Serra do Espinhaço
A serra do Espinhaço é uma cadeia montanhosa localizada no planalto Atlântico,[carece de fontes] estendendo-se pelos estados de Minas Gerais e Bahia.[2] Seus terrenos são do Proterozoico[3] e contêm jazidas de ferro, manganês, bauxita e ouro.[carece de fontes]
Serra do Espinhaço | |
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Serra do Espinhaço vista da Lapinha da Serra | |
Localização da Serra do Espinhaço em Minas Gerais. | |
Coordenadas | |
Altitude | 2 070[1] m |
Proeminência | Cume-pai: Pico do Sol |
Localização | ![]() ![]() ![]() |
História
editarFoi principalmente ao longo da serra do Espinhaço e do Quadrilátero Ferrífero que ocorreu a mineração no período colonial. Em consequência, os núcleos urbanos mais importantes se formaram, como Ouro Preto, Sabará, Serro e São João Del Rei.[4]
Seu nome foi dado pelo geólogo alemão Wilhelm Ludwig von Eschwege no século XIX.[5][6] É responsável pela divisão entre as redes de drenagem do rio São Francisco e as redes de drenagem dos rios que correm diretamente para o oceano Atlântico. É considerada reserva mundial da biosfera, por ser uma das regiões mais ricas do planeta, graças sua grande diversidade biológica.
Em 2005 foi reconhecida a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço, com uma área de 30 700 km², devido à sua grande diversidade de recursos naturais.[7]
Geografia
editarA serra do Espinhaço pode ser considerada a única cordilheira do Brasil,[8] e é singular em sua forma e formação. Há mais de um bilhão de anos em constante movimento, é uma cadeia de montanhas bastante longa e estreita, entrecortada por picos e vales.[3][9]
Tem cerca de 1000 quilômetros de extensão, no sentido latitudinal do Quadrilátero Ferrífero, ao Norte de Minas e, depois de uma breve interrupção, alcança a porção sul da Bahia. Todo esse percurso apresenta uma diferença mínima de longitude, ou seja, sua largura varia apenas entre 50 e 100 km.[8][3] Entre os municípios que são cortados pela Serra do Espinhaço estão, entre outros, Ouro Branco, Ouro Preto, Catas Altas, Caeté, Serro, Diamantina, Botumirim, Grão Mogol, Itacambira, Porteirinha, Mato Verde, Espinosa, Olhos-d'Água, e Monte Azul.[2]
O ponto mais alto da serra é o Pico do Sol com 2.070 metros acima do nível do mar,[1] localizado no Parque Natural do Caraça no município de Catas Altas, parque que ainda abriga o Pico do Inficionado (2.064 m),[10] o Pico da Carapuça (1.955 m), e o Pico da Canjerana (1.928 m).[11] Além desses, a serra ainda abriga outros picos famosos como o Pico do Itambé (2.052 m)[12] e o Pico do Itacolomi (1.772 m).[13]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b «Pico do Sol» (em inglês). Summits on the Air. Consultado em 7 de novembro de 2023
- ↑ a b «Cordilheira do Espinhaço, o novo destino do turismo de natureza no Brasil». Ministério do Turismo. 7 de julho de 2023. Consultado em 21 de abril de 2025
- ↑ a b c José Maria Cardoso da Silva; et al. (dezembro de 2008). «Cadeia do Espinhaço: avaliação do conhecimento científico e prioridades de conservação» (PDF). Conservação Internacional. pp. 11,15,52. Consultado em 21 de abril de 2025.
“a Serra do espinhaço, de notável relevância, destaca-se no cenário nacional e internacional, pois além de abrigar nascentes de diversos rios que drenam para diferentes bacias, constitui uma área ímpar no contexto mundial, no que se refere à formação geológica e florística.
- ↑ Moss, Marina C; Almeida, Thiago L (2014). «Paisagem e fotografia documental, uma reflexão sobre o patrimônio cultural da Serra do Espinhaço: Projeto Mulheres Sempre Vivas» (PDF). Terceiro Colóquio Ibero-americano Paisagem Cultural, Patrimônio e Projeto. Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais. Consultado em 4 de junho de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 26 de maio de 2015
- ↑ Renger, Friedrich E. (2005). «O "QUADRO GEOGNÓSTICO DO BRASIL" DE WILHELM LUDWIG VON ESCHWEGE: BREVES COMENTÁRIOS À SUA VISÃO DA GEOLOGIA NO BRASIL». Geonomos. ISSN 2446-6964. doi:10.18285/geonomos.v13i1e2.139. Consultado em 3 de junho de 2022
- ↑ serra do Cipó, o jardim rochoso de Minas Arquivado em 20 de fevereiro de 2010, no Wayback Machine. Superinteressante, acessado em 5 de janeiro de 2010
- ↑ «Rede Brasileira de Reservas da Biosfera» (PDF). Brasília: Ministério do Meio Ambiente. 2016. p. 11. Consultado em 4 de junho de 2022
- ↑ a b «Cordilheira do Espinhaço: mais novo destino turístico de Minas inclui dois parques estaduais.». Agência Minas. 14 de junho de 2023. Consultado em 21 de abril de 2025
- ↑ Mônica Ferreira de Britto Lyra e Maira Figueiredo Goulart (2024). «Calendário Educativo do Parque Estadual do Rio Preto» (PDF). Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. CAPES. p. 15
- ↑ «Pico do Inficionado» (em inglês). Summits on the Air. Consultado em 7 de novembro de 2023
- ↑ «Pico da Canjerana» (em inglês). Summits on the Air. Consultado em 7 de novembro de 2023
- ↑ «Parque Estadual do Pico do Itambé». Instituto Estadual de Florestas. Consultado em 7 de novembro de 2023
- ↑ «Pico do Itacolomi» (em inglês). Summits on the Air. Consultado em 7 de novembro de 2023