Memórias do Abade de Choisy

As Memórias do Abade de Choisy são a obra mais conhecida do autor francês François Timoléon, Abade de Choisy.

As Memórias foram editadas em 1868 por M. de Lescure. Algumas das admiráveis cartas do Abade foram incluídas na compilação da correspondência de Bussy-Rabutin. Diz-se que Choisy queimou uma grande quantidade de revelações indiscretas, mas deixou uma considerável quantidade de manuscritos não publicados. Parte deste material, descrevendo as suas aventuras travestido como mulher, foram subrepticiamente utilizadas no livro anónimo "Histoire de madame la comtesse de Barres"" publicado em Antuérpia em 1735 e também, com bastantes alterações, em "'Vie de M. l'abbé de Choisy", publicado em Lausana e Geneva em 1742 e atribuído por Paul Lacroix a Lenglet Dufresnoy; o texto foi por fim editado em 1870 por Lacroix como "Aventures de l'abbé de Choisy".

As Memórias de François Timoléon, Abade de Choisy parecem mais o produto de uma mente delirante, erótica e requintada que uma descrição de acontecimentos da sua vida real. Para o Abade a beleza atrai amor (e sexo...) e vestir-se como mulher realça o melhor da sua própria beleza, pelo que ele compra os vestidos mais belos e as jóias mais deslumbrantes, para brilhar em festas e eventos sociais e, "en passant", seduzir todas as jovens raparigas à sua volta (quando seria de esperar que os seduzidos fossem antes jovens rapazes, mas provavelmente a aceitação de tais escritos à época não seria a melhor).

Choisy escreve com perícia e envolve o leitor nas suas fantásticas descrições de maquilhagem, vestuário e adereços femininos no século XVII, incluindo o uso de jóias, perucas, estilos e "sinais", que ele usava na maquilhagem em maior quantidade tanto quanto mais frívola e elegante fosse a ocasião.


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