comercial do bloco europeu. O país foi o primeiro do Mediterrâneo a assinar um Acordo de Associação com a União Europeia, em julho de 1995, embora, mesmo antes da data de entrada entrar em vigor, a Tunísia já tivesse começado a desmantelar as tarifas sobre o comércio bilateral. O país acabou com as tarifas para os produtos industriais em 2008 e, portanto, foi o primeiro da região a entrar em uma zona de livre comércio com a UE.[85]

A "Tunis Sports City" é uma cidade inteira de esportes sendo construída em Túnis. A cidade que será composta por edifícios de apartamentos, bem como instalações de vários esportes construídas pelo Grupo Bukhatir a um custo de 5 bilhões * de dólares.[86] O Porto Financeiro de Túnis vai criar o primeiro centro financeiro offshore do Norte da África na baía da cidade, em um projeto com um valor de desenvolvimento final de 3 bilhões de dólares.[87] A "Tunis Telecom City" é um outro projeto de 3 bilhões de dólares para criar um centro de TI em Túnis.[88]

Infraestrutura

editar

Transportes

editar
 
Autoestrada A3, entre Túnis e Béja

O país mantém uma rede de 19 232 km de estradas, com três autoestradas: A1 Túnis-Sfax (obras em curso para Sfax-Líbia), A3 Túnis-Beja e A4 Túnis-Bizerte. Há 29 aeroportos no país, sendo que o Aeroporto Internacional de Túnis-Cartago e o Aeroporto Internacional de Djerba-Zarzis são os mais importantes. Um novo aeroporto, o Aeroporto Internacional Enfidha-Hammamet, foi concluído no final de outubro de 2009, mas foi inaugurado em 2011. O aeroporto está localizado ao norte de Sousse em Enfidha e atende principalmente os resorts de Hamammet e Port El Kantaoui, juntamente com cidades do interior, como Cairuão. Quatro companhias aéreas estão com sede na Tunísia: Tunisair, Karthago Airlines, Nouvelair e Tunisair Express. A rede ferroviária é operada pela "Société Nationale des Chemins de Fer Tunisiens" (SNCFT) e equivale a 2 135 km no total. A área de Túnis é servida por uma rede de VLT chamada Metro Leger que é gerida pela Transtu.[89]

Educação

editar
 
Colégio Sadiki em Túnis

A taxa de alfabetização de adultos em 2008 foi de 78%.[90] A educação é considerada prioridade e é responsável por 6% do PIB. A educação básica para crianças entre as idades de 6 e 16 anos é obrigatória desde 1991. A Tunísia foi classificada no 17º lugar na categoria "qualidade do sistema educativo" e em 21º na categoria de "qualidade do ensino primário" no Global Competitiveness Report de 2008–9, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial.[91]

Os quatro anos de ensino secundário estão abertos a todos os que concluem o ensino básico e é onde os alunos se concentram para entrar no nível universitário ou para se juntar a força de trabalho após a conclusão dos estudos. O ensino secundário é dividido em duas fases: "acadêmico geral" e "especializadas". O sistema de ensino superior na Tunísia passou por uma rápida expansão e o número de alunos mais do que triplicou em 10 anos, ao sair de 102 000 em 1995 para 365 000 em 2005.[91]

Saúde

editar

Em 2010, os gastos com saúde representaram 3,37% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 2009, havia 12,02 médicos e 33,12 enfermeiros por 10 000 habitantes.[92] A expectativa de vida ao nascimento era de 75,73 anos em 2016, ou 73,72 anos para homens e 77,78 anos para mulheres.[93] A mortalidade infantil em 2016 foi de 11,7 por 1 000.[94]

Mídia

editar
 
Sede da Télévision Tunisienne

A mídia televisiva por muito tempo permaneceu sob o domínio da Autoridade de Radiodifusão Tunísia (ERTT) e de sua antecessora, a Rádio e Televisão Tunisiana, fundada em 1957. Em 7 de novembro de 2006, o ex-presidente Zine el-Abidine Ben Ali anunciou a cisão do negócio, que entrou em vigor em 31 de agosto de 2007. Até então, a ERTT geria todas as estações de televisão pública (Télévision Tunisienne 1, bem como Télévision Tunisienne 2, que tinha substituído a extinta RTT 2) e quatro estações de rádio nacionais (Radio Tunis, Tunisia Radio Culture, Youth e Radio RTCI) e cinco regionais em Sfax, Monastir, Gafsa, Le Kef e Tataouine. A maioria dos programas são em árabe, mas alguns são em francês. O crescimento na radiodifusão e da televisão privada tem criado várias estações, como Radio Mosaique FM, Jawhara FM, Zaytuna FM, Hannibal TV, Ettounsiya TV e Nessma TV.[95][96] Em 2007, cerca de 245 jornais e revistas (em comparação com apenas 91 em 1987) eram 90% de propriedade de grupos privados e independentes.[97]

Cultura

editar

A cultura da Tunísia começa com os berberes, um povo nômade do Norte de África que se estabeleceram primeiro no leste do Egito, em seguida, transferiram-se para as terras da atual República da Tunísia.[carece de fontes?] Foram os primeiros povoadores da Tunísia. Com o passar dos séculos, vários fluxos migratórios se estabeleceram na Tunísia, trazendo suas tradições e uma excelente cozinha, criando assim uma intensa mistura étnica.[carece de fontes?]

Música

editar
 Ver artigo principal: Música da Tunísia

Esportes

editar
 
Estádio Olímpico de Radès

O futebol é o esporte mais popular no país. A Seleção Tunisiana de Futebol, também conhecida como "As Águias de Cartago", venceu o Campeonato Africano das Nações de 2004, que foi realizada na Tunísia. Eles também participaram da Copa das Confederações FIFA de 2005, que foi realizada na Alemanha, mas não conseguiram ir além da primeira rodada. A divisão principal do futebol local é o Campeonato Tunisiano de Futebol. Os principais clubes são o Espérance Sportive de Tunis, o Étoile Sportive du Sahel, o Club Africain e o Club Sportif Sfaxien.[98][99]

A Seleção Tunisiana de Handebol Masculino tem participado em vários campeonatos mundiais. O campeonato nacional é composto por cerca de 12 equipes, cujos principais times são o ES. Sahel e o Esperance S.Tunis. O mais famoso jogador de handebol da Tunísia é Wissem Hmam. No Campeonato Mundial de Handebol Masculino de 2005, realizado em Túnis, Hmam foi classificado como o melhor marcador do torneio. A equipa de handebol nacional tunisina venceu o Campeonato Africano oito vezes, sendo a equipe que domina esta competição, bem como o Campeonato Africano de 2010, no Egito ao derrotar o país anfitrião.[100]

No boxe, Victor Perez ("Young") foi campeão mundial na classe de peso peso-pena em 1931 e 1932.[101] Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, o tunisiano Oussama Mellouli conquistou a medalha de ouro nos 1 500 m nado livre.[102] Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, ele ganhou uma medalha de bronze nos 1 500 m livre e uma medalha de ouro na maratona de 15 km.

Referências

  1. Segundo a constituição do país, o árabe é a língua oficial. embora não seja a língua oficial, a língua francesa é a segunda utilizada no país.
  2. 2016 TRADING ECONOMICS (2016). «tradingeconomics». Consultado em 29 de novembro de 2016 
  3. "National Institute of Statistics-Tunisia". National Institute of Statistics-Tunisia. 12 September 2014. Retrieved 12 September 2014.
  4. a b c d e Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 
  5. «Relatório de Desenvolvimento Humano 2021/2022» 🔗 (PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  6. «World Economic Outlook Database October 2018». www.imf.org. Consultado em 4 de novembro de 2019 
  7. a b Room, Adrian (2006). Placenames of the World: Origins and Meanings of the Names for 6,600 Countries, Cities, Territories, Natural Features, and Historic Sites. [S.l.]: McFarland. p. 385. ISBN 0-7864-2248-3 
  8. Rossi, Peter M.; White, Wayne Edward (1980). Articles on the Middle East, 1947–1971: A Cumulation of the Bibliographies from the Middle East Journal. [S.l.]: Pierian Press, University of Michigan. p. 132 
  9. Taylor, Isaac (2008). Names and Their Histories: A Handbook of Historical Geography and Topographical Nomenclature. [S.l.]: BiblioBazaar, LLC. p. 281. ISBN 0-559-29668-1 
  10. Houtsma, Martijn Theodoor (1987). E.J. Brill's First Encyclopaedia of Islam, 1913–1936. [S.l.]: Brill. p. 838. ISBN 90-04-08265-4 
  11. Mughal, Muhammad Aurang Zeb. 2012. Tunisia. Steven Danver (ed.), Native Peoples of the World: An Encyclopedia of Groups, Cultures, and Contemporary Issues, Vol. 3. Armonk, NY: M. E. Sharpe, pp. 688–689.
  12. «Carthage and the Numidians». Hannibalbarca.webspace.virginmedia.com. Consultado em 28 de outubro de 2011. Arquivado do original em 31 de março de 2012 
  13. «LookLex / Tunisia / Dougga / Numidian Wall». Looklex.com. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  14. «Numidians (DBA II/40) and Moors (DBA II/57)». Fanaticus.org. 12 de dezembro de 2001. Consultado em 28 de outubro de 2011. Arquivado do original em 27 de setembro de 2011 
  15. «LookLex / Tunisia / Chemtou / Numidian Altar & Roman Temple». Looklex.com. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  16. «Numidia (ancient region, Africa)». Britannica Online Encyclopedia. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  17. «The City of Carthage: From Dido to the Arab Conquest» (PDF). Consultado em 8 de janeiro de 2013 
  18. Linda Kay Davidson; David Martin Gitlitz (1 de novembro de 2002). Pilgrimage: From the Ganges to Graceland : An Encyclopedia. [S.l.]: ABC-CLIO. p. 302. ISBN 978-1-57607-004-8. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  19. Clifford Edmund Bosworth (2007). Historic Cities of the Islamic World. [S.l.]: BRILL. p. 264. ISBN 978-90-04-15388-2. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  20. «Kairouan inscription as World Heritage». Kairouan.org. Consultado em 2 de maio de 2010. Arquivado do original em 22 de abril de 2012 
  21. a b c Lapidus, Ira M. (22 de agosto de 2002). A History of Islamic Societies. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 302–303. ISBN 978-0-521-77933-3. Consultado em 18 de fevereiro de 2013 
  22. Ham, Anthony; Hole, Abigail; Willett, David. (2004). Tunisia 3 ed. [S.l.]: Lonely Planet. p. 65. ISBN 1-74104-189-9 
  23. a b c Stearns, Peter N.; Leonard Langer, William (2001). The Encyclopedia of World History: Ancient, Medieval, and Modern, Chronologically Arranged 6.ª ed. [S.l.]: Houghton Mifflin Harcourt. pp. 129–131. ISBN 0-395-65237-5 
  24. M. Th Houtsma (1987). E.J. Brill's First Encyclopaedia of Islam, 1913–1936. [S.l.]: BRILL. p. 852. ISBN 978-90-04-08265-6. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  25. a b Singh, Nagendra Kr (2000). International encyclopaedia of islamic dynasties. 4: A Continuing Series. [S.l.]: Anmol Publications PVT. LTD. pp. 105–112. ISBN 81-261-0403-1 
  26. J. Ki-Zerbo, G. Mokhtar, A. Adu Boahen, I. Hrbek. General history of Africa. [S.l.]: James Currey Publishers. pp. 171–173. ISBN 0-85255-093-6 
  27. «Populations Crises and Population Cycles, Claire Russell and W.M.S. Russell». Galtoninstitute.org.uk. Consultado em 19 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 27 de maio de 2013 
  28. Clifford Edmund Bosworth (2004). The New Islamic Dynasties: A Chronological and Genealogical Manual. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 46. ISBN 978-0-7486-2137-8. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  29. Clifford Edmund Bosworth (2004). The New Islamic Dynasties: A Chronological and Genealogical Manual. [S.l.]: Edinburgh University Press. p. 55. ISBN 978-0-7486-2137-8. Consultado em 12 de maio de 2012 
  30. Eamonn Gearon (9 de novembro de 2011). The Sahara: A Cultural History. [S.l.]: Oxford University Press. p. 117. ISBN 978-0-19-986195-8. Consultado em 12 de maio de 2012 
  31. Ion Smeaton Munro (1933). Through fascism to world power: a history of the revolution in Italy. [S.l.]: A. Maclehose & co. p. 221 
  32. Gordon Williamson (1991). Afrikakorps 1941–43. [S.l.]: Osprey Publishing. p. 24. ISBN 978-1-85532-130-4. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  33. Michael A. Palmer (12 de novembro de 2010). The German Wars: A Concise History, 1859–1945. [S.l.]: Zenith Imprint. p. 199. ISBN 978-0-7603-3780-6. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  34. a b «Habib Bourguiba: Father of Tunisia». BBC. 6 de abril de 2000 
  35. Ian Black, Middle East editor (13 de julho de 2010). «Amnesty International censures Tunisia over human right». Londres: The Guardian. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  36. AP (7 de novembro de 1987). «A Coup Is Reported In Tunisia». NYtimes.com. Consultado em 2 de maio de 2010 
  37. Yannick Vely (23 de novembro de 2009). «Ben Ali, sans discussion». ParisMatch.com. Consultado em 2 de maio de 2010 
  38. «Tunisie: comment s'enrichit le clan Ben Ali?» (em francês). RadicalParty.org. Consultado em 2 de maio de 2010 
  39. «Caught in the Net: Tunisia's First Lady». Foreign Policy. 13 de dezembro de 2007 
  40. «Ajaccio – Un trafic de yachts entre la France et la Tunisie en procès» (em francês). 30 de setembro de 2009. Consultado em 20 de março de 2015. Arquivado do original em 3 de março de 2016 
  41. «Tunisia». Amnesty.org. Consultado em 2 de maio de 2010 
  42. «Protectionline.org». Protectionline.org. 18 de janeiro de 2010. Consultado em 2 de maio de 2010. Arquivado do original em 29 de abril de 2011 
  43. «Droits de l'Homme : après le harcèlement, l'asphyxie». RFI.fr. 16 de dezembro de 2004. Consultado em 2 de maio de 2010 
  44. «Dans le monde de l'après-11 septembre, seule la paix protège les libertés». RSF.org. 22 de outubro de 2008. Consultado em 2 de maio de 2010. Arquivado do original em 14 de janeiro de 2011 
  45. Spencer, Richard (13 de janeiro de 2011). «Tunisia riots: Reform or be overthrown, US tells Arab states amid fresh riots». Telegraph. Londres. Consultado em 14 de janeiro de 2011 
  46. Ryan, Yasmine (14 de janeiro de 2011). «Tunisia's bitter cyberwar». Al Jazeera English. Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  47. «Trade unions: the revolutionary social network at play in Egypt and Tunisia». Defenddemocracy.org. Consultado em 11 de fevereiro de 2011 
  48. «When fleeing Tunisia, don't forget the gold». Korea Times. 25 de janeiro de 2011. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  49. El Amrani, Issandr; Lindsey, Ursula (8 de novembro de 2011). «Tunisia Moves to the Next Stage». Middle East Report. Middle East Research and Information Project 
  50. Zavis, Alexandra (13 de dezembro de 2011). «Former dissident sworn in as Tunisia's president». Los Angeles Times. Los Angeles Times. Consultado em 13 de dezembro de 2011 
  51. «Tunisia's constitution will not be based on Sharia: Islamist party». Al Arabiya. Consultado em 18 de fevereiro de 2013 
  52. The Rotarian (1969), Focus of Tunisia, 115 (6), p. 56 
  53. Green, Arnold H. (1978), The Tunisian Ulama 1873–1915: Social Structure and Response to Ideological Currents, ISBN 9004056874, BRILL, p. 69 
  54. Turchi, C; Buscemi, L; Giacchino, E; Onofri, V; Fendt, L; Parson, W; Tagliabracci, A (2009). «Polymorphisms of mtDNA control region in Tunisian and Moroccan populations: An enrichment of forensic mtDNA databases with Northern Africa data». Forensic science international. Genetics. 3 (3): 166–72. PMID 19414164. doi:10.1016/j.fsigen.2009.01.014 
  55. «Le Tunisien: une dimension méditerranéenne qu'atteste la génétique» (em francês). Lapresse.tn. Consultado em 19 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 22 de julho de 2012 
  56. «Q&A: The Berbers». BBC News. 12 de março de 2004. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  57. Angus Maddison (20 de setembro de 2007). Contours of the World Economy 1–2030 AD:Essays in Macro-Economic History: Essays in Macro-Economic History. [S.l.]: OUP Oxford. p. 214. ISBN 978-0-19-922721-1. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  58. «The Jews of Tunisia». Jewish Virtual Library. Consultado em 11 de julho de 2014 
  59. a b c d «Tunisia (03/09/12)». US Department of State. 9 de março de 2012 
  60. a b «International Religious Freedom Report 2007: Tunisia». Agência da Democracia, Direitos Humanos e do Trabalho. Este artigo incorpora textos a partir desta fonte, o que é do domínio público. 14 de setembro de 2007 
  61. Albert J. Borg; Marie Azzopardi-Alexander (1997). Maltese. [S.l.]: Routledge. p. 13. ISBN 978-0-415-02243-9. Consultado em 24 de fevereiro de 2013 
  62. «An outline of the Shilha (Berber) vernacular of Douiret (Southern Tunisia)». Australian Digital Theses Program. 26 de maio de 2008. Consultado em 19 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 26 de maio de 2008 
  63. «Le dénombrement des francophones» (PDF). Organisation internationale de la Francophonie 
  64. Justin McGuinness (1 de novembro de 2002). Footprint Tunisia Handbook: The Travel Guide. [S.l.]: Globe Pequot Press. ISBN 978-1-903471-28-9. Consultado em 26 de janeiro de 2013 
  65. «Tunisian Languages». Tunisia-tourism.org. Consultado em 13 de setembro de 2013. Arquivado do original em 5 de junho de 2013 
  66. «Tunisia» (em alemão). citypopulation.de. 2014. Consultado em 11 de abril de 2017 
  67. «Tunisia holds first election under new constitution». 26 de outubro de 2014. Consultado em 26 de outubro de 2014 
  68. Inter-Parliamentary Union. «TUNISIA. Majlis Al-Nuwab (Chamber of Deputies)». Inter-Parliamentary Union. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  69. «49 femmes élues à l'assemblée constituante : 24% des 217 sièges». Leaders. 28 de outubro de 2011. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  70. Ben Hamadi, Monia (29 de abril de 2014). «Tunisie: Selma Znaidi, une femme de plus à l'Assemblée». Al Huffington Post. Consultado em 27 de outubro de 2014 
  71. «Tunisia holds first post-revolution presidential poll». BBC News. 23 de novembro de 2014. Consultado em 23 de novembro de 2014 
  72. International Institute for Strategic Studies (Fevereiro de 2008). The Military Balance 2008. [S.l.]: Taylor & Francis Group. ISBN 978-1-85743-461-3 
  73. «Scores arrested after Tunis art riots». AlJazeera. 12 de junho de 2012 
  74. Roberts, Rachel (28 de Julho de 2017). «Tunisia: 'Landmark' new law gives women protection from rape and domestic violence -'We hope that this precedent that Tunisia is setting will be followed by others (in the Arab world)'». The Independent 
  75. «GTZ in Tunisia». gtz.de. GTZ. Consultado em 20 de outubro de 2010. Arquivado do original em 11 de maio de 2011 
  76. Agricultura da Tunísia, pela FAO
  77. Pecuária da Tunísia, pela FAO
  78. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 13 de julho de 2021 
  79. «FAOSTAT». www.fao.org. Consultado em 13 de julho de 2021 
  80. USGS Phosphate Production Statistics
  81. «The Global Competitiveness Index 2009–2010 rankings» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2009 
  82. «Airbus build plant in tunisia». Eturbonews. 29 de janeiro de 2009. Consultado em 16 de setembro de 2009 
  83. «HP to open customer service center in Tunisia». africanmanager.com. Consultado em 16 de setembro de 2009. Arquivado do original em 28 de junho de 2012 
  84. «Trouble in paradise: How one vendor unmasked the 'economic miracle'». Mobile.france24.com. 11 de janeiro de 2011. Consultado em 28 de outubro de 2011 
  85. «Bilateral relations Tunisia EU». Consultado em 16 de setembro de 2009 
  86. «Tunis Sport City». Consultado em 16 de setembro de 2009 
  87. «Tunis Financial Harbour». Consultado em 16 de setembro de 2009. Arquivado do original em 10 de julho de 2009 
  88. «Vision 3 announces Tunis Telecom City». Consultado em 16 de setembro de 2009. Arquivado do original em 16 de julho de 2009 
  89. «Tunisia». CIA World Factbook. Consultado em 15 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 16 de outubro de 2012 
  90. «National adult literacy rates (15+), youth literacy rates (15–24) and elderly literacy rates (65+)». UNESCO Institute for Statistics 
  91. a b «The Global Competitiveness Report 2008-2009». Weforum.org. Consultado em 2 de maio de 2010. Cópia arquivada em 19 de junho de 2008 
  92. «Health». SESRIC. Consultado em 26 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 30 de maio de 2013 
  93. «Life expectancy at birth, total (years) | Data». Banco Mundial. Consultado em 25 de agosto de 2018 
  94. «Mortality rate, infant (per 1,000 live births) | Data». Banco Mundial. Consultado em 25 de fevereiro de 2020 
  95. Houda Trabelsi (5 de outubro de 2010). «Shems FM hits Tunisia airwaves». Magharebia.com. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  96. «Television TV in Tunisia». TunisPro. Consultado em 19 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 30 de outubro de 2012 
  97. «Presse et communication en Tunisie» (em francês). Tunisie.com. Consultado em 19 de janeiro de 2013. Arquivado do original em 19 de março de 2012 
  98. «Tunisia win Cup of Nations». BBC News. 14 de fevereiro de 2004. Consultado em 19 de janeiro de 2013 
  99. «Previous winners of major international cups And tournaments : the African Cup Of Nations». Napit.co.uk. Consultado em 8 de janeiro de 2013 
  100. «Tunisian handball team wins 2010 African Cup of Nations». Tunisia Daily. 20 de fevereiro de 2010. Consultado em 8 de janeiro de 2013 [ligação inativa] 
  101. Gilbert E. Odd (1 de junho de 1989). Encyclopedia of Boxing. [S.l.]: Book Sales. p. 108. ISBN 978-1-55521-395-4 
  102. John Lohn (2010). Historical Dictionary of Competitive Swimming. [S.l.]: Scarecrow Press. pp. 95–. ISBN 978-0-8108-6775-8. Consultado em 12 de maio de 2012 


Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
  Definições no Wikcionário
  Categoria no Commons
  Base de dados no Wikidata