Massacre de Mountain Meadows

massacre de emigrantes com destino à Califórnia por milicianos Mórmons em 1857

O Massacre de Mountain Meadows (também chamado, em Português, de Massacre dos Montes Meadows) foi um massacre em massa em Mountain Meadows, território do Utah, por um grupo mórmon e nativos indígenas da tribo dos paiutes em 11 de setembro de 1857. O incidente iniciou em um ataque, e rapidamente se transformou em um cerco, e culminou no assassinato de emigrantes. Todos os emigrantes, exceto crianças e adolescentes até os dezessete anos, foram mortos. Após o massacre, os corpos das vítimas foram deixados no local, até entrarem em decomposição, e as crianças e adolescentes sobreviventes foram adotados por famílias locais.

Mountain Meadows Massacre Site
Registro Nacional de Lugares Históricos
Marco Histórico Nacional dos EUA
Massacre de Mountain Meadows está localizado em: Utah
Localização: Oeste da SR 18, aproximadamente 3 milhas ao norte de Central
 Utah
 Estados Unidos
Coordenadas: 37° 28′ 31,73″ N, 113° 38′ 37,05″ O
Adicionado ao NRHP: 23 de junho de 2011 (13 anos)[1]
Nomeado NHL: 23 de junho de 2011 (13 anos)[1]
Registro NRHP: 11000562

O local foi designado, em 23 de junho de 2011, um distrito do Registro Nacional de Lugares Históricos, bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional.[1]

Estima-se que 120 pessoas foram mortas no massacre.[2]

História

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Em 11 de setembro de 1857, um grupo de viajantes atravessava o estado de Utah, em direção à Califórnia. Ao pararem no território de Utah, para descansarem e comprarem mais provisões, não se deram conta que estavam em meio à uma quase guerra civil entre este estado e o país.Como consequência, todos foram cruelmente massacrados pelos mórmons, mesmo após entregarem todas as armas como sinal de confiança.

Alguns dados:

  • 120 homens e crianças foram executadas a sangue-frio (tiros dados à queima-roupa. Alguns foram dados na cabeça ou na nuca.) [carece de fontes?]
  • 17 crianças foram poupadas.
  • Porém, por mais de 100 anos, a Igreja SUD negou qualquer envolvimento mórmon  no massacre de ‘Moutain Meadows’. [carece de fontes?]
  • Durante este período, a igreja culpou os índios Paiútes pelo massacre. [carece de fontes?]
  •  A reação da Igreja, de acordo com documentos históricos, foi a seguinte:
  • George Q. Cannon, então presidente da missão Califórnia respondeu aos relatos iniciais do envolvimento de mórmons acusando os jornalistas de escrever “calúnias imprudentes e malignas” apesar de saberem que os mórmons do sul de Utah não eram “tão inocentes... quanto um feto” como foi publicado. [carece de fontes?]
  • O jornal ‘Deseret News’ foi extremamente lento para comentar sobre o massacre. Por alguns meses, o jornal negou qualquer envolvimento mórmon, e então permaneceu em silêncio até 1869, quando voltou a negar envolvimento dos mormons. [carece de fontes?]
  • Em 1872, 15 anos após o evento, finalmente Brigham Young excomungou Lee e Haight pelo massacre (informações tiradas do site fairlds.org). [carece de fontes?]
  •  Mas estas são apenas as reações iniciais quanto ao massacre de ‘Mountain Meadows’.

Para somar a estas reações, 20 anos após o massacre apenas uma pessoa acabou sendo punida (executada) e este foi John D. Lee (foto ao lado) em 1877. [carece de fontes?]

O presidente da igreja Brigham Young foi entrevistado por um repórter e disse que considerava o destino de Lee justo. Ele negou envolvimento pessoal e negou que a doutrina da expiação pelo sangue tivesse contribuído no massacre. Porém afirmou que acreditava na doutrina “e acredito que Lee não expiou por metade de seu grande crime[carece de fontes?]

  • Ao final dos anos 50, o presidente da igreja SUD, David O. Mackay criou um comitê presidido pelo apóstolo Delbert L. Stapley, para investigar o massacre de ‘Mountain Meadows’. [carece de fontes?]

Este comitê recomendou que Mackay restaurasse a associação de John D.Lee. [carece de fontes?]

O presidente Mackay permitiu que um dos netos de John D.Lee fosse batizado em seu favor e então a Igreja restaurou o sacerdócio e a plenitude de associado da Igreja à Lee. (fairlds.org) [carece de fontes?]

  • Como é possível observar, a própria Igreja reconheceu que havia utilizado John D.Lee como bode expiatório no final dos anos 50. [carece de fontes?]

Porém, a igreja SUD jamais tornou esta informação pública, porque diante das negações constantes e do distanciamento oficial em relação ao massacre, seria muito embaraçosa essa admissão. [carece de fontes?]

  • Em 1940-50 uma mulher chamada Juanita Brooks, uma mórmon devota, começou a fazer pesquisas históricas e, como resultado, escreveu um livro chamado “Mountain Meadows Massacre”. [carece de fontes?]

Neste livro, ela faz um minucioso relato com detalhes históricos sobre o evento do massacre da montanha Meadows. Dentre seus escritos, ela reconhece que: [carece de fontes?]

  • mórmons e líderes mórmons locais estavam envolvidos no massacre
  • era injusto jogar a culpa pelo massacre nos índios
  • após o massacre, ocorreu uma grande operação de encobertar os fatos pelos próximos 20 anos na Igreja em todos os níveis para evitar julgamentos e perseguições.
  • John D.Lee foi injustamente utilizado como bode expiatório
  • Ela desejava publicar o batismo póstumo e secreto de John D.Lee

As Reações da Igreja em relação à Juanita Brooks: [carece de fontes?]

  • foi marginalizada pelos membros locais e liderança
  • foi ameaçada de excomunhão pelo Elder Delbert Stapley
  • David O.Mackay negou o pedido de excomunhão dizendo “Deixem ela em paz

Avançando na história em cerca de 40 anos após este livro, a Igreja SUD, na revista ‘Ensign’ de 2007 escreveu um artigo sobre o massacre de ‘Mountain Meadows’ onde eles reconhecem que: [carece de fontes?]

  • mórmons e líderes mórmons locais estavam envolvidos
  • que era injusto jogar a culpa no índios
  • apenas John D.Lee foi utilizado como bode expiatório e pagou pelo massacre e eles foram até mais adiante, em um comunicado à impressa, Elder Henry B.Eyring diz
“Manifestamos profundo pesar pelo massacre realizado neste vale à 150 anos desta data, e pelos incontáveis e desnecessários sofrimentos passados pelas vítimas, e sucessivamente por seus descendentes até o tempo presente." [carece de fontes?]
“A distinta expressão de pesar nós devemos aos índios Paiute que injustamente suportaram a culpa principal por muito tempo pelo que ocorrido durante o massacre" disse ele. [carece de fontes?]
"Embora a extensão do seu envolvimento é contestado, acredita-se que não teria acontecido sem a orientação e estímulo fornecido pelos líderes da igreja local e os membros." [carece de fontes?]
Élder Henry B. Eyring, Apóstolo da Igreja SUD, 11 de setembro de 2007 - Anúncio da Igreja SUD por ocasião do 150º. Aniversário do Massacre de Mountain Meadows ocorrido em 11 de setembro de 1857. [carece de fontes?]

A igreja não se desculpou com Juanita Brooks. [carece de fontes?]

Mas pelo seu grande mérito, Jeffrey R.Holland, numa transcrição do ‘PBS’ – “The Mormons” disse:

“ [Juanita Brooks] provavelmente ajudou a Igreja a encarar algo que todos nós desejávamos que nunca tivesse acontecido” Jeffrey R.Holland, Apóstolo SUD, Transcrição do PBS – The Mormons - 4 de Março de 2006 [carece de fontes?]

Numa publicação mórmon não-oficial intitulada ‘Sunstone magazine’, o estudioso Levi Peterson é citado dizendo:

“Em tudo isso, Juanita tornou-se algo maior do que simplesmente uma historiadora respeitável. Para vários mórmons que, cedo ou tarde, aceitam a sua interpretação do massacre, ela tem servido como uma dramaturga e uma confessora". [carece de fontes?]

"Ela confrontou-nos com fatos terríveis e decepcionantes, despertou-nos a tristeza e o arrependimento vicário, em seguida, levou-nos a compreensão e perdão aos nossos antepassados errantes". [carece de fontes?]
"Igualmente importante, esta corajosa dona-de-casa tem inspirado e encorajado os não-conformistas e os protestantes de todas os tipos entre os mórmons. Inquestionavelmente, Juanita Brooks permanecerá famosa como uma das grandes campeãs da liberdade de investigação e do debate aberto na história do mormonismo.” Levi Peterson, Sunstone Magazine, Issue 73 [carece de fontes?]

 Claudia Bushman a respeito de Juanita Brooks disse: “Ela sempre manteve a tábua de passar roupas aberta e mantinha uma cesta de roupas sujas próximas a sua escrivaninha. Quando alguém se aproximava, ela começava a passar a roupa, então ninguém saberia o que ela estava escrevendo. Para completar, Juanita viajava de ônibus durante a noite para fazer suas pesquisas em Salt Lake City ou na Biblioteca de Huntington”. [carece de fontes?]

Ver também

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Referências

  1. a b c «National Register of Historic Places Weekly Lists 2011» (PDF) (em inglês). Serviço Nacional de Parques. Consultado em 23 de novembro de 2020 
  2. King, Gilbert (29 de fevereiro de 2012). «The Aftermath of Mountain Meadows». Smithsonian. US Government. Consultado em 3 de fevereiro de 2019 
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