Manuel Freire Themudo Barata

militar português (1919-2003)

Manuel Freire Temudo Barata[1] GCIHGOSEComA MOSDMPSDMSMMMTMMMPDNMPAH (Estarreja, 24 de agosto de 1919 – 25 de abril de 2003)[2] foi um militar português.

Manuel Freire Themudo Barata
Manuel Freire Themudo Barata
Manuel Freire Themudo Barata
Presidente da Comissão Portuguesa de História Militar
Período 09 de maio de 1989
25 de abril de 2003
Dados pessoais
Nome completo Manuel Freire Themudo Barata
Nascimento 24 de agosto de 1919
Estarreja, Portugal
Morte 25 de abril de 2003
Profissão Militar
Serviço militar
Serviço/ramo Exército Português
Graduação Tenente-General
Condecorações Comendador da Ordem Militar de Avis; Oficial da Ordem Militar de Avis;; Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago da Espada; Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique; Ordem do Mérito Militar; Medalha Militar de Serviços Distintos Grau Ouro com Palma(2) Medalha Militar de Serviços Distintos; Medalha Militar de Serviços Distintos Grau Prata com Palma(1) Medalha Militar de Serviços Distintos; Medalha Militar de Serviços Distintos Grau Prata(2) Medalha Militar de Serviços Distintos; Medalha de Mérito Militar de 2ª classe; Medalha de Mérito Militar de 3ª classe ; Medalha da Defesa Nacional (1ª Classe) (a título póstumo); Medalha D. Afonso Henriques - Mérito do Exército (1.ª classe); Medalha de Comportamento Exemplar (Ouro); Medalha Comemorativa das Campanhas (Angola)

Biografia editar

Nasceu em Estarreja a 24 de Agosto de 1919. Estudou em Lisboa, fez os Preparatórios Militares na Faculdade de Ciências (1936/38) e concluiu o curso de Artilharia da Escola do Exército em 1942.

Iniciou a carreira militar na montagem da Defesa Antiaérea de Lisboa, durante a Segunda Guerra Mundial. Desenvolveu depois grande atividade no plano desportivo, em várias modalidades desportivas, como treinador de equipas que conquistaram campeonatos militares e chefiou a seleção nacional militar de futebol que venceu provas internacionais.

Como Tenente-Coronel comandou, em Cabinda, o Batalhão de Artilharia n.º 1886 (1966–68). Entre 1968 e 1971 comandou o Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa (Queluz), frequentou o Curso de Altos Comandos (1972/73) e foi professor no Instituto de Altos Estudos Militares.

Promovido a General em 1976, foi Governador e Comandante do Sector de Cabinda,[3] até Novembro de 1974, foi Professor do Instituto Superior Naval de Guerra (1975), Vogal do Conselho Superior de Disciplina do Exército (1976-77) e Diretor do Instituto de Altos Estudos Militares (1975–76 e 1977–78).

Na situação de Reserva foi Presidente da Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1979–89), Diretor do Serviço Histórico-Militar (1982–89), Presidente da Comissão Executiva das Comemorações do VI Centenário da Batalha de Aljubarrota (1985–86), Diretor da "Revista de Artilharia" (1978–79) e Vogal da "Revista Militar" (1977–95), que lhe atribuiu o Prémio "Almirante Augusto Osório".

Na Reforma e até ao seu falecimento, em 2003, foi Presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal[4] (desde 1987) e da Comissão Portuguesa de História Militar[5] (1989–2003). A nível internacional, ocupou o cargo de Vice-Presidente do Bureau Diretivo da Comissão Internacional de História Militar,[6] entre 1995 e 2000.

Filiações editar

Manuel Freire Themudo Barata foi Sócio de Número da Sociedade Científica da Universidade Católica Portuguesa, Académico de Mérito da Academia Portuguesa da História, Sócio Correspondente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e da Academia de História Militar do Paraguai.

Artigos e livros publicados editar

Autor de mais de duas centenas de trabalhos, escreveu ou coordenou duas dezenas de livros, destacando-se "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África", "Subsídios para o Estudo da Doutrina Aplicada nas Campanhas de África" e "Nova História Militar de Portugal" (co-autor), em cinco volumes, publicada já depois da sua morte.

Louvores e condecorações editar

Foi agraciado com a Ordem Militar de Avis (Oficial a 2 de janeiro de 1954 e Comendador a 5 de junho de 1962), Ordem Militar de Santiago da Espada (Grande-Oficial a 28 de julho de 1989) e Ordem do Infante D. Henrique (Grã-Cruz a 6 de março de 2002).[7][8] Em 2000, foi admitido à Ordem do Mérito Militar brasileira no grau de Oficial especial pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.[9] Foi condecorado com 5 medalhas de Serviços Distintos (2 de Ouro, 1 de Prata com palma e 2 de Prata), Mérito Militar (2.ª e 3.ª classes), Medalha da Defesa Nacional (1ª Classe) (a título póstumo);[10] D. Afonso Henriques (Patrono do Exército, 1.ª classe), Comportamento Exemplar (Ouro) e Comemorativa das Campanhas de Angola e, também, agraciado com a Medalha de Prata Comemorativa do 5.º Centenário da Morte do Infante D. Henrique, Dedicação Prata da Legião Portuguesa e, pelo governo do Brasil, com a Medalha do Pacificador.

Referências

  1. Soares, Coronel Ribeiro (coordenação), Os Generais do Exército Português, II Volume, III Tomo, pp. 182-184.
  2. Faleceu o general Themudo Barata, Município de Estarreja 28.04.2003
  3. «O pulsar da revolução.». Centro de documentação 25 de Abril - Universidade de Coimbra. Consultado em 4 de março de 2021 
  4. «Presidentes da SHIP». Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Consultado em 2 de março de 2021 
  5. «Presidentes». Comissão Portuguesa de História Militar. Consultado em 2 de março de 2021 
  6. «Who We Are». The International Commission of Military History (ICMH). Consultado em 1 de março de 2021 
  7. «Entidades nacionais agraciadas com Ordens Portuguesas». Presidência da República - Ordens Honoríficas Portuguesas. Consultado em 1 de março de 2021 
  8. Diário da República n.º 168/2002, Série II de 2002-07-23
  9. BRASIL, Decreto de 19 de outubro de 2000.
  10. Diário da República n.º 133/2003, Série II de 2003-06-09