Max Martins

escritor brasileiro

Max da Rocha Martins (Belém, 20 de junho de 1926 - 9 de fevereiro de 2009) foi um poeta brasileiro.[1] [2] Representou a renovação da literatura no século XX e colocou o Pará numa posição de destaque na literatura nacional, embora sua obra ainda seja pouco conhecida.

Max Martins
Nome completo Max da Rocha Martins
Nascimento 20 de junho de 1926
Belém, PA
Morte 9 de fevereiro de 2009 (82 anos)
Belém, PA
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Cidadania Paraense
Ocupação Poeta
Gênero literário Poesia
Movimento literário Modernismo
Magnum opus H'Era (1972)

Max Martins dedicou-se à poesia por toda a vida, tendo transitado entre modernismo, concretismo e experimentalismos. Autodidata, seguiu seu percurso temporal próprio. Ao receber aposentadoria como servidor público, incorporou outra: a de escritor, transformando-se no primeiro caso de escritor que se aposenta e recebe benefícios por ter exercido, por mais de trinta anos, a poesia.

Biografia editar

Max se interessou muito jovem pela poesia, pois seu pai possuía um pequeno acervo em sua casa e foi aí que ele se encontrou com os poetas românticos do Brasil. Porém não era a poesia exatamente que ele amava, ele queria buscar o novo.

Os primeiros textos de Max foram publicadas por Haroldo Maranhão em um jornal escolar denominado “O Colegial”. Foi a partir desse jornal de alunos que floresceu uma amizade entre Max, Haroldo e Benedito Nunes que durou mais de 50 anos. No período de 1945 a 1951, eles participaram juntos do suplemento literário “Folha do Norte”, de grande importância na época.

Autodidata, Max fez estudos particulares nas áreas de literatura, poesia, artes e filosofia, a partir de 1934. Colaborou com a revista literária Encontro em 1948.

Publicou no suplemento literário do jornal Folha do Norte, entre 1946 e 1951, poemas que viriam a integrar seu primeiro livro, "O Estranho". Publicou "O Estranho" em 1952 e conquistou os prêmios Frederico Rhonsard, da Academia Paraense de Letras, e Santa Helena Magno, da Secretaria de Educação do Estado do Pará.

Foi noticiarista e secretário de redação da Folha do Norte entre 1962 e 1964.

Participou em Leitura de Poemas, com os poetas James Bogan, Age de Carvalho e Vicente Cecim, e na Oficina Literária Afrânio Coutinho, com Age de Carvalho, em 1980. Fez palestras e leitura de poemas nas universidades de Columbia, St. Louis e Rolla (EUA), em 1987.

Fundou e dirigiu a fundação cultural Casa da Linguagem, instituição voltada para o estudo e ensino das coisas da literatura, entre 1990 e 1994.

Recebeu em 1993 o prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras, pelo volume "Não para Consolar", coletânea de toda a sua obra até então.

Em 2001, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Poeta e só poeta, sempre morou em Belém do Pará. Ao lado de Benedito Nunes, Francisco Paulo Mendes e Mario Faustino, viu chegar a modernidade na poesia brasileira, da qual se tornou um dos nomes mais importantes. As suas obras mais importantes foram traduzidas para o alemão, inglês e francês.

Obras editar

  • O Estranho (1952)
  • Anti-Retrato (1960)
  • H'Era (1971)
  • O Ovo Filosófico (1976)
  • O Risco Subscrito (1980)
  • A Fala entre Parêntesis (com Age de Carvalho, à moda da renga 1982)
  • Caminho de Marahu (1983)
  • 60/35 (1985)
  • Poema-cartaz Casa da Linguagem (1991)
  • 3 Poemas - folder com desenho, colagem (1991)
  • Marahu Poemas (1985)
  • Não para Consolar - poesia completa (1992)
  • Para ter Onde Ir (1992)

Referências

  1. MARTINS, Max. Poemas reunidos: 1992-2001. Belém: EDUFPA, 2001.
  2. PEREIRA, João Carlos. Autores paraenses: as leituras do vestibular. Belém: Cejup, 1996.

Ligações externas editar

  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.