Melipona marginata

espécie de inseto
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Melipona marginata
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Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hymenoptera
Família: Apidae
Gênero: Melipona
Espécies:
M. marginata
Nome binomial
Melipona marginata

Melipona marginata é uma espécie de abelha social da tribo Meliponini. As abelhas desse grupo são conhecidas pelo comportamento social e pelo ferrão atrofiado. São popularmente conhecidas como abelhas sem ferrão e estão amplamente distribuídas pelos trópicos e subtrópicos. Melipona marginata é considerada uma das espécies do gênero Melipona mais sensíveis aos processos de degradação e fragmentação dos hábitats, sendo considerada “exigente em relação ao tamanho e/ou qualidade desses fragmentos, não ocorrendo a não ser nos maiores, mais antigos e menos perturbados.” [1]

Possui nome popular de manduri, manduri menor, minduri, gurupu do miúdo ou taipeira.[2] As operárias têm cerca de 6 a 7 mm de comprimento e coloração acinzentada ou preta. As colônias são levemente povoadas, com aproximadamente 300 indivíduos adultos.

De acordo com Kerr (1948), M. marginata é uma espécie excepcional pois a taxa de produção de rainhas é muito maior do que em outras espécies de abelhas do gênero Melipona, podendo chegar a 25% do total de fêmeas produzidas em uma colônia.

Devido às semelhanças dos caracteres morfológicos, Melipona marginata e Melipona obscurior foram consideradas duas subespécies de Melipona marginata, sendo a separação proposta por Camargo & Pedro em 2007.[3] Assim, M. obscurior é um status novum de M. marginata obscurior, e pode ser considerada uma espécie estreitamente relacionada com M. marginata, tanto no tamanho corporal quanto no comportamento de diapausa reprodutiva facultativa apresentado pelas rainhas nos meses de encurtamento do fotoperíodo.[4][5] A espécie M. marginata está distribuída pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará e Goiás, enquanto M. obscurior pode ser encontrada nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.[3]

Referências

  1. Silveira, F.A.; G.A.R. Melo & E.A.B. Almeida. 2002. Abelhas brasileiras: sistemática e identificação. Belo Horizonte: Fernando A. Silveira. 253pp
  2. Nogueira-Neto P (1997) Vida e criação de abelhas indígenas sem ferrão. Nogueirapis, São Paulo
  3. a b Camargo JMF, Pedro SRM (2013) Meliponini Lepeletier, 1836. In: Moure JS, Urban D, Melo GAR (Orgs). Catalogue of Bees (Hymenoptera, Apoidea) in the Neotropical Region - online version. http://www.moure.cria.org.br/catalogue.
  4. Borges, F. B. & Blochtein, B. (2006). Variação sazonal das condições internas de colônias de Melipona marginata obscurior Moure, no Rio Grande do Sul, Brasil. Rev. Bras. Zool. 23 (3): 711-715
  5. Ferreira-Caliman, MJ; Galaschi-Teixeira, JS; Nascimento, FS. 2017. A scientific note on reproductive diapause in Melipona marginata. Insectes Sociaux. DOI 10.1007/s00040-016-0526-7
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