Marcha sobre Washington

demonstração do movimento pelos direitos civis em 1963

A Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade foi uma Manifestação política de grandes proporções ocorrida na cidade de Washington D.C., capital dos Estados Unidos, em 28 de agosto de 1963, organizada e liderada, entre outros, pelo advogado, pastor, ativista dos direitos humanos e pacifista Martin Luther King, que reuniu mais de 250 000 pessoas na cidade para clamar, discursar, orar e cantar por liberdade, trabalho, justiça social e pelo fim da segregação racial contra a população negra do país.[2][3][4]

Marcha sobre Washington
Marcha sobre Washington
A multidão em volta do Espelho d'água do Lincoln Memorial e do Monumento a Washington.
Outros nomes The Great March on Washington
Participantes Martin Luther King, Jr.
Walter Reuther
Floyd McKissick
Harry Belafonte
Sidney Poitier
John Lewis
Josephine Baker
Mahalia Jackson
Bob Dylan, etc
Localização Lincoln Memorial, Washington, D.C.,  Estados Unidos[1]
Data 28 de agosto de 1963
Resultado Lei de Direitos Civis de 1964

Durante o dia, manifestantes de todas as partes do país, cuja maior percentagem era de negros (75 a 80%), chegaram a Washington, muitos deles após caminharem pelas estradas, para a manifestação programada pelas lideranças negras dos EUA, causando grande preocupação ao governo do Presidente John Kennedy, um político simpático à causa, de que a aglomeração acabasse a causar conflitos e transtornos irreparáveis, que prejudicassem a aprovação da legislação dos direitos civis, então em curso de aprovação pelo Congresso e manchasse a imagem do país internacionalmente.

Entretanto, esses temores não se concretizaram, com o ato transcorrendo em profunda ordem e civismo, e a sua repercussão mundial o tornou na maior força política para a aprovação das leis de direitos civis e direito de voto, em 1964 e 1965.

Martin Luther King discursa: "Eu tenho um sonho!"

Foi nesta manifestação de massas que Luther King fez o discurso com a frase que entraria para a história da oratória americana e seria adaptada e copiada a partir dali por oradores de todos os tipos de causas em todas as partes do mundo: “Eu tenho um sonho!” (I Have a Dream!)”.[4]

Entre líderes civis, políticos, personalidades e artistas que discursaram, cantaram ou apenas manifestaram apoio com a sua presença neste dia, estavam diversos líderes de sindicatos, congressistas, o Arcebispo de Washington, Cardeal Patrick O’Boyle, líderes civis como Bayard Rustin, Gordon Parks, o escritor James Baldwin, astros de cinema como Marlon Brando, Harry Belafonte, Sidney Poitier e Charlton Heston, estrelas de musicais como Josephine Baker, e cantores como Joan Baez, Mahalia Jackson e Bob Dylan, o último a se apresentar ao povo após o discurso de Luther King.

Referências

  1. T.V. Parasuram (29 de agosto de 1963). «Washingotn march for civil rights- Kennedy's Call». The Indian Express, Volume XXXI, Edição 216, páginas 1 e 7. Consultado em 31 de agosto de 2013 
  2. «Marcha anti-racista leva 200 mil a Washington». Jornal do Brasil, Ano LXXIII, número 202, páginas 1 e 2. 29 de agosto de 1963. Consultado em 31 de agosto de 2013 
  3. «200.000 mil personas em la marcha sobre Washington». El Tiempo (Colômbia), Ano 52, número 18017, páginas 1 e 9. 29 de agosto de 1963. Consultado em 31 de agosto de 2013 
  4. a b AP (29 de agosto de 1963). «200 000 in quiet march». The Montreal Gazette, Ano 186, páginas 1 e 4. Consultado em 31 de agosto de 2013