Los Solidarios
Los Solidarios, também conhecido como Crisol, foi um grupo anarquista de ação direta armada, formado entre 1922 e 1923 em Barcelona como resposta à guerra suja empreendida por setores patronais e governamentais contra os sindicatos. Surgiu como sucessor de um grupo anterior chamado "Los Justicieros" existente em Zaragoza. Alguns de seus integrantes fundariam o coletivo "Nosotros" após se filiarem a Federação Anarquista Ibérica, tornando-se mais estratégicos em suas ações.
História
editarFormado por anarcosindicalistas que montaram uma rede para compra e depósito de armas a serem usadas contra pistoleiros patronais e seus contratantes. São atribuídos a eles assaltos a banco entre estes ao Banco de Espanha (Setembro de 1923) e o assassinato do cardeal zaragozano Juan Soldevila y Romero (1923). Depois deste feito e com a pressão da ditadura de Primo de Rivera, Durruti, Ascaso e outros membros se refugiaram primeiro na França e depois na América Latina, onde realizaram outros assaltos. Voltaram para a Europa se estabelecendo na França onde viveram clandestinamente depois de serem acusados de tentar assassinar o rei Alfonso XIII em uma visita a Paris. Foram por fim expulsos do país se estabelecendo na Bélgica, onde lhes foi permitido residência. Com a proclamação da Segunda República Espanhola (1931) alguns dos membros que puderam voltar a Catalunha decidem ingressar na FAI com o nome de "Nosotros", com posições mais radicais que as da federação. Ao ser declarada a Guerra Civil Espanhola o grupo deixa de atuar como tal e se junta às milícias.
Encontra-se conservada uma gravação sonora de um dos discursos de Juan García Oliver [1] onde qualifica os membros do grupo, incluindo ele próprio, como os melhores terroristas da classe trabalhadora, os que melhor podiam devolver golpe por golpe o terrorismo estatal e patronal contra o proletariado como os assassinatos de Salvador Seguí ou Francesc Layret por pistoleiros contratados pelos patrões.[2]
Integrantes
editarEntre outros, tomaram parte los Solidarios:
- Francisco Ascaso, garçom
- Ramona Berni, trabalhadora da indústria téxtil
- Eusebi Brau, ferreiro
- Manuel Campos, carpinteiro
- Buenaventura Durruti, mecânico
- Aurelio Fernández Sánchez, mecânico
- Joan García Oliver, garçom
- Miguel García Vivancos, estivador, pintor e chofer
- Gregorio Jover Cortés, carpinteiro
- Júlia López Mainar, cozinheira
- Antonio Martín Escudero
- Alfonso Miguel, ebanista
- Pepita Not, cozinheira
- Antonio Ortiz Ramírez, carpinteiro
- Ricardo Sanz García, trabalhador da indústria téxtil
- Gregorio Suberviela, maquinista
- María Luisa Tejedor, costureira
- Manuel Torres Escartín, forneiro
- Rafael Torres Escartín
- Antonio El Toto, jornaleiro
Canção homenagem de Chico Sánchez Ferlósio
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Historia de tres amigos |
” |
Referências
editarBibliografia
editarAbel Paz, Durruti, le peuple en armes. París, Tête de Feuille, 1972
Veja também
editarLigações externas
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