Milho Verde

distrito do município brasileiro de Serro, Minas Gerais

Milho Verde é um distrito do município brasileiro de Serro, no interior do estado de Minas Gerais.

Milho Verde
  Distrito do Brasil  
Capela Nossa Senhora do Rosário
Capela Nossa Senhora do Rosário
Capela Nossa Senhora do Rosário
Localização
Estado  Minas Gerais
Município Minas Gerais
História
Criado em 11 de julho de 1857
Características geográficas
Área total 99,9 km²
População total (2010) 1 275 habitantes hab.
Densidade 12,79 hab./km²
 Nota: Este artigo é sobre um povoado brasileiro. Para o alimento, veja Milho.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população no ano de 2010 era de 1 275 habitantes, sendo 655 homens e 620 mulheres, possuindo um total de 548 domicílios particulares.[1] Foi criado pela lei provincial nº 830, de 11 de julho de 1857.[2]

História editar

Situa-se na região do Alto Jequitinhonha, próxima à nascente deste rio. Arraial criado no início do século XVIII, originou-se da lavra de minerais preciosos de Manuel Rodrigues Milho Verde, natural da Província do Minho, em Portugal, e abrigou um posto de fiscalização da entrada e saída no Distrito Diamantino.

A segunda versão, e é a que é mais aceita, é a de que na época dos desbravamentos do interior do país, capitaneado pelos bandeirantes, estes chegaram a um pequeno vilarejo em que havia um senhor de alcunha Seu Mudesto. O que o senhor tinha a oferecer aos desbravadores era milho verde. Sendo assim, estes nomearam aquele local de Milho Verde.

De aspecto e modo de vida tradicionais, com casario e igrejas antigas cercados de montanhas de pedra e cachoeiras da Serra do Espinhaço, e afastada da velocidade e tecnologia do mundo moderno, Milho Verde veio a se tornar um dos cartões-postais de Minas Gerais, sendo muito visada pela atividade turística e atraindo um grande número de novos moradores, com impactos diversos para a população local. Distante poucos quilômetros de Diamantina, integra roteiros turísticos de cunho histórico, cultural e ecológico, tais como o da Estrada Real.

A história do lugarejo é enriquecida por fatos como a descoberta dos primeiros diamantes da região e além do mais é a terra de Chica da Silva, já que esta nasceu na região hoje conhecida como Baú, um pequeno lugarejo que compõe o distrito de Milho Verde. Chica veio a ser batizada na igreja da Matriz de Milho Verde. O lugarejo apresenta bela paisagem, com ampla vista de vales, serras e do Pico do Itambé. Nos remete bem a música de Vilarejo, de Marisa Monte. A vegetação é de campos rupestres e de altitude, além de cerrado, típicos da região, entremeada por inúmeros cursos de água. As casas são simples e as ruas estreitas, muitas totalmente invadidas por grama verde durante a maior parte do ano.

Milho Verde tem na igrejinha de Nossa Senhora do Rosário, construída em barro e madeira, ao mesmo tempo uma atração e um símbolo. São várias as opções de cachoeiras e passeios pelas serras, além da tradicional comida caseira, queijos, doces, cachaças, vinhos e licores de produção artesanal, principalmente nas épocas das frutas típicas da região.

A Associação Comunitária e algumas ONGs têm hoje um importante papel no distrito, com iniciativas socioculturais-ambientais, produção de material de construção, creche e coleta de lixo, contribuindo para intermediarem a relação entre o turismo crescente e a manutenção da qualidade de vida da população.

Ver também editar

Referências

Ligações externas editar

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