Michel Étienne Descourtilz

Michel Étienne Descourtilz (Boiste, junto a Pithiviers, 25 de dezembro de 1775 --- Paris, 1836) foi um médico, botânico e historiador francês.

Michel Étienne Descourtilz
Nascimento 25 de novembro de 1775
Morte 1835 (59–60 anos)
Paris
Residência França
Cidadania França
Ocupação botânico, historiador, micologista, médico

Biografia editar

Terminados os estudos de medicina, em 1799, foi enviado pelo governo de seu país para Saint Domingue, como era chamado o Haiti à época, na qualidade de médico naturalista. Depois de uma viagem com escalas em Charleston (Carolina do Sul) e em Santiago de Cuba, a 2 de abril chegava ao seu destino. Aí abriu um liceu colonial, mas logo em seguida estoura a revolta dos escravos e a vida de Descourtilz correu grande perigo, apesar do passaporte que possuía, assinado por Toussaint Louverture, chefe dos revoltosos. Salvou-o da morte um ex-escravo em reconhecimento aos cuidados médicos que recebera. Por fim, em 1802, conseguiu escapar e foi resgatado por tropas francesas.

Volta à França editar

Voltou à França onde exerceu a medicina. Passando a residir em Paris, ingressou na Societé Linnéenne da qual chegou a ser presidente.

Obras editar

Escreveu vários livros, destacando-se o que narra suas aventuras na revolta do Haiti: Voyages d'un naturaliste et ses observations, faites sur les trois régnes de la nature, dans plusiers ports de mer français, en Espagne, au continent de l'Amerique septentrionale, à Saint-Yago de Cuba, et à St. Domingue, où l'Auteur devenu prisonnier de 40.000 Noirs révoltés, et par suitemis en liberté par une colonne de l'armée française, donne des détails circunstanciès sur l'expédition du général Lecrerc. Paris: Dufart, 1809.[1]

Retornou às Antilhas anos mais tarde em trabalho de pesquisa sobre a flora, principalmente medicinal, resultando dessa viagem uma obra volumosa e cientificamente muito importante: Flore pittoresque et médicale des Antilles où, Histoire naturelle des plantes usuelles des colonies françaises, anglaises, espagnoles et portugaises. Paris, 1821-1829. Em 8 volumes, ilustrados por mais de seisentas pranchas de autoria de seu filho Jean-Theodore Descourtilz, também médico e naturalista, que logo depois estaria no Brasil para um longo estágio dedicado a pesquisas.[2]

Referências

  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.